Missão Interna ~ Bodes Desaparecidos [Madeleine Le Saule]

por **Hécate** Seg Jul 29, 2013 12:28 pm

Resgate aos Sátiros.

Sátiros começaram a desaparecer misteriosamente. Ao seu total já eram três em um mês, o que para Quíron poderia ser indício de algo mais perigoso e isso era o que ele precisava evitar. Porém, ao relatar a situação ao Sr. D o deus lhe deu a solução mais estranha que o centauro já ouviu, mas mesmo assim ele galopou em direção a uma garota, a que o diretor do acampamento havia escolhido.

-Madeleine - ele chamou assim que a avistou - Preciso que faça algo especial - ele certamente não deu espaço para ela reclamar, afinal de contas aquela garota era uma Anarquista - É um assunto sigiloso, portanto peço sua descrição. Sátiros estão desaparecendo na parte leste da floresta, quero que vá até lá e descubra alguma coisa. Se não voltar até o anoitecer mandarei o resgate.

As ordens foram claras e diretas. A muito tempo Quíron havia perdido a sua preocupação em poupar os semideuses de certas verdades, depois daquela guerra àquelas crianças já não eram inocentes perante o mundo. Assim que terminou de cumprir suas ordens, Quíron partiu para seus outros afazeres.

Regras e Instruções

• Para esse primeiro post terá 48h para postar, porém depois o intervalo será apenas de 24h.
• É uma missão narrada e não uma one-post, lembre-se disso.
• Deverá pegar suas armas (lembrando de escrever onde elas estão) e partir para a floresta seguindo sempre para o leste.
• Inicio da missão: 10h da manhã
• Clima: céu aberto, quente.

por **Madeleine Le Saule** Seg Jul 29, 2013 7:16 pm

Como lhe era comum, Madeleine estava deitada sobre a grama incrivelmente verde do Acampamento, enquanto aproveitava um pouco o Sol perfeito do início da manhã, era não mais que sete horas da manhã e o clima se encontrava realmente agradável. Por mais que achasse tudo aquilo maravilhoso, sentia muitas saudades de Paris, passear pelo rio Sena ou subir ao ponto mais alto de Notre Dame, nunca se esquecia das vezes em que ela e suas - falsas - amigas dormiam em frente as lojas apenas para comprar a jaqueta da Vivienne Westwood e quando chegava em casa, sua mão já tinha comprado suas iguais, também sempre estaria em suas lembranças favoritas o dia em que ela e sua mãe jantaram no Alain Ducasse au Plaza Athénée e arrumaram um escândalo, onde uma insultava a outra. Bons tempos. Se levantou e pensou em treinar um pouco, sentia que o trajeto de sua flecha não era absolutamente simétrico ou que às vezes esticava de mais a linha do arco, enfim, poderia fazer uma verdadeira lista com tudo o que fosse necessário para atingir a perfeição - também - em arquearia, mas acabou abandonando a ideia ao perceber que a luz solar se intensificava, simplesmente não tinha forças para vencer a preguiça de se levantar dali. Como sempre, não mudava muito o padrão de suas vestes, trajava apenas uma saia xadrez preta e vermelha, meias 3/4 negras, uma blusa de mangas longas vermelha, uma sapatilha negra e um fluxo de fita também preta amarrada no pescoço.

Se levantou meia hora depois e, excepcionalmente, tudo o que conseguiu engolir foi uma enorme xícara de café forte e doce. Geralmente, tomava três xícaras e comia de todas as receitas preparadas no refeitório, mas não se sentia tão bem. Ainda não tinha quaisquer amigos semideuses, bem, nunca contou os Anarquistas como amigos, mas sim como aliados, se bem que jamais teve alguém que considerasse realmente amigo, enfim, nada disso lhe tinha importância. Caminhava despreocupadamente por uma trilha de terra, cada passo minuciosamente bem calculado, a postura impecável e vestes perfeitas, seu andar tinha tal leveza que era como se flutuasse, nem sequer produzia poeira, mas logo ouviu algo atrás dela e ao se virar, viu que Quíron se aproximava um tanto apressado. A semideusa não gostou muito daquilo, seus galopes pareciam irregulares e o som de seus cascos não era tão ritmado, além do mais, seus cabelo pareciam levemente tortos, mas quase que imediatamente desistiu daquilo, estava cansada de ver erros em tudo, então tentou se concentrar, mas logo que ele disse que ela teria de fazer "algo especial", quis simplesmente sair correndo dali e pregar em seu rosto um papel escrito "chute-me", no entanto, não teve tempo. Sua atenção foi capturada pelas palavras "assunto sigiloso", de qualquer modo, não se impressionou tanto quanto esperava ao saber que apenas alguns sátiros haviam desaparecidos, até se lembrar de não julgar um livro pela sua capa.

Apesar de não estar completamente satisfeita com a situação em que havia se envolvido, logo estava a caminho de seu chalé, sempre mantendo-se perfeita quanto ao andar, aparência e tudo o mais, ou ao menos, quase perfeita. Na maiorias da vezes em que adentrava o lugar em que deveria descansar, seus meios-irmãos se afastavam, sussurravam e apontavam, tanto por ser uma Anarquista de Éris, quanto por ser completamente diferente de qualquer outro ali. O estilo gótico punk e vitoriano nunca teve muitas semelhanças com a luz e o Sol, mas não eram as roupas e maquiagens que faziam um verdadeiro Filho de Apollo, portanto, preferia apenas ignorá-los ou lhes dirigir alguns insultos nem tão leves em francês, sempre teve vontade de apenas enfiar flechas em suas cabeças reluzentes ou queimá-los vivos. Rapidamente pegou grande parte de seus equipamentos, todos entulhados sobre sua cama, queria estar muito bem preparada para o que viria pela frente, então decidiu levar consigo quase tudo o que tinha, em seguida, apenas se dirigia até a floresta. Aquele não era um de seus ambientes favoritos, as árvores tinham formato irregulares, as cores não eram harmônicas e muitas vezes os sons oscilavam entre mediano e irritante, a única vantagem ali era que a qualquer momento algo fantástico podia acontecer, a maré poderia virar do nada, tudo tinha um ar de imprevisibilidade interessante. Há muito tempo sentia falta daquela sensação tão maravilhosa, as possibilidades.

Armas:

Spoiler:

por **Hécate** Qua Jul 31, 2013 5:02 pm

Resgate aos Sátiros.

Devidamente pronta para a sua missão, a Anarquista segue em direção para a floresta obedecendo a orientação de Quíron, afinal a última coisa que um semideus pode desejar é perde-se em um lugar como aquele. Sua caminhada durou por volta de vinte minutos até que ela avistou as primeiras pistas daquele lugar: cascos no chão, alguns galhos quebrados brutalmente o que indicava que alguém passou por ali correndo. Bastava seguir aquela pista que ela iria deparar-se com uma pequena clareira. Tudo aparentava estar normal... Menos um pequeno detalhe. A floresta encontrava-se em completo silêncio, tanto que Madeleine poderia escutar as próprias batidas do coração facilmente. Um rosnado baixo veio de detrás dela, mas nada estava lá! O que deveria a semideusa fazer? Fugir e contar para Quíron que havia um monstro ali, buscar um lugar mais aberto ou ir atrás desse som ameaçador?

Regras e Instruções

• 24h para postar
• É uma missão narrada e não uma one-post, lembre-se disso.
• Deverá pegar suas armas (lembrando de escrever onde elas estão) e partir para a floresta seguindo sempre para o leste.
• Inicio da missão: 10h da manhã
• Clima: céu aberto, quente.
• Assim que postar me mande uma mp!

por **Madeleine Le Saule** Qua Jul 31, 2013 6:18 pm

Logo nos primeiros passos que deu na terra escura do território do Acampamento, tudo o que Madeleine conseguiu pensar foi em sair dali, se sentar na beirada de sua cama, tomar uma xícara de café e ir pestanejar no ouvido de Quíron, estava desanimada e de súbito lembrou-se que havia deixado algumas amostras na Enfermaria dias antes desse compromisso tão especial, além do mais, os sátiros nunca gostaram tanto dela. Antes mesmo de prosseguir por cem metros, parou, colocou as mãos sobre os joelhos flexionados e deu um suspiro profundo, em seguida, varreu todo o local com os olhos, jamais foi até ali coletar plantas medicinais e, ingenuamente, imaginou que elas fossem abundantes em tal terreno, porém, em pouco tempo, constatou que estava completamente enganada. Após alguns minutos, pensando em futilidades, voltou a se concentrar em seu objetivo e rapidamente voltava a andar, sempre mantendo-se absolutamente impecável quanto cada detalhe, desde a postura, até o alinhamento dos fios de cabelo, algo que não era nada fácil naquele tipo de lugar. Já estava com sua mão esquerda segurando o pingente dourado em forma de maçã que usava no colar, teve um arrepio, a superfície metálica estava muito fria, no entanto, preferiu ignorar isso tudo e continuar o caminho, queria terminar aquilo o mais rápido possível. Na mão direita usava um broche com o símbolo dos anarquistas, um presente realmente útil, mas acabou se esquecendo dele, nas costas, carregava sua aljava e o arco, presentes de seu pai. Estava atenta a tudo, sabia que a Floresta nem de longe era o lugar mais seguro do Acampamento e não subestimaria o perigo.

Já havia caminhado por pouco mais de vinte minutos, quando finalmente algo mudou e, surpreendentemente, para melhor. Encontrou cascos no chão e galhos quebrados de uma maneira quase selvagem, definitivamente os sátiros passaram por ali, mas não estavam ali apenas passeando, eles estavam correndo, mas qual o motivo de tanta pressa? A primeira coisa que passou por sua cabeça foi de que eles estavam fugindo de algum monstro terrível, nenhum outro motivo lhe ocorreu, mas logo outras possibilidades surgiram-lhe, seria difícil determinar com certeza a situação ali. Seguindo os rastros misteriosos, acabou deparando-se com uma pequena clareira e apenas nesse momento percebeu algo importante: o silêncio. Em todo aquele tempo, não tinha ouvido qualquer tipo de som que não fosse o de vento soprando folhas secas, definitivamente aquilo não era normal, se tratava de uma Floresta e não um deserto, alguma coisa bastante errada estava acontecendo ali. Repentinamente ouviu um rosnado baixo originado de algum canto atrás dela e, instintivamente retirou seu colar, que se transformou em uma maçã de ouro celestial que assumiu a forma de um longo e denso bastão. Olhou ao redor duas vezes, em busca de qualquer outro sinal de vida, porém, não encontrou nada tão conclusivo. Em momento algum passou pela sua cabeça a ideia de fugir ou sair dali, Quíron havia feito ela ir até lá e de forma alguma voltaria sem nada substancial, não deixaria que seu dia fosse interrompido por nada. Já com o bastão firme em sua mão, a filha de Apollo seguiu em frente, indo em direção ao barulho ameaçador, pronta para lidar com qualquer adversário.

Armas:

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