Demigods Origins
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

[Missão Interna] Inimigo Número Um

2 participantes

Ir para baixo

[Missão Interna] Inimigo Número Um Empty [Missão Interna] Inimigo Número Um

Mensagem por Hades Seg Ago 05, 2013 7:51 pm

Inimigo Número Um

De todos os dias comuns no acampamento, aquele era o que podia ser chamado de o dia mais incomunmente comum de todos. Quem deveria estar no acampamento estava no acampamento, quem não devia estar no acampamento não estava no acampamento, sátiros chegavam com novos semideus, semideuses saiam para novas missões... Assim como para o acampamento, as coisas também estavam estranhamente comuns para Larry. Seu dia estava como de costume, seguindo a rotina padrão do Acampamento Meio-Sangue. Café da manhã, alguns treinos com armas, um pouco de estudo do grego antigo. Tudo na mais perfeita ordem, até que terminou o almoço. No momento em que se levantou da mesa, notou um pedaço de papel no fundo de seu prato.

"Me encontre na floresta. Agora."

Spoiler:
Hades
Hades
Deuses
Deuses

Mensagens : 19
Data de inscrição : 24/07/2013

Ir para o topo Ir para baixo

[Missão Interna] Inimigo Número Um Empty Re: [Missão Interna] Inimigo Número Um

Mensagem por Larry O'Faur Sex Ago 09, 2013 10:03 pm

Inimigo Número Um  
1/3

“We're gonna try something new today
How does it make you feel?”


--------------------------------

O vento frio era como vozes cantando em seus ouvidos. Seu dedo polegar alisava a superfície do pequeno papel em sua mão. Parte de sua mente encarregava-se de fazê-lo andar pelo caminho correto; a outra em pensar “Quem era o autor da nota?”

Seu sorriso, sincero, somava à serenidade de sua expressão. Seus movimentos eram precisos e cuidadosos, como se cada canto que tocasse fosse quebrável. Larry tinha uma áurea gritante; com certeza, uma característica materna, mas não era aquilo.

O melhor jeito de descrevê-lo seria lendo um desses livros onde anjos estão na Terra – não os que caíram, mas os em missões. Criaturas inocentes vivendo com corruptos. Nenhum desejo carnal; nem ao menos entendem o que estão a sentir, como uma criança. Mas sabem que é uma boa a sensação de deixar alguém feliz. Larry não era um anjo - isso nem existe em sua realidade -, porém, é desse jeito que ‘funciona’.  Foi com isso que sua mão o presenteou.

Assim como deu o objeto o qual o garoto se encontrava brincando enquanto bebia o suco de cor amarela. O anel, preso em uma tira de couro em seu pescoço, transformava-se em um cajado – totalmente diferente da maioria de seus irmãos, que portavam espadas.
Mas questionar a escolha era algo que deixava para trás; ninguém saberia responde-lo. Larry apertou a taça antes de pousa-la na mesa e dar um peteleco, ecoando um som baixinho e agudo. Era algo que estava acostumado, fazia aquilo sempre que terminava as refeições (quase um tic?). Assim que também era comum empurrar a cadeira, para se levantar, de modo exagerado – recebendo ‘eoh’ e ‘discreto’ de seus irmãos, que só o fazia rir. Entretanto, não era sempre (na verdade, nunca aconteceu) que percebia algo debaixo de seu prato. O garoto correu as mãos à procura do pequeno papel de cor rosa e puxou-o; não teve a malícia de fazer de modo que seus irmãos percebessem, porém, estes somente olharam e iniciaram brincadeiras sobre ser ‘um admirador secreto’. Larry franziu o cenho confuso. Afinal, se você gosta de alguém, não deveria simplesmente dizê-lo? Seria bem mais fácil do que um “Me encontre na floresta. Agora.”  

O garoto levou o papel, mais uma vez, para perto de seu nariz. O cheiro doce invadia seus sentidos, fazendo-o parar seu caminho até o local que as letras bem feitas o mandavam ir; a floresta. Larry tinha certeza de que sempre passava por aquele cheiro, mas desde que pegou a nota e tentou lembrar, sua mente falha. Estava ficando agoniado com aquilo – algo que raramente sentia.

Mais alguns passos e o semideus passou as primeiras árvores. No mesmo instante, como se fosse algo normal (o que, para ele, era), tirou seus tênis com os próprios pés, enquanto seus olhos vasculhavam o local ao seu redor. Até um barulho chamar sua atenção, então, um vulto por entre as árvores da sua direita. Entretanto, foi o cheiro que o faz começar a andar em direção ao autor. Depois, correr. Não, não foi de sua escolha começar a correr; sentia-se hipnotizado.  

Seus pés nus batiam no chão, sentindo os mais diferentes tipos de superfície. Qualquer outra pessoa já teria parado, mas, de tanto estar descalço – hábito de quando ainda era moleque -, o solado de seu pé tornou-se grosseiro e dificilmente se importava com pequenos corpos no solo.  Mesmo assim, sentiu o lábio superior se contrair com o choque que sentiu ao girar o calcanhar bruscamente. Então ele parou. Aquilo que perseguia não estava em lugar nenhum e somente o tinha deixado em uma paisagem monótona, a não ser “Uma gruta?”. Larry tinha a respiração ofegante enquanto levava a mão para o objeto preso em seu pescoço. Com agilidade, passou a tira por cima de sua cabeça e passou a gira-la ao passo que se aproximava da entrada. O local aparentava ser horrível e trapaceiro, mas algo o dizia que ali encontraria o cheiro doce. Desatando o nó, o garoto retirou o anel – colocando-o na ponta de seu dedo polegar – e enrolou a tira de couro ao lado do bracelete.

Mesmo estando dentro da gruta, o vento frio o acertava. Se naturalmente realizava passadas silenciosas, estes quase o faziam flutuar.  Seus lábios formavam uma pequena linha enquanto observava o interior da ‘caverna’. Era um ótimo exemplo para o ‘não julgue por aparência’, pois era uma das coisas (se não a mais) belas que já viu. Larry deixou uma pequena risada inaudível sair, fazendo seu peito dar um pequeno salto. Então, seus olhos voaram para, agora próxima, a água e no que ela refletia. O garoto não teve tempo de fazer nada; no momento seguinte, sentia uma grande dor em suas costas, e estava no chão.

- Você veio. Eles estão sorrindo. – a voz feminina chegava a seus ouvidos.

2/3
“He kissed her hand and then he found out her name,
It's Death and now he can't seem to wake”



Era uma menina, e era dela que o cheiro doce saia. Aquilo mal importou, a sensação de querer por algo para fora o deixou tonto. Com a ajuda dos braços, o garoto tentou se levantar, ficando de quatro; mas sentiu seu estômago ser quicado e, então, não conteve. A comida do almoço ainda não tinha sido digerida, a corrida até ali e os dois impactos o fez vomitar.

- Não achava que seria tão fácil assim. Eles estão adorando. Sinta-se livre para por suas tripas para fora, garoto. – a voz da garota soou paranoica e, então, seu corpo sentiu outro chute. Mas este fora de menos impacto, pois sua mão conseguiu segurar o tornozelo da garota. Sua boca estava aberta, tentando voltar a regular a respiração e ignorar o gosto azedo em sua língua. Tinha conseguido somente sujar o peito da mão que usara para se apoiar – estando essa fechada, afastando o peito do solo. – Largue! – a garota gritou e, pela agressividade em sua voz, Larry já esperava a próxima ação. Por isso soltou e se empurrou para o lado, afastando-se da menina e da espada que fincava o chão onde a metade de seu corpo estaria. Continuando o movimento, o garoto usou a mão, agora livre, e as costas, para empurrar o chão e se levantar. Ele agora fitava a menina, o antebraço esfregando os vestígios do vômito.  

- A gente se conhece? – sua voz saiu trêmula, ainda dos esforços de sua garganta. – Desculpe-me se sim, eu não lembro. – continuou sincero.

- Pzz. – a garota bufou e rolou os olhos. Olhos vidrados. Larry notou a beleza peculiar e a linha roxa em seu pescoço. E assim que notou a calça e blusa totalmente negras, um desejo estranho tomou conta de seu corpo. O que era aquilo, ele não sabia, mas tinha a vontade de chegar perto, de... abraça-la. – Gostou da roupa? Bonita, não é? Eu gosto. O que ela faz em você? – a menina perguntava freneticamente. Sua voz, agora, parecia menos agressiva do que antes. Foi à vez dela em não entender o que acontecia.

-Si-sim. – assentiu com a cabeça, receoso. – Você quem deixou a nota, não foi? – tentou. Se foi ela, seus irmãos estariam mais que errados sobre ‘admirador’.  

- Não me venha com papo de ‘nota’.  Você não me conhece, mas eu sei quem é você. E você não me engana, não engana eles.– sua voz era instável, no meio das frases, os sentimentos mudavam. Mas ela sabia o que estava acontecendo. Era ele e seus poderes ridículos. – Pare. Pare com isso! Você não me engana! – ela surtou, apertando os olhos, então os abriu somente para revelar as pupilas dilatadas. Com o levantar da espada, ela saltou na direção de Larry. O garoto, por sua vez, também levantou a mão, porém, o pulso levemente inclinado para que, o cajado que surgia, pudesse segurar o golpe da espada no ar. Rapidamente, levou a outra mão a fim de suporte. A garota puxou a espada e fez um arco por fora do extremo do cajado e em direção ao tronco de Larry; este girou o instrumento de modo que a ponta que antes estava afastada fosse para a sua esquerda, por baixo, colidindo com a lâmina da espada e produzindo um som metálico devido ao choque. Ele girou sobre o calcanhar e posicionou-se ao lado do corpo da garota, se afastando da mão com a espada e posicionando o cajado, inclinado, de frente ao seu corpo.

- Parar com o que? Enganar quem?! – o garoto perguntou na curta pausa. Do que ela falava? O que estava acontecendo? Por que ela o atacava assim? Perguntas comuns enchiam sua mente e eram distraídas pela vontade de abraçar a garota desconhecida – que, devido à proximidade, pareceu aumentar. Mas somente recebeu um grunhido da bela garota, e, então, um empurrão do escudo negro que surgiu do braço próximo a ele, fazendo-o cambalear para trás. O equilíbrio foi recuperado fácil, porém, sua confusão ainda estava expressa no rosto.

- Não seja sonso. – a menina balançou a cabeça, fazendo seus cabelos curtos balançarem. Ela era incrivelmente bela, mas o olhar louco a deixava assustadora. E o fato dela olhar por trás de Larry, piorava. Mas uma teoria surgiu na mente do garoto assim que este passou os olhos pelo escudo. O círculo negro era cheio de riscos rústicos, igual aos dos dois garotos que vira na arena; os dois garotos de Macária. – O que está planejando? – a menina sorriu sarcasticamente e virou o corpo, fitando ele. Larry acompanhou o olhar da garota para algum ponto ao lado deles, então voltou a olha-la, atencioso. Ela parecia estar vendo algo. Um clique suavizou a expressão do filho de Héstia: É claro! Espíritos! .  

- São eles que não gostam de mim? – Larry tentou jogou verde. A semideusa pareceu lembrar-se dele e o olhou, seu maxilar trincado.

- Ele não podem falar, mas suas expressões deixam claro o qual perigoso você é. Eles não gostam de você, O’Faur. – o citar de seu nome o pegou de surpresa. Ela realmente sabia quem era ele, mas como? Sua inocência o deixava confuso. – Por isso vou te silenciar antes que seja tarde demais. Nós queremos sua cabeça perfeitinha, e sua alma no Tártaro! – a última parte saia alto e agressivo. Larry ficou tão concentrado em suas palavras e expressões que sua calmaria natural foi perturbada, deixando de amenizar os sentimentos da menina.

E o próximo passo da semideusa seria em sua direção. Larry pulava para trás, enquanto a espada cortava o ar entre eles. A lâmina fez a volta, e atacava de cima para baixo. O garoto abaixou-se e levantou o cajado, segurando pele os extremos para uma melhor resistência ao segurar o choque da espada. Mas a menina chutou sua barriga, fazendo-o cambalear, e posicionou o escudo de frente para ele. Larry viu uma luz vermelha cobrir o escudo e, então, seu corpo voava até bater na parede atrás de si e cair de peito no chão. Sentia-se atordoado, enquanto apertava os olhos, tanto que só percebeu a proximidade da garota quando esta se acocorou e prendeu os dedos finos por entre o cabelo castanho da parte de trás de sua cabeça. E ter as pontas dos dedos roçando em sua nunca, Larry sentiu um queimar em cima de sua costela esquerda.

3/3
“This is an anthem, so fucking sing
A dedication to the end of everything”



Os olhos insanos prenderam-se nos inocentes. Os lábios do garoto estavam sujos de sangue, enquanto a sua respiração quente batia no rosto da filha de Macária. À medida que a garota levantava sua cabeça pelos cabelos, ele se esforçava para levantar o tronco.

- Toda essa sua beleza tem um propósito, disfarçar quem você realmente é. Mas isso terminará aqui. – as palavras agudas foram acompanhadas pela ponta da lâmina da espada encostada no pescoço do garoto. Mais um movimento brusco, e ela teria sua cabeça. Entretanto, Larry não sentia desespero. Não sentia medo. Não sentia nada, a não ser um torpor. Ele tentava entende-la. E talvez fora aquilo que o fez ganhar segundos suficientes para mudar o jogo. Seus olhos castanhos cor de mel fizeram questão de encarar os castanhos escuros, a procura de algo. Ele sabia o que estava fazendo quando conseguiu regularizar sua respiração. Os músculos da garota começavam a relaxar, assim como o aperto de sua mão nos cabelos do garoto. Larry, aos poucos, percebeu um pouco de vida nas órbitas escuras.

- Shh... – ele sussurrou fechando os olhos no mesmo instante em que a garota também fazia. Larry estava a tirar os sentimentos ruins da garota e aquilo fez com que ela o soltasse e tirasse a espada de seu pescoço. No mesmo instante, Larry levantou-se com a ajuda dos joelhos e mãos, aproximando da garota. Sua mão correu até a mão dela e passou a abrir os dedos, soltando a espada; ele sorria sincero. Mas o movimento fez com que a garota abrisse os olhos e, mais uma vez, ela olhava por detrás de Larry. Então seus olhos castanhos escuros voltaram a ficar insanos – ela tinha visto os espíritos. Com sua mão presa pela de Larry, ela tentou um soco com a outra; porém, o garoto dobrou o braço, protegendo-se com o antebraço.

- Cansei de você! – a garota grunhiu e bateu o joelho no estômago do garoto. Este, por sua vez, deixou um gemido escapar, mas conseguiu levantar o punho esquerdo no momento em que ela chutaria sua cabeça; seu bracelete se transformou em escudo, fazendo com que o impacto contra o material resistente, causasse um pequeno choque muscular na perna da semideusa. Larry levantou-se – desfazendo o escudo – e recuou, desviando do soco. Suas costas sentiram a superfície fria e o momento que tirou para olhar a parede atrás de si, foi o necessário para a menina ter a espada de volta em mãos. – Já chega. – falou antes de movimentar a espada na direção de Larry.

A única ideia que teve foi usar a parede ao seu favor. Seu objetivo seria deixa-la a procura de fôlego. Então, assim que viu a espada vindo em direção ao seu pescoço, Larry levantou o pulso, fazendo o escudo aparecer novamente, retraindo o tronco. Impulsionando o escudo para cima, ele empurrou o braço com a espada e aproveitou para pegar o outro braço dela – que fora colocado para frente, na procura de um equilíbrio – e puxa-lo, trazendo-a. As costas da filha de Macária bateram bruscamente na superfície rochosa, fazendo com que ela puxasse o ar pela boca. E foi naquele momento que Larry bateu a palma da mão na caixa torácica.

Ele já estava preparado para o corpo feminino caindo, então foi instintivo segura-la. A garota tinha desmaiado. Larry deixou um suspiro alto sair por entre seus lábios vermelhos de sangue antes de puxar o corpo para si. Sua respiração parecia frenética, mas sentia-se aliviado por não ter precisado machuca-la. Agora precisava leva-la de volta para o acampamento antes que ela acordasse.

Sem muitas demoras, a garota encontrava-se em seus braços, desacordada. Dera um jeito de abaixar-se o mínimo possível para pegar o seu cajado e, finalmente, saia da gruta em direção ao acampamento.

Ainda sentia-se confuso pelas razões da pessoa que carregava. Gostaria de poder esquecer, mas, ao menos por alguns dias, a marca de uma cruz em cima de sua costela o obrigaria lembrar.

--------------------------------



MÚSICA todas de Bmth
SET link
NOTAS desculpa os erros D:
NOTAS 2 odeio o fato de não ter maiúsculo nos títulos e subt 'v'


Poderes e armas:

observações:
Larry O'Faur
Larry O'Faur
Filhos de Héstia
Filhos de Héstia

Mensagens : 4
Data de inscrição : 18/07/2013

Perfil Meio-Sangue
Vida:
[Missão Interna] Inimigo Número Um Left_bar_bleue100/100[Missão Interna] Inimigo Número Um Empty_bar_bleue  (100/100)
Energia:
[Missão Interna] Inimigo Número Um Left_bar_bleue100/100[Missão Interna] Inimigo Número Um Empty_bar_bleue  (100/100)

Ir para o topo Ir para baixo

[Missão Interna] Inimigo Número Um Empty Re: [Missão Interna] Inimigo Número Um

Mensagem por Hades Sex Ago 09, 2013 11:05 pm

Macária... Boa escolha. Direto aos pormenores, boa missão. Coesão ok, criatividade ok, busca ok, e quarto-tópico-de-avaliação ok. Tem algumas partes onde fiquei meio confuso, mas é coisa pouca.


RECOMPENSAS:
Hades
Hades
Deuses
Deuses

Mensagens : 19
Data de inscrição : 24/07/2013

Ir para o topo Ir para baixo

[Missão Interna] Inimigo Número Um Empty Re: [Missão Interna] Inimigo Número Um

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos