Re: Black & White Party

por **Sasha Nikolaev** Sex Jul 19, 2013 10:31 pm

B&W

Black and White Party

Natasha.

O nome ficou repetindo em minha mente como em uma música programada no replay. Eu estava sem reação, observando a garota sem camisa a minha frente. Por Nyx, ela tinha noção do que estava fazendo? Bem, provavelmente não, afinal poucas pessoas sabiam que eu não gostava de rotulações quando se tratava de relacionamento com humanos. Apenas seguia meus instintos e as emoções, como uma boa filha de Héstia. Porém isso não amenizava a surpresa de poder vislumbrar aquele corpo magro revelado para mim subitamente. “Comporte-se Sasha! Você que complicou as coisas, seja legal com ela”. Pensei comigo mesma para tentar manter-me sem impulsos estranhos.

Pigarrei para manter a sequência de pensamentos coerentes e acabei por sorrir com a pergunta dela. Aproximei em passos calmos até poder roubar a blusa das mãos daquela filha de Macária. Estiquei a peça a minha frente para analisar criticamente o nível do líquido que caiu no tecido. Franzi o cenho e toquei meus dedos pela mancha e fiquei um pouco concentrada enquanto deixava a minha pele mais quente.

-Não toque em mim agora, tudo bem? – falei sem nem olhá-la, mas em um tom calmo e baixo devido a minha concentração – Afinal quem brinca com fogo acaba por se queimar um pouco.

Eu tinha mesmo falado essa frase mais clichê do mundo? Segurei o impulso de revirar os olhos para mim mesma e concentrei o calor de minha mão para evaporar o liquido com todo o cuidado, já que se tratava de álcool. Por isso às vezes era necessário deixar que o tecido esfriasse um pouco, mas o processo todo em si não levou mais que um minuto para que a blusa dela estivesse seca, mesmo que com um leve cheiro de whisky ainda. Com um sorriso convencido brincando em meus lábios, encostei-me a pia e estiquei a blusa para a garota.

-Sasha, prazer em te conhecer Natasha – finalmente me apresentei.

A empatia deixava-me saber que ela estava mais calma e relaxada no ambiente claro, o que consequentemente me deixava mais confortável apesar de ser o grande impulsionador da situação. Porém ainda assim não podia deixar a garota com uma má impressão de mim, abri a boca para convidá-la para dançar quando o simples pensamento dança me fez lembrar um fator rapidamente esquecido. Amanda ainda estava me esperando!

-Merda, eu vou morrer! – falei com certo desespero na voz – Desculpa Nat, eu esqueci minha irmã lá na pista e ela vai me comer o fígado a milanesa! A gente se encontra por ai ok? E olha, apesar de tudo, gostei mesmo de te conhecer!

Por puro impulso inclinei na direção dela e apliquei um rápido beijo estalado na bochecha da garota. Insegura de como seria a reação de Natasha, dei-lhe as costas e corri para fora do banheiro. Dessa vez tinha um novo problema em mãos: encontrar com Amanda e implorar para que me deixasse viver. Tudo bem que estava exagerando, mas encarar aquele olhar zangado era uma das coisas mais sinistras que alguém poderia vivenciar. Assim que saí do banheiro levei quase uma hora procurando a minha meia-irmã até dar-me por vencida, ela já não estava mais ali. Suspirei em desanimo e olhei ao redor sem encontrar mais a Natasha. Ao que parece restava-me apenas voltar para o chalé e enfrentar a ira de Amanda.

Encerrado!

Post # 3~ Taggs: Natasha ~ Words: 550 ~ Usando: Aqui ~ Notas: -

por **Marie D'Labelle** Dom Jul 21, 2013 5:55 pm

That girl is so dangerous ☠

Everybody knows her name, she's a perfect girl - - - -

Eu tinha ainda a opção de voltar atrás com a minha breve escolha de seguir aquela loba para aquele canto escuro da festa. Por X razões, (1) poderia ser a Demetria (2) como também poderia não ser ela (3) e se fosse outra pessoa? (4) não era um problema tão grande, não é? (5) mas seria um problema se fosse Pandora. Então, ainda achava que minha escolha de ter seguido a loba por puro impulso não fora nem um pingo legal. Não precisei de muito mais que uma simples visão pra concluir que realmente tinha feito merda, sim, uma merda das grandes. Só não conseguia entender a razão de Nymeria ir ao encontro dela, o porquê disso realmente. Tentei dar um passo para trás, mas tudo que aconteceu, foi que eu ficasse parada ali, feito uma estatua um tanto apavorada por vê-la. Era culpa dela, ela era a culpada por tudo que eu sentia, os olhos dela eram culpados por todos aqueles sentimentos aprisionados à sete chaves dentro do meu peito; e isso, não era de agora, só não entendia porque depois de todos aqueles anos, depois de todas as ofensas proferidas contra mim, ainda ousava sentir aquelas borboletas que insistiam em voar livremente soltas pelo meu estômago, buscando por mal uma saída daquele local escuro e há muito fechado. Assim como ela, não deixava minha feição mais que uma máscara de frieza e indiferença, não podia deixa-la ciente do que realmente acontecia ou do que realmente sentia. Afinal, nada mais fazia diferença, ou talvez, nunca tivesse realmente feito um dia. Mordisquei o lábio inferior, e mesmo que em meu amago algo me dissesse para fugir dali o mais rápido possível, aqueles olhos, sim, aqueles olhos me prendiam, como se não precisasse de nada além daquilo pra viver. Em um leve deslize, junto do que restava de minha sanidade, meu equilíbrio foi embora, fazendo com que tombasse um pouco para frente quase indo de encontro ao chão.

De fato, preferia realmente ter caído. A princesinha da festa estatelada como um monte de nada, seria mais aceitável do que se ela sentisse as batidas descompassadas do meu coração, mas era tarde. Muito tarde para ser exata, quando dei finalmente por mim, seu corpo servia-me de apoio e por Zeus, estavam tão colados que poderia descrever cada arrepio que se passava pela minha espinha. Desviei o olhar brevemente para a sua mão que se moldara perfeitamente em minha cintura ao me segurar. Será que seria muito ruim se eu deixasse transparecer toda a saudade que havia sentido daquele toque? Seria, sabia que sim, ainda que nada parecesse fazer diferença para a filha de Hades.

Talvez ainda conseguisse suportar aquele aperto terrível no peito, e todas aquelas coisas na barriga que se mostravam um tanto alvoroçadas procurando uma saída. Mas não podia suportar as piadinhas dela, as piadinhas um tanto frias e cortantes que de uma forma ou de outra, me feriam. Engoli em seco tudo que estava preso em meu peito e empurrei-a com um pouco de força, afastando seu corpo do meu, o suficiente para que eu pudesse lançar-lhe um olhar superior e dar de ombros brevemente, deixando que os cabelos fossem jogados para trás, com um tanto de soberba. – Você viu com quem está falando? Eu nunca perrrco a classe, mon amour. – Murmurei no mais perto francês e dei as costas, apenas estalando o dedo para fazer com que Nymeria me seguisse. Não iria continuar me torturando, não ali, não na frente dela e sabia mais que qualquer um que minha permanência na festa faria com que meus olhos buscassem pelos dela insaciavelmente, como se fossem um abrigo. Ela não podia saber da saudade, na verdade, ninguém podia. Dei as costas, passando pelos semideuses com a mesma facilidade que tinha tido para chegar ao canto escuro que há pouco me encontrava. Sem muito enrolar, sai pela mesma porta que havia entrado, fugindo como um bichinho indefeso para o próprio chalé. A forma que corria dela, deixava a situação no mínimo engraçada... isso se ela não fosse tão trágica.

MARIE WEARS • Click Here // MUSIC • Dangerous - Akon ft Kardinal Offishall~~Click~~ // HUMOR • Confusa // NOTES • Nunca escrevi tão rápido com a Marie, srsly. // TAGGED • Pandora, Demetria and Nymeria ♥ // WORDS • 678