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Black & White Party

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Mensagem por Hécate Sáb Jul 13, 2013 6:39 pm



B&W


Black and White


Depois de tantos esforços para reviver o Acampamento Meio-Sangue na Grécia, finalmente um pouco de estabilidade recaia sobre os semideuses. Quíron sabia que algo estava para acontecer, porém em sua sabedoria sabia que aqueles jovens precisavam de um pouco de diversão. Foi pensando nisso que o centauro permitiu que a primeira grande festa do acampamento acontecesse.

Durante os últimos três dias ninguém falava mais de outra coisa. Um clima de expectativa surgia a cada vez que a festa era mencionada em qualquer conversa. O local já estava decidido, na Boate Fallen dentro da Vila Olimpiana, na Avenida Principal. O tema foi lançado um dia antes do acontecimento: Black & White.

A Festa


Toda a boate havia sido modificada. Filhos de Afrodite, Dionísio e Apolo haviam trabalhado sem parar durante dias para conseguir que tudo saísse perfeito. Praticamente tudo estava decorado com as cores preto e branco. As paredes, as bolas e balões, mesas com toalhas negras e arranjos brancos por cima. Até mesmo a pista de dança havia sido modificada para quadrados alternados entre essas cores. A organização estava perfeita para manter espaço confortável para os semideuses. A pista estava completamente livre, porém em um canto havia sofás para quem queria descansar um pouco. Em um andar superior com acesso por uma escada na lateral estavam as mesas. Perto da pista estava o bar com um belo balcão e dois atendentes, um belo rapaz trabalhando sem camisa e uma gravata borboleta no pescoço e uma garota de igual beleza usando uma blusa branca bastante decotada. Para essa noite todos os tipos de bebida foram liberados, desde as mais fortes aos drinks mais suaves. No andar superior era servida comida em uma mesa grande retangular, ela nunca iria acabar, pois sempre que estivesse próximo do fim o alimento seria reposto magicamente. Ali havia pratos de diversos tipos, variando entre o salgado e o doce. O lugar estava preparado para oferecer a melhor comida, os mais variados drinks, ótima música e uma longa noite de dança.

Existia apenas uma formalidade a ser seguida: as vestes também deveriam ser da cor branca ou preta, ou ambos. As portas da boate foram abertas pontualmente às oito horas da noite.


Observação especial: Haverá recompensa (não serão níveis) para quem postar até o dia 16/07.




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Mensagem por Allun D. Ornios Sáb Jul 13, 2013 10:08 pm

Os últimos anos tinham sido bem complicados e difíceis, e essas duas palavras não serviam nem como apelido para tudo o que tinha acontecido. Após o massacre do acampamento, migramos para a Grécia. E isso, na minha opinião, foi um erro. Nos Estados Unidos já tinham muitos monstros, e esses conseguiram exterminar boa parte dos semideuses. Na Grécia tinham mais. Muito mais. Conseguimos construir um novo acampamento ali, mas quanto tempo ele duraria? Apostaria todas minhas dracmas que não mais que um ano. Um novo massacre aconteceria em breve. Era só questão de tempo.
- Só espero estar errado... – Sussurrei em mais uma noite sem dormir, observando os poucos filhos de Perséfone restantes no chalé. A maioria tinha morrido nos Estados Unidos. Estariam eles nos Elísios? Esperava que sim. - Não posso deixar esses terem o mesmo fim... –
Acordei no outro dia com conversas vindas de dentro e de fora do chalé. E todas eram sobre a mesma coisa: uma festa. Sentei na cama, esfregando os olhos e olhando para um papel colado na parede do chalé. O aviso de uma festa. Franzi o centro, estranhando aquilo. O objetivo da festa era claro; fazer os semideuses restantes esquecerem o que aconteceu no acampamento meio-sangue e no romano – falando nisso, precisava me lembrar quais eram os semideuses de origem romana, principalmente meus irmãos, para chama-los de filhos de Prosérpina – e o trabalho que tivemos para construir aquele acampamento. E estava dando certo. Risadas eram ouvidas o tempo todo. Vozes animadas. Algo que não acontecia tinha um bom tempo. E aquilo tudo era muito... Estranho. O clima de tensão tinha sido esquecido. Aquilo não era uma coisa muito boa.
- Deixe de bobeira, Allun, é só uma festa... – Resmunguei ainda com sono. Dei um sorriso forçado, deitando na cama. A festa aconteceria em três dias. Era bom ficar de olho nos campistas.
Um dia antes da festa, o tema foi lançado: Black & White. Não fazia a menor ideia do que aquilo significava, por isso perguntei a alguns campistas. E ao receber a resposta (com alguns risinhos daqueles que responderam), me senti meio idiota, pois o tema era óbvio demais: tinha apenas que ir vestido com uma roupa preta e branca. Como sempre, coisas muito óbvias sempre pareciam erradas para mim. ”Ora, como sempre, estou errado.”
Finalmente o dia da festa. Passei praticamente o dia todo no chalé, observando os filhos de Perséfone (e Prosérpina) se aprontarem para a festa. Todos estavam sorrindo, comentando sobre a roupa dos outros. Tudo estava muito diferente de três dias atrás. Encolhi os ombros, olhando para o chão.
- Acho que não é uma má ideia ir nessa festa. – Murmurei, olhando para a pequena cômoda ao lado da cama onde eu guardava minhas roupas. O tema seria Black & White. Me abaixei, olhando dentro da cômoda. ”Roupas para essa festa não faltam...” Pensei, olhando várias roupas pretas e brancas ali. Eram simples, coisas que não chamavam atenção. Bem o meu tipo. ”Ainda bem que não tenho frescura com roupa.” Peguei a primeira camisa branca que estava na minha frente e uma calça preta qualquer. Caminhei até o banheiro e me tranquei nele. Precisava de um banho.
Depois de tomar banho e vestir a roupa, baguncei um pouco o cabelo. Odiava deixa-lo arrumado. Quando saia do chalé, os últimos filhos de Perséfone já estavam saindo. Acenei para eles, dando um pequeno sorriso, e caminhei até a minha cama. Sentei nela e calcei um tênis preto. Estava pronto. Só faltava o relógio de ouro branco que estava em cima da cômoda. Peguei-o. Estava indo a uma festa, mas nem por isso baixaria a guarda. Saí do chalé.
A boate havia sido toda decorada com coisas brancas e pretas. Era tanta coisa branca e preta que olhar em volta dava enjoo. Não reparei muito na decoração nem nos campistas. Simplesmente caminhei até o bar – onde um garoto sem camisa e uma garota com uma camisa branca decotada (porque não sem camisa?) atendiam – e pedi uma taça de vinho. Depois caminhei até um dos sofás – branco – e sentei-me nele. Provavelmente ficaria observando a festa o tempo todo, sozinho. ”Observar é mais divertido...”
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Mensagem por Pandora van Hölle Sáb Jul 13, 2013 11:11 pm



Make me wanna die

Voltar. Esse era um verbo estranho para mim, apesar de ansiar conjuga-lo em minha vida. Voltar no tempo, voltar ao passado, simplesmente voltar. E ao mesmo tempo em que esse desejo vibrava em cada célula de meu deprimente ser, eu escava disso. Fugia. Corria para o lado oposto. Vivia a beira de um precipício imaginário, mas que parecia puxar-me cada vez mais para a sua margem. As consequências de meus atos atormentavam-me todos os dias e para conseguir sobreviver a isso havia mudado completamente a minha vida. Tornei-me uma verdadeira filha de Hades, imersa em um mundo negro onde havia apenas dois lados da moeda: a morte e a sobrevivência.

Desde o êxodo até a Europa eu tinha me afastado do Acampamento. Residi no inicio apenas por tempo suficiente para recuperar da batalha e partir sem olhar para trás. De longe cumpria missões dos mais diversos tipos, endurecendo meu coração até que aquele sentimento sumisse. Assim como as outras emoções. Fiquei um bom tempo perambulando entre Moscou e Alemanha, os locais mais perigosos, porém onde havia entradas para o submundo. Meu lar tornou-se debaixo da terra, perto das almas penadas e do lado da lamentação daquelas almas perdidas. Gritos, terror, maldições... Isso era algo natural para mim.

Porém ainda assim... Apesar de todas as controvérsias bastou um chamado de Quíron e eu estava ali novamente. Voltando para o Acampamento Meio-Sangue. Ah maldito verbo voltar! Porque tinha mais medo das possibilidades do que a própria certeza de que tudo na vida havia um fim? Talvez fosse a maldita esperança que teimava em existir no mais profundo recanto de meu coração morto. Entretanto, nada mudava o fato de que estava ali, jogando minha mochila dentro de meu quarto no obscuro chalé de Hades. Aquele cheiro familiar me enchia de lembranças, do meu primeiro dia ali, de quando Winter ainda era menor e enrocava em minhas pernas enquanto caminhava e me arrumava ao mesmo tempo. Contive um suspiro e minhas expressões endureceram, tinha de manter o máximo de meu controle para que essas lembranças tomassem caminhos perigosos.

Por minha mente passou a memória de que Matthew também estava vindo para o Acampamento Meio-Sangue pelo chamado de Quíron. Talvez já estivesse dentro daquele território e talvez ele fosse capaz de me distrair. Onde encontrar o filho de Hécate? Provavelmente onde havia bebida! Sai do chalé deparando-me com uma bela noite estrelada, porém com um fluxo de pessoas seguindo direto para a Vila Olimpiana. Sem hesitar, agarrei o braço de um novato e o puxei bruscamente.

-O que está acontecendo? – exigi saber sem me importar em ser rude ou educada. Queria respostas e as teria.

-U-uma festa – ele gaguejou e encolheu um pouco o corpo – Na boate...

O soltei em um único movimento e dei-lhe as costas. Tinha acabado de chegar de uma longa viagem, mas não me importava. Precisava de uma companhia de um velho conhecido e boas doses de uma forte bebida. Não me importei em trocar de roupa, mas pelas vestes das pessoas que seguia em direção a festa eu estava enquadrada no padrão preto e branco. A caminhada levou apenas cerca de quinze minutos, meus passos sempre pesados e largos, minha expressão sempre séria e completada por meu olhar gélido. Não era a toa que alguns semideuses abriam caminho para que eu passasse. Fosse pelo meu jeito “delicado” ou pela minha aura de morte.

Quanto mais me aproximava do lugar, mais o som eletrônico invadia minha audição como um ruído estranho e levemente incomodo. A quanto tempo não saia para uma festa por livre espontânea vontade? Os russos sabiam como vadiar e tinham as melhores vodcas, porém minha presença em eventos similares a este era apenas para cumprir uma missão. Ao entrar na boate, as luzes começaram a piscar em diversas cores e mostraram um ambiente também decorado em preto e branco. Pisquei rapidamente por dois segundos até me acostumar com aquele caleidoscópio de cores, sons e semideuses. Olhei ao meu redor e abri o meu colete revelando a blusa branca que eu usava, ela pareceu brilhar com o efeito das luzes da boate.

Dessa vez caminhava lentamente, desviando daqueles corpos cheios de hormônios por pura experiência em manter-me afastada das pessoas. Meus olhos vagavam lentamente por cada canto do recinto em busca de rostos conhecidos e do bar. Havia um em especial que eu tinha medo de encontrar. Sim, medo, o meu tormento, o meu decair. Balancei a cabeça de um lado para o outro e finalmente encontrei o bar. Mesmo sem o meu parceiro de bebidas, eu merecia uma boa dose de tequila. Segui para lá um tanto despreocupada, até o momento nada havia acontecido e parecia indicar que continuaria assim. Ao chegar, debrucei meus braços sobre o balcão e encarei a bargirl daquele meu jeito natural, intenso e frio ao mesmo tempo.

-Duas doses de tequila pura, por favor – pedi em um tom neutro, mas alto para poder ser escutada.

Ela prontamente começou a mexer-se, pegou uma garrafa de José Cuervo e encheu um copo pequeno com aquele abençoado líquido. Não agradeci, apenas acenei com a cabeça em uma demonstração de que havia aprovado a escolha dela pela tequila. Recebi o copo e o virei de uma vez, sentindo o líquido deslizar por minha garganta queimando o meu interior. Passei as costas de minha mão direita por sobre meus lábios enquanto fechava os olhos por alguns momentos. Definitivamente esse era sempre o melhor modo de começar uma festa.

--------------------------------------------
Post #1 ♠ Vestindo: Aqui ♠ Taggs: Bargirl ♠ Notas: Vei, eu tenho de reaprender a escrever, ctz que ficou confuso o inicio.
thanks juuub's @ cp!  
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Mensagem por Jessie R. Archer Sáb Jul 13, 2013 11:44 pm

S i t u a t i o n s
are irrelevant now.
She loves the way that I tease, I love the way that she breathes


obs: I'm wearing this

Abri os olhos. Na realidade, isso não fazia diferença alguma, pois a escuridão me cercava. Uma escuridão tão profunda, que me fez apalpar os braços e o rosto, apenas para ter certeza se ainda... existia. Pois a sensação que tinha era de que podia até desaparecer naquele breu.

Eu não podia andar, eu não podia ver... E não havia som a ser ouvido, nem aroma a ser cheirado, nem nenhuma sensação a ser sentida. Era o nada. É nesses momentos onde você começa a duvidar sobre se está vivo ou morto. Mas... a "vida após a vida" é descrita de maneira tão diferente nos livros. Talvez isso seja um purgatório. Talvez... o mundo tenha realmente acabado durante o seu sono.

Esse era um medo comum durante a época de guerra em que vivíamos. Contudo, definitivamente, esse é o tipo de lembrança que você deve evitar quando está no meio
do nada.

O cenário explodiu em chamas, e eu virei-me para o lado, tentando me proteger contra o calor excessivo. Agora eu estava no meio de um acampamento semidestruído. Tudo estava pegando fogo. Pessoas corriam de um lado para outro, empunhando armas. Gritando xingamentos, ordens de ataque, ou o nome de algum amigo. Ninguém parecia notar a minha presença. Eu olhava atônita à tudo que acontecia, incapaz de me mexer. Eu sabia que lugar era aquele. Era o Acampamento Meio-Sangue. Era a minha casa. E ali estava eu, vendo a devastação, sem nada fazer para impedir a destruição do meu lar.

Um grito agudo fez-se ouvir à minha esquerda e, por Zeus, aquela foi definitivamente a pior parte de todo esse... dejà vu, pesadelo, dessa lembrança, seja lá qual for o nome que você quiser dar. Porque o grito vinha da única garota com quem eu realmente tive uma amizade importante além de minha irmã. A única garota por quem eu daria a minha vida, de fato, e a garota a qual fui obrigada a me afastar, fingir que nunca havia ouvido falar dela.


- ALYSSA

Ela me olhava, no meio de toda aquela gritaria, chocada, como se nunca esperasse me encontrar ali (o que era verdade). Sua expressão passou da surpresa inicial para uma fúria assassina que começava nos olhos e terminava no modo como ela torceu a boca. Senti o meu coração despedaçar-se. Eu tinha que ir embora. Não havia mais nada a ser dito e, ao mesmo tempo, eu precisava dizer tudo. Mas eu precisava obedecer à uma ordem maior. Virei o rosto rapidamente, para que a filha de Nêmesis não visse as lágrimas que desciam rapidamente pelo meu rosto e salgavam-me a boca.

"Me desculpe... Eu não quero, mas... Eu preciso."

▫▫▫

Abri os olhos, assustada. Demorei um pouco até perceber onde eu estava, até que meu corpo percebesse que, por hora, estava seguro. Passei as mãos no rosto e senti os resquícios de lágrimas do pesadelo que me atormentara naquela noite, apenas continuando um padrão de tortura que eu sofria há mais ou menos quatro anos. Ainda tapando minha face, suspirei e fiz uma prece à minha mãe, pedindo que abençoasse meu dia.

Sentei-me na cama e observei meu reflexo no espelho, obscuro devido à pouca claridade que entrava no chalé, provando que era cedo demais para uma pessoa sem atribuições específicas já estivesse acordada. Mas não eu. Eu era a monitora do chalé XV e uma Anarquista da Discórdia. Eu definitivamente tinha coisas para fazer durante o dia no acampamento. Ainda me observando, tirei as mãos do rosto e assumi uma expressão séria. Quem me encarava de volta era uma mulher aparentemente comum, de seus 20 ou 21 anos, com olhos azuis expressivos, uma pele macia, cabelos longos e bagunçados, e lábios cheios que estavam contorcidos em sinal de desaprovação com o que viam. Eu realmente precisava tomar um banho, e organizar as ideias debaixo do chuveiro. Precisava coordenar os tradicionais treinos para novatos e bancar a conselheira, e ainda, mais importante!, precisava escolher uma roupa para o baile que todo o acampamento esperava há dias. Tinha grandes esperanças de encontrar algumas pessoas por lá; pessoas que o tempo e os afazeres diários haviam afastado de mim.

▫▫▫

Meio dia e um banho depois, eu estava novamente em frente ao espelho, agora sim, satisfeita com a imagem que sorria de volta para mim. Vesti-me com simplicidade e elegância, esperando um clima mais formal. Ao meu redor, vários de meus irmãos e irmãs também se arrumavam, enquanto roupas e acessórios voavam pelos quartos usando nossa maior ligação fraternal: a magia. Permiti-me um sorriso ao me dirigir para a porta do chalé. A maioria deles não se importava com o fato de eu ser uma semeadora de discórdia; inclusive, eu era idolatrada por alguns. Mas o ponto indiscutível da questão era que eu sacrificara muitas coisas para estar no lugar onde eu estava hoje. E isso, eu não ia deixar ninguém tirar de mim. Sem olhar pra trás, dirigi-me para a boate onde daria-se o tão aguardado evento.

▫▫▫

A decoração monocromática me agradou à primeira vista. Admirando cada detalhe, passei pela pista de dança e dirigi-me para o bar junto com outros semideuses, gregos e romanos, cumprimentando-os com acenos de cabeça e sorrisos. Pedi um mojito à bartender (aquele top realmente chamava a atenção!) e, enquanto esperava meu drink ficar pronto, deixei meu olhar correr pela festa. Alguns jovens já estavam dançando como se não houvesse amanhã, o que era compreensível, pois um clima de tensão dominava o lugar há semanas. Outros, já estavam estirando-se nos sofás, sozinhos ou em duplas, e foi nesse momento que meu coração falhou uma batida ou duas, pois sentado em um dos sofás, com um drink na mão, estava ninguém mais ninguém menos do que Allun.

Mal vi a bartender entregar meu drink em um copo alto. Finalmente, recuperando minhas emoções, caminhei decididamente até onde o rapaz estava, mas fui perdendo a coragem pelo caminho, até quase dar meia-volta. Mas segui em frente, armando um sorriso (ou tentando). Quando finalmente postei-me em frente ao filho de Perséfone, fiz a única coisa que a situação me permitiu: limpei a garganta, o que chamou a atenção dele. Então quando eu olhei nos olhos dele, eu simplesmente parei de tentar fingir ou arrumar um comportamento. E assim, eu consegui sorrir.

- Boa noite, Allun. Posso sentar-me ao seu lado? - indaguei com a voz grave, mas tranquila, ainda sustentando seu olhar.

Thanks Tess
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Mensagem por Catherine A. Volsky Dom Jul 14, 2013 1:37 am

❝ Can't trust a cold blooded woman, boy, don't you lie in her bed you can't trust a cold blooded woman, she'll love you and leave you for dead it's one thing you must understand, you can't trust a cold blooded woman ❞
Nasci da escuridão, do vácuo, uma vida resumida apenas a uma coisa: Nada. Não era de se impressionar o fato de nunca criem muitas expectativas com a minha pessoa, as regras do mundo diziam que não se devia esperar muito daqueles que nada sente, mas que devia temê-los. Sim, medo, lembro-me de como todos eles me olhavam, como se eu pudesse explodir a qualquer momento, que aqueles olhos calmos e gestos finos eram apenas uma farsa. É claro que eles estavam certo. Eu não me importaria de acabar com um deles, com tanto que tivesse um bom motivo. Podia ser muitas coisas desagradáveis, porém uma assassina sanguinária não era uma delas. Nem um monstro desprovido de qualquer tipo de sentimento, quer dizer, o que se esperaria de uma pessoa que cresceu sem saber o significado da palavra "amor"? Nada, é, essa sempre era a resposta.  

"Você é uma boneca de porcelana." ele disse "Tão bela por fora, tão delicada, mas completamente vazia por dentro." vazia, essa palavra me atormentou por longas semanas, eu tinha apenas dez anos, ouvir aquilo doía, mutilava. Todavia eu não podia chorar e gritar como uma criança normal faria dizer a plenos pulmões "Eu não sou vazia!" ah, mas eu não podia, é claro que eu não podia. As surras doíam, ele iria me deixar sem jantar. Tinha que ficar calada e assentir, Klaus sempre estava certo, foi assim que me ensinaram.

E até mesmo ele, que nunca me olhara com temor, nunca hesitara em dizer algo para mim, tinha medo "Você me assusta." foram as últimas palavras dele que ouvi. Ele se foi, mas o que ele me tornou permaneceu, os gestos com uma graciosidade criada em anos de aulas de etiqueta, o tom de voz agradável, os falsos - e convincentes - sorrisos. Agradar, manipular, fingir. Chegava a ser engraçado o quão parecida com ele me tornara. Então eu estava em outro país, outro continente, e muita coisa mudou. Verdades me acertaram mais forte que qualquer coisa física conseguiria. Aquilo ardia, mais que qualquer tapa que Klaus já me dera. Porém, eu estava livre, ou o mais próximo disso que poderia chegar.

A vida no Acampamento era boa, o chalé de Érebo mais ainda, silêncio e escuro - o que era maravilhoso, havia crescido numa casa com muita luz e janelas, o me salvava era meu quarto onde dificilmente a luz do sol entrava -. O contato entre os irmãos era pequeno, ninguém ali fazia muita questão de conversar. Passei certo tempo levando aquela vida pacata, sem fazer questão de se socializar. Achava que as grandes mudanças em minha vida parariam por ali, que a coisa mais incrível que veria seria um monstro muito estranho. Até que conheci Éris, que obviamente aquela parte de mim, que gostava de ver brigas, de irmão contra irmão, de dor, ódio, morte, ah, a adorável discórdia. Não hesitou de tornar-se um deles, e fez seu devido sacrifício, abandonou o único que havia permanecido. Sim, paguei um preço caro, mas sacrifícios devem ser feitos. Com isso ganhei um lugar entre os dela e uma tatuagem que ocupava toda as minhas costas. Uma caveira, nada mais vazio do que isso para me representar.

E veio toda aquela destruição, algo que sinceramente aprecei em ver, embora tenhamos perdido tanto, quase tudo. Felizmente os gregos não se rendem fácil, aqui estamos nós, na Grécia, muito mais monstros, muito mais perigo e outras coisas tão agradáveis quanto essas. Estou encolhida na minha cama, como faço desde pequena, muitos estranhariam se me vissem de tal forma tão vulnerável, agradeço mentalmente por os filhos de Érebo serem tão calados. Mas mesmo para nós festejar é necessários. Por isso, estão todos se arrumando para a tal festa Black & White, cores que tem de sobra nos nossos guarda-roupas.

Eventos sociais sempre fizeram parte da minha vida, mesmo eu nunca gostando muito deles. Não havia motivos para perder aquele, talvez até ocorresse algo interessante por lá. Levantei-me sem muita vontade, indo em direção ao banheiro. Um banho rápido e uma escolha de roupa mais rápida ainda. Peguei um dos meus vestidos com seus ares vintage, negro, um dos longos e negros casacos, deixei-o aberto para não esconder completamente o vestido, umas pulseiras de tons escuros e um oxford de salto. Olhei-me no espelho, parecia que iria para um velório. Ótimo. Finalizei com um pouco de pó e delineador, nunca fora lá muito fã de maquiagem.

Rumei em direção a festa com passos firmes e cheios de uma graciosidade que dificilmente me abandonava. Ao chegar ao local agradei-me com a decoração, porém não fiquei muito tempo a observando-a. Desejava uma bebida, era isso que costumava fazer em festas: Beber. No caminho ao balcão notei algo que preferia não ter notado, melhor dizendo, alguém, sentando em um dos sofás, junto com uma das seguidoras de Éris estava Allun, observei-o por meros segundos que me pareceram uma eternidade. Aquilo era o máximo que podia fazer, continuei meu caminho eu direção as bebidas, torcendo para que ele não tivesse me notado. - Whisky, por favor. - disse num tom baixo e educado.

tagged: Nobody | words: muitas, obg | outfit: here | notes: Festa, ficou uma bosta, weee q


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Mensagem por Matthew M. Hillerbrand Dom Jul 14, 2013 2:32 am


Back to home
LET'S DRINK, BABY

Mais uma vez o dia começava a amanhecer e eu já havia acordado há horas. Os pesadelos - que sempre foram muito frequentes em minha vida -, somados ao desconforto de ter voltado ao acampamento, faziam meu sono sumir em um piscar de olhos. Sim, a noite em que o acampamento fora tomado ainda me assombrava. Já faziam 4 anos, mas esse tempo não fora o suficiente para superar o ocorrido, e acho que nem mesmo 40 anos seriam suficientes. O lugar que eu chamava de casa, o lugar que me acolheu quando ninguém mais o fez... completamente destruído em questão de minutos. Diversos campistas, sátiros, ninfas... Todos mortos. E fora este o motivo que me fez tomar a decisão de não viver no novo acampamento, apenas acompanharia os Corações em algumas missões. E eu estava fazendo isto, até o dia anterior, quando recebi uma mensagem de Íris de Quiron. O centauro havia me pedido para retornar ao acampamento, pois as coisas estavam começando a se agitar novamente.

Fui retirado de meus devaneios quando ouvi o barulho de meus meio-irmãos começando a arrumar o chalé. Suspirei e me levantei, indo até o banheiro para tomar um banho, pois hoje o dia seria bem agitado. Ao sair, ouvi alguns conversando sobre uma grande festa que teria hoje à noite. Aproximei-me do pequeno grupo e quando eles notaram se calaram e ficaram me olhando. Era estranho não conhecer a maioria deles, mas pouco me importei com isso. ─ Que festa é essa? ─ Perguntei sem me dirigir a ninguém em especial. ─ É uma festa que será hoje à noite. O tema será Black & White. ─ Falou um deles. Virei de costas sem nem mesmo agradecer pela informação e me joguei em minha cama, enquanto um sorriso se formava em meu rosto. Festas significavam bebidas, e bebidas significavam que com certeza eu estaria lá.

Durante a maior parte da tarde fiquei caminhando pelo acampamento, conhecendo melhor os locais, afinal fazia bastante tempo da ultima vez que pisei aqui. Era incrível como apenas as folhas secas que caiam no chão, ou a forma que eram movidas pelo vento, me faziam relembrar dos velhos tempos, permitindo que um sorriso verdadeiro surgisse em meu rosto após tanto tempo. Mas eram apenas por breves segundos; logo voltava ao normal, afinal eu era um Coração de Neve e sabia mascarar muito bem minhas emoções.

Quando faltavam apenas dez minutos para começar a festa, fui para o chalé me arrumar, que já deveria estar vazio há esta hora. Como previsto, só havia apenas duas garotas terminando de se arrumar, que saíram em poucos segundos. Tomei um longo e relaxante banho, e fui me vestir. Vesti uma calça jeans escura e uma camisa preta, por ultimo um casaco escuro e sai do chalé, rumo à bebida. Assim que cheguei ao local, levei alguns segundos para me adaptar a iluminação e parei por uns instantes para apreciar a decoração. A boate estava simplesmente espetacular, mas isso não me importava nem um pouco. O que eu queria estava logo um pouco a frente, mais especificamente atrás de um balcão de madeira, e foi para lá que me encaminhei. Ao me aproximar do local, comecei a sentir uma leve aura, que se tornava cada vez mais forte. Somente uma pessoa era capaz de fazer isso; Pandora.

AH! Eu sabia que iriamos nos encontrar aqui. ─ Falei quando avistei a filha de Hades. Esta era a única pessoa que eu havia mantido contato depois que me afastei do acampamento, afinal ela também era uma Coração de Neve, portanto fazíamos algumas missões juntos. Apesar de Pandora ter mudado bastante sua personalidade, ela ainda era uma velha amiga; uma velha parceira de bebidas. Ao avistar um copo ao lado dela, o peguei e tomei o liquido em um único gole, sem nem mesmo saber o que era. ─ Mais duas, por favor. ─ Falei para a mulher que estava perto de nós. ─ E então, soube que Quiron chamou alguns outros campistas mais antigos para voltarem ao acampamento, também. ─ Comentei, mas me referia a certa pessoa em especial; uma filha de Ares que, com toda certeza, eu e Pandora conhecíamos muito bem. Só não sabia se ela tinha aceitado ou não o convite para retornar.



VAMOS BEBER \O/ Vila Olimpiana de noite Com Pandora =3

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Mensagem por Allun D. Ornios Dom Jul 14, 2013 11:45 am

Aos poucos, os outros campistas remanescentes foram chegando à festa. Eles riam e conversavam animados. A maioria ia direto para a pista de dança, ou pegavam uma bebida e depois iam para pista de dança. Terminei de beber o vinho que estava na minha taça, observando os rostos de cada campista ali e me lembrando do rosto deles durante o massacre. Nem pareciam os mesmos. Naquele momento, só dava para perceber que eles tinham participado de alguma batalha mortal pelas cicatrizes no rosto. Todos deviam ter alguma cicatriz. Se não fosse no corpo, era na alma; no coração. Cicatrizes causadas pelos amigos e amores perdidos. Essas cicatrizes todos, até mesmo aqueles que não estavam durante o ataque, tinham. Fechei os olhos. Aquilo era uma festa, o objetivo era se divertir, não relembrar as coisas ruins.

Então alguém chamou minha atenção. Abri os olhos, olhando para cima e vendo quem estava ali: Jessie, a filha de Hécate e Anarquista da Discórdia, com um sorriso no rosto. Já tinha um bom tempo que não a via. Nos últimos dias tinha ficado no Chalé de Perséfone, organizando tudo, mantendo os campistas controlados. Eu já era monitor antes, mas não precisava me focar tanto em controlar os campistas. Eles conheciam seu limite. Agora, morando em um novo lugar e dividindo o chalé com os romanos, rolava uma briga quase todo dia. E eu tinha que para-la. Os outros campistas não faziam nada. Na verdade, a maioria gostava de ver uma briga. E com tantas coisas para me preocupar, quase me esquecera de Jessie. E agora que a via... Mas tinha alguma coisa que não batia ali. A garota era uma Anarquista. Seguidora de Éris. Será que a antiga moradia deles também tinha sido destruída junto com os acampamentos?

Então desviei minha atenção dela por um momento, observando outra pessoa que chegava à festa. Catherine. Minha meia irmã.... E também Anarquista. Por algum motivo, ela tinha parado de falar comigo. E nas raras vezes que falava ela era fria. Como se quisesse me matar. Eu devia ter feito alguma coisa, mas obviamente não sabia o que era. E não importava. Tinha coisas mais importantes para me preocupar agora. E estava demorando muito para responder, como sempre.

- Hm...? Desculpe. Claro. Pode sentar. – Respondi, olhando rapidamente para e indo um pouco para a lado, dando espaço para ela se sentar... Não que precisasse. Eu era o único naquele sofá, e ele tinha bastante espaço. Mas mesmo depois de quatro anos era normal eu fazer alguma coisa besta perto de alguma pessoas. - Então quer dizer que vocês, anarquistas, estão morando no acampamento agora? Alguns podem não gostar disso... -
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Mensagem por Jessie R. Archer Dom Jul 14, 2013 6:10 pm

S i t u a t i o n s
are irrelevant now.
She loves the way that I tease, I love the way that she breathes


obs: I'm wearing this

Mantive um sorriso no rosto enquanto sentava-me ao lado do filho de Perséfone. - Obrigada. - cruzei as pernas e sorvi, devagar, um gole de minha bebida. Era... estranho estar ali, ao lado dele, depois de todo aquele tempo. Ele, como monitor do chalé da rainha do mundo inferior, e morador do acampamento há tanto tempo quanto eu, havia acompanhado a guerra que havíamos enfrentado, bem de perto. Eu quase podia ler em seu olhar o amadurecimento que todos tivemos que ter, desde então. Até eu, como seguidora de Éris, defendera boa parte do tempo o meu lar.

Passei a mão pelos meus cabelos, como se para certificar-me de que eles continuavam arrumados, e olhei calmamente para Allun. - Na realidade, a maioria estava morando no acampamento dos anarquistas, no Tártaro. Porém, Quíron chamou-me para cá semana passada... - franzi as sobrancelhas, pensativa. Esse era um assunto que ainda não estava muito claro para mim.

- Enfim, parece que vamos ficar aqui por mais algum tempo. - Dei de ombros, tomando outro gole de mojito. - E você, Allun? Ficou por aqui... esse tempo todo? - inquiri suavemente, trocando olhares com o rapaz sentado a meu lado. Agora que finalmente havia reencontrado-o, queria inteirar-me de tudo o que acontecera com ele. A festa estava apenas começando e, naquele momento, eu estava em paz.

Thanks Tess
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Mensagem por Convidad Dom Jul 14, 2013 6:21 pm




So if you're lonely


you know I'm here waiting for you


A vida nunca fora fácil: se fosse fácil, não se chamaria vida.
Todavia, ao decorrer dos anos, era perceptível que ela pode se tornar complicada, difícil e sobrevivida; este último estágio era quando você deixava de viver para apenas não morrer. Infelizmente, os últimos tempos foram mais ou menos assim.
Mesmo sob os cuidados de Nyx, não foi uma época de tranquilidade.
Névoa Negra..., relembrou-se o filho de Macária e se arrepiou.
Contudo, eram lembranças que não podiam deixar de vir a sua mente conturbada, ainda mais existindo aquela festa, cujo intuito era - obviamente - distrair e relaxar os comandados por Quíron, que agora incluía a legião romana.
Soubera dela pelos murmúrios do castelo. De qualquer forma, iria e, portanto, deveria estar caracterizado como tal: não era uma grande dificuldade escolher entre seu vestuário diversificado; após um banho, optou por um jeans preto e uma camisa de mesma tonalidade (que na verdade era seu manto), cobrindo a cabeça com o capuz dele.
Percorreu os corredores da fortaleza com rapidez, até que achou o pátio aberto, e estalou o pescoço.
Alçou voo.

[...]
Ir de Firenze até Pireus, apesar de possível, seria cansativo e longo.
Já prevendo isso, Logan voou em direção às sombras; seu corpo pareceu se desfazer e refazer por um segundo, e n'outro momento estava no Acampamento, pousando no teto do chalé de Macária.
Ele segurou a cabeça, sentindo-a latejar pelo esforço da deslocação, mas logo se aproveitou das sombras do local para se revigorar. Planou até o solo e encolheu suas asas, perscrutando o ambiente: a movimentação de campistas seguia um fluxo até a tal da vila, provavelmente para o pavilhão onde a festa acontecia. Olhou para seu chalé, prometendo silenciosamente que ainda voltaria ali, e suspirou, tornando-se invisível.

[...]
Se o objetivo era realmente deixar os semideuses dispersados, a missão fora completada com sucesso.
A decoração era bicolor em sua totalidade: mesa preta, toalha branca, pista preta e branca. Entretanto, o filho de Macária não estava animado para dançar ou qualquer coisa assim inicialmente.
Caminhou ao balcão de bebidas e se sentou num dos bancos, próximo a uma garota de madeixas loiras. Invisível, pensou que brincar com ela poderia ser divertido.
─ Buh. ─ murmurou e tornou-se visível, sorrindo levemente.
Levantou o braço e pediu à bargirl um drink com vodca; o copo que recebera continha um líquido azul claro que ele esperava não ser muito forte, porque era bom, o que fê-lo repetir o pedido. Não esperava ficar bêbado de imediato: da última vez, errara Florença em duzentos quilômetros, que foram percorridos a pé.
De qualquer forma, achou melhor estabelecer alguma conversa com a desconhecida.
─ Acho engraçado ─ comentou, sorvendo da bebida e mexeu a mão ao salão. ─, sabe, essa comemoração toda. ─ deu de ombros, explicando: ─ Não é como se tivéssemos muito o que festejar ultimamente.
Seus lábios, então, esboçaram um sorriso nostálgico. Estava com saudades das festas sem motivo do camp.


Convidad
Convidado


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Mensagem por Pandora van Hölle Dom Jul 14, 2013 10:15 pm



Make me wanna die

Um sorriso rápido e sorrateiro desenhou meus lábios quando escutei aquela voz se dirigindo a mim com certa intimidade. Não poderia ser diferente, já que Matthew era provavelmente a pessoa com quem mais mantive contato durante esse tempo fora do acampamento. Fizemos missões juntos, beijamos a face da morte diversas vezes e sobrevivemos. E claro, bebemos as melhores e piores doses de bebida pela Europa. Apesar de o contato ter sido relativamente pouco, foram esses momentos que salvaram a minha sanidade. Evidentemente nunca confessaria isso a ninguém.

Observei o garoto por breves instantes. Não, aquele filho de Hécate já não era um garoto. Um homem com um quê de mistério e olhos que escondiam todo o terror que a guerra trazia. No fundo eu gostava da sensação de nostalgia que tinha sempre que o encontrava, remetia a um tempo em que minhas maiores preocupações eram assustar alguns campistas novatos. O vi beber de minha bebida e pedir mais duas, porém não reclamei, apenas virei meu corpo de lado e encostei meu quadril no balcão depositando ali o meu peso. O comentário dele me fez fazer uma breve e quase imperceptível careta de desanimo. Era impossível não pensar nela quando ele mencionou os membros antigos do acampamento.

-E é por isso que fico feliz de ter encontrado você primeiro – respondi em um tom frio, mas era costumeiro entre os corações de neve, ele não me interpretaria mal – Assim como a ocasião merece boas doses de bebida.

A bargirl veio com novas doses de tequila, peguei a minha e levei o copo aos meus lábios entreabertos para sorver em praticamente um gole aquele líquido ardente. Dessa vez a bebida desceu sem causar tantos estragos à garganta, o que era um ótimo indício de uma noite de bebedeira. Depositei o copo com certa força sobre o balcão, produzindo um som com o impacto.

-Isso me trás lembranças da época em que fazíamos competição para ver quem virava mais copos – comentei quando a lembrança desses dias perpetuou em minha mente, mas isso consequentemente me fez pensar de como havia sido a primeira vez, resmunguei alto e fitei a bargirl com aqueles olhos azuis gelo – Traga a garrafa de absinto! Vamos aumentar o nível da brincadeira – voltei o meu olhar para o filho de Hécate e controlei-me rapidamente, pigarreei e fiz um comentário enquanto a minha bebida vinha – Você acha que encontraremos os outros? Renan, Elena, aquelas gêmeas filhas de Afrodite...

Deixei no ar os nomes que pareciam ser tão antigos quanto nossas lembranças.


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Post #2 Vestindo: Aqui Taggs: Bargirl | Matthew Notas: A bebedeira never ends, my friend kkk
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Mensagem por Connor E. Vance Dom Jul 14, 2013 10:37 pm



Let's start again

Talvez pudesse ter evitado tudo aquilo. Talvez. Mas nada mais podia ser feito. Estava em um lugar desconhecido, envolto de pessoas desconhecidas e agora era com aquilo que viveria. No mínimo, fingir que vive.

O barulho de risadas e baques faziam Connor rolar os olhos e girar sua cabeça, escondendo-a no travesseiro. Poderia gritar, se isso fosse algo de seu caráter, mas simplesmente não era assim que descontava seu desespero. Outro baque foi ouvido, mas esses seguidos de vozes que criavam diálogo. O garoto mostrou o rosto para poder enxergar quem entrava no cômodo. Um casal – não por relação amorosa – falavam, gritavam sobre a festa. A festa, um bom passo para sociabilização.  Connor não é uma pessoa tímida, definitivamente não, mas é sério. A simples palavra ‘festa’ não chama sua atenção, mas se tem algo por trás, algo que lhe dê sentindo, talvez atente mais. E pelo o que ouvira, esta teria um tema.  “Black and White.”, pensou se teria algo para usar. Mas foi um pensamento entorpecido. Connor ficara observando as pessoas ali, arrumando-se e saindo, até enxergar tudo preto.  


Seus pés estavam em cima do birô de madeira e aquela posição fazia suas costas doerem. Com um empurrão, a cadeira, de rodas, se afastou da mesa em uma velocidade que seria resultada de uma grande força. Diferente da qual Connor usou nas pernas. O garoto levantou-se com um salto em tempo suficiente para que não fosse esmagado pela alta parede de ferro atrás de si.

O que estava fazendo ali? E onde era ‘ali’?  

Connor rodou em seus calcanhares, analisando o local. O teto parecia ser infinito e as paredes estavam em posição de perfeitas paredes de um cubo. Em um estalo, associou ao pequeno cubo de metal que sua mãe carregava em seu pescoço. Então aquilo representava sua mãe? Aquele lugar- Barulho de metal fez o garoto agachar-se, assustado. Algo externo acertara a parede de ferro, fazendo-a amassar. Outro barulho, outro, outro. Era ensurdecedor. Connor posicionava as mãos nos ouvidos à medida que se levantava e andava até o meio do cubo. Não tinha ideia do que era aquilo, mas com certeza tinha muita força, afinal, tratava-se de ferro.

“HEY?!”, gritou com esperança que o ouvissem. E pareceu que fora ouvido. O barulho e amassados cessaram e uma porta foi aberta, uma luz impossivelmente forte saindo dela. Connor sabia que algo entrava por ela, mas a incidência impedia de formar a imagem. Ele deixou os braços cair do lado de seu corpo e o cenho franzir. Aquilo era tudo muito confuso.

Mas a luz apagou-se, assim como todo o cubo. Connor afastara as pernas, primeiro, pelo susto, segundo, por instintos. Qualquer coisa, estaria preparado para mexer-se. Porém, nada aconteceu a não ser pelo teto. Ou o garoto não notara ou simplesmente mudara, mas agora se mostrava o céu. Estaria explicado porque parecia infinito. Mesmo com o claro da imagem, o espaço que o garoto estava continuava negro. Silencioso. Então uma imagem de uma enorme coruja se fez no céu. O animal girava a cabeça enquanto olhava para dentro do cubo e, especificamente, para Connor.

“Tsc. Ridículo.”, uma voz falou na cabeça do garoto. E de alguma forma, ele sabia que tinha sido a coruja.




Um puxão de ar fez o loiro abrir os olhos. Tinha adormecido e o chalé doze não tinha praticamente ninguém. Connor não conseguira prender-se com o sonho. Provavelmente porque sua cabeça não tinha ligado a nada.  

- Você vai? Devia. – uma voz aguda o perguntou e o loiro olhou para o rosto do autor. – Para a festa, Connor. – a garota revirou os olhos, debochando. Connor arqueou uma sobrancelha, tinha esquecido. E deixou claro com sua feição.

Então, depois de um assentir de cabeça, o loiro jogou-se do beliche, caindo em pé, indo em direção aos seus pertences e seguindo para o banheiro. Um banho demorado e silencioso. O mesmo seguiu ao se enxugar e vestir as roupas. Era o mesmo jeans preto que usara ao chegar naquele lugar, o rasgo que a calça ganhara no joelho estava maior; uma blusa branca, a qual rolou as mangas, deixando-as mais curta, e seus Converses brancos surrados. Não se importou com o cabelo, decidiu que deixaria ser secado pelo vento.

ooo

E no mesmo instante, receou sua decisão de estar ali. A música era desconhecida, assim como as pessoas. Mas já estava ali. Além do mais, algo chamou sua atenção. Já bebera algumas vezes – sendo essas, escondidos de sua mãe – mas há um tempo que não fazia. Então, por que não?

- Ahm... Um coquetel, porfavor. – pediu ainda incerto sobre a reação do barman. Esperava que perguntasse sua idade ou fizesse alguma piada, mas nada disso aconteceu, o homem não pareceu pensar duas vezes para começar a preparar a bebida. Connor sentou-se em um dos bancos e virou-se de modo que pudesse ter a visão do espaço.

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Mensagem por Natasha Bertrand Dom Jul 14, 2013 10:57 pm

" Everybody's going to the party have a real good time
blast off, it's PARTY TIME
and we don't live in a fascist nation

obs: I'm wearing this.


É, eu definitivamente não tinha uma vida normal. Mas sobre o que eu estou falando? Oras, todos que viviam no mesmo lugar que eu, não tinham uma vida simples comum. Alguns tentavam fingir que sim, mas suas mentiras eram facilmente perceptíveis. Por favor, somos semideuses. Exato, temos uma parte mortal e normal, como qualquer humano, e outra divina, que está sempre nos colocando em confusão. Por que é que eu pressentia que aquele dia não iria ser diferente?

Não, não me julguem tão pessimista, apenas sei reconhecer os sinais que nos cercam. Já haviam se passado quatro anos desde a devastação de metade do mundo como o conhecíamos, o que obrigou a nós, semimortais, juntarmos nossas trouxas e mudarmo-nos para a Grécia. Honestamente? Eu preferia Long Island. A Europa é tão... Nem tenho um adjetivo qualificado o suficiente. Bom, a única sensação positiva que nossa nova casa me passava é que estávamos de volta às origens. E, honestamente, me dava a sensação de que podíamos começar de novo... E fazer as coisas certas dessa vez.

Essa era toda a minha gama de pensamentos enquanto batucava a ponta de um lápis na escrivaninha do chalé de Macária. "Uau, Natasha, por que você está tão agitada hoje? Você é uma filha de Macária, deveria ser calma." É, pode ser. Mas, hoje era meu aniversário. Dezoito anos. E, querendo ou não, eu tinha a tendência para pensar na vida durante meus aniversários. Recostei-me na cadeira, admirando pela janela a paisagem dos chalés próximos. Eu estava preenchida por um sentimento de felicidade, por estar completando mais um ano de vida e em segurança, pelo menos, mas ao mesmo tempo sentia-me triste, pois sentia que não estava aproveitando a vida do jeito que deveria.

O fato é que eu desejava ser uma garota normal. Sem poderes, sem deuses, sem seres místicos. - Mas não é assim que a vida é. Por que não para de reclamar e vai aproveitar o dia, o seu dia? - resmunguei para mim mesma, enquanto largava o lápis e levantava-me. Ouvira rumores sobre uma festa na vila do acampamento, e estava fortemente decida a comparecer. É, eu não era muito fã de festas, mas hoje eu merecia, não?

Por já ter passado o dia todo enfurnada dentro do chalé, pus-me a tomar banho e arrumar-me para o tal evento. Ainda bem que o tema era simples, e eu tinha as roupas... Senão, eu decididamente ia continuar ali e comemorar meu aniversário debaixo das cobertas, lendo um livro qualquer. Depois de fuçar meu guarda-roupa, e até mesmo o de uma ou duas meio-irmãs que não estavam ali no momento, decidi que não estava com paciência para vestir-me formalmente. Não demorei mais do que meia hora para estar pronta, e logo estava a caminho da avenida principal, de onde eu iria para a boate, ignorando qualquer olhar torto que eu recebia de algum semideus, talvez impressionado com a beleza de uma certa garota baixinha.

Quando entrei na boate, fiquei satisfeita com o que vi. O fato era que preto e branco eram minhas cores preferidas; parecia que tudo aquilo era uma boa festa de aniversário. Mais animada, entrei na festa a passos decididos, observando a pista de dança, os sofás, o bar e... SIM, O BAR. A melhor maneira de se começar uma festa é, é claro, bebendo. E já fazia tanto tempo que eu não colocava uma gota d'álcool na minha boca...

- Um uísque, por favor. - pisquei para o bartender sarado e sorri, batucando com os indicadores na mesa. Agora sim, eu estava realmente com vontade de me divertir. Enquanto o DJ colocava para tocar Rain Over Me na pista de dança, o lindo rapaz que servia as bebidas (só podia ser filho de Apolo) entrega meu uísque em um copo baixo. Sorri para ele e mantive o sorriso ao contemplar o copo com  a bebida. - Feliz aniversário, Natasha. - murmurei para mim mesma enquanto trazia, devagar, o copo para minha boca sedenta.
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Mensagem por Sasha Nikolaev Dom Jul 14, 2013 11:33 pm


B&W
Black and White Party




Meus braços esticaram-se preguiçosamente para o alto, finalmente havia chegado ao acampamento! Desde que havia assumido a liderança da Irmandade da Noite, minha vida havia se resumido aos locais da Itália e muita confusão. Porém ao descobrir que o acampamento estava dando o seu primeiro grande evento de lazer, não hesitei em escapar um pouco de minhas obrigações e iniciar minha jornada de volta. Nos últimos anos tudo havia mudado em minha vida, o que causava um estresse inenarrável em quase todas as decisões que tive de tomar desde que havíamos mudado para a Europa. Sabia de minhas obrigações e de meus medos desde que a guerra bateu violentamente em nossas vidas... Porém, ainda assim, precisava daqueles momentos de apenas diversão para simplesmente não enlouquecer.

Com as desculpas munidas em minha mente para que não houvesse culpa, tinha chegado ao acampamento deslumbrada em ver como as coisas tinham evoluído rapidamente. Anos atrás existiam vários projetos, sonhos e esperanças. Mas o que eu estava vendo ali eram fortes construções e um novo lugar seguro para os bastardos olimpianos. Sorri com o meu pensamento e fui direto para o meu chalé, mal podia esperar para sentir aquele calor aconchegante que sempre dominava aquele lugar dos filhos de Héstia. Assim que me aproximei abri bruscamente a porta e me exaltei quando falei:

-Seus pirralhos! Espero que tenham sentido saudades!

Alguns novos filhos de Héstia se assustaram, mas três irmãos meus vieram me cumprimentar animados e fazendo várias perguntas sobre a Itália e a Irmandade. Obviamente que eu respondia empolgada. Não fazia meu tipo ser quieta ou calma, pelo contrário, era explosiva, impulsiva e extrovertida. Assim me joguei em minha antiga cama, deixei a minha mochila no chão e já começava a me inteirar de algumas novidades. Ao menos não estaria sozinha em um castelo um tanto quanto vazio. Ali meu coração se aquecia de uma forma que eu nunca poderia explicar.

{...}

-Vamos logo Sasha! Depois desses anos você ainda continua lerda para se arrumar! – Amanda, uma meia-irmã minha, estava quase gritando da porta do chalé.

-Que culpa eu tenho se eles complicaram minha vida? Eu só tenho esse maldito vestido preto e branco e nem pensar que eu vou vestir minhas roupas pretas, não estou no castelo e nem em missão! – me defendi prontamente, fazendo uma careta de pura derrota.

Amanda revirou os olhos cruzando os braços de forma impaciente, sentei rapidamente na cama em uma tentativa quase falha de adiantar o processo. Estava quase tudo pronto, o problema havia sido apenas escolher um traje que combinasse com o tema da festa. Terminei de calçar minhas sandálias pretas de salto e quase pulei para frente do espelho. Deixei meu cabelo solto, naquele dia ele tinha resolvido ficar um pouco cheio e ondulado, porém de uma forma que combinou com o meu look da festa. Sim, meu cabelo às vezes tem vida própria e decide como vai estar durante o resto do dia ou pela semana.

-Para que você está levando a bolsa? – Amanda perguntou confusa ao me ver pegar uma bolsa também de cor preta.

-Vai que tem alguns docinhos que eu goste? – respondi com um sorriso travesso e sapeca nos lábios.

Minha irmã ergueu os braços como se dissesse “eu mereço isso deuses?”, mas logo estava finalmente pronta e seguindo aquela garota impaciente. O caminho até a Vila Olimpiana foi feito em um pequeno grupo de semideuses que ria de qualquer besteira e conversava sobre trivialidades. Era exatamente isso que eu precisava! Não me preocupar em cuidar de um castelo, irmãos da irmandade ou com missões que ficavam cada vez mais perigosas.

Assim que chegamos o som alto da música me fez sorrir sem perceber. Foi fácil sentir a energia que emenava daqueles corpos cheios de expectativas para aquela noite. Como uma verdadeira filha da Deusa dos Laços, eu podia sentir aquela vibração positiva que vinha de dentro da boate. Ao entrar deparei-me com uma decoração que seguia a risca o nome da festa, apesar de achar repetitivo, havia adorado o que tinham feito com o local. Segurei na mão de Amanda e outro amigo dela e simplesmente anunciei:

-Vamos dançar! AGORA!

Não pedi permissão, os segurei e puxei para a pista de dança antes que eles se recusassem a ir. Ri das caretas que eles faziam incomodados por serem bruscamente tragos ao ponto onde todas as atenções pareciam convergir. Eu, sem nenhum pingo de vergonha nessa minha linda face, comecei a dançar sem me importar com Deuses ou o mundo. O ritmo era sempre agitado, dominava meu corpo, minha mente e equalizava com as batidas de meu coração.

-Onde é que desliga isso? – Amanda perguntou em tom zombeteiro enquanto me fitava – Vai lá buscar algo para a gente beber.

-Ah mas eu quero dançar – fiz o meu melhor beicinho.

-Isso não funciona comigo, vai! – Amanda foi irredutível.

Como eu os havia arrastado para a pista, nada mais justo fazer algo por eles. Dei de ombros e fui caminhando em direção ao bar que estava ligeiramente cheio de semideuses sedentos por bebida alcoólica. Estreitei meus olhos buscando um espaço melhor para fazer as bebidas enquanto me aproximava. Ao mesmo tempo meu corpo ainda teimava em fazer pequenos passos de danças, movimentos simples, um simples passo... E eu me distrair ao mesmo tempo em que meu corpo estava em movimento. Uma combinação, diga-se de passagem, desastrosa! O resultado foi quase como uma equação física que ditava as leis da natureza, quando me aproximei o suficiente, tropecei em meus próprios pés quando tentei fazer um movimento mais complicado. Meu corpo tencionou sem controle para frente me fazendo esbarrar em uma garota inocente em meus desastres. Tive de me segurar com força no balcão e na desconhecida para não cair feio no chão, meu coração parecia bater na garganta tamanho era o meu susto e vergonha.

-Perdão, perdão! – estava pedindo quase em desespero quando finalmente me equilibrei – Eu sou uma desastrada! Você está bem? OH MEUS DEUSES! Acabei molhando você com... Isso é whisky? Parece bom... Digo, desculpa! Eu não queria, apenas tropecei enquanto dançava e... Eu estou falando rápido demais não estou? Desculpe, eu fico assim nervosa e... Nossa, já pedi quantas desculpas?

Estava com a respiração irregular, meus olhos claros arregalados pelo desastre que eu havia acometido. Eu mal enxergava a garota por causa dos efeitos de luzes que naquele momento escureceram um pouco. Apenas olhava para a roupa molhada dela com uma enorme culpa estampada. Era difícil acreditar que uma pessoa como eu era líder de uma organização tão centrada quanto a Irmandade, mas convenhamos, ali eu estava sendo apenas eu mesma, sem obrigações. E o resultado era isso!




Post # 1 ~ Taggs: Amanda (NPC) | Natasha ~ Words: 1108 ~ Usando: Aqui ~ Notas: Adoro o jeito espontâneo e desastrado da Sasha sz


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Mensagem por Matthew M. Hillerbrand Seg Jul 15, 2013 12:22 am


Back to home
LET'S DRINK, BABY

Notei certo desconforto em Pandora quando mencionei os antigos campistas. Sim, ela era ótima em mascarar emoções e sempre parecer a pessoa mais indiferente do mundo, mas eu a conhecia bem. ─ Concordo. ─ Falei quando a ouvi mencionar sobre a bebida. Virei para o balcão e apoiei meus cotovelos neste, enquanto observava a mulher trazer a bebida. ─ Aos velhos tempos. ─ Falei antes de pegar o copo e vira-lo de uma vez, sentindo uma leve ardência em minha garganta, mas eu já estava mais do que acostumado a isso. Estar ali com Pandora me lembrava de todos os bares que nós visitávamos assim que acabávamos a missão. Sim, sempre havia uma pequena comemoração, apenas para relembrar os velhos tempos.

Sim. Até hoje me sinto um pouco frustrado por nunca ter conseguido ganhar de Elena. ─ Falei com a voz um tanto distante, mergulhando mais uma vez em antigas lembranças; Elena, Pandora, Katherine e eu, em uma festa de Halloween fazendo uma competição de bebidas, escondidos de Quíron é claro. Também me recordava que no dia seguinte eu não conseguia nem me levantar da cama direito por conta da ressaca.

Ao ouvir Pandora falar a palavra absinto, despertei de meus devaneios imediatamente, notando que novamente aquele maldito sorriso bobo havia se formado em meu rosto, mas o desfiz o mais rápido que podia. Ignorando isto, voltei minha atenção à filha de Hades. ─ Acho que muitos não irão voltar. Mas provavelmente será melhor assim. ─ Suspirei enquanto pegava meu copo que a bargirl trazia. Tomei um gole da bebida enquanto me lembrava que este delicioso e viciante liquido verde já me fez ter a pior ressaca de minha vida.

Parece que nós teremos que animar esse acampamento sozinhos. ─ Não pude conter um sorriso quando imaginei Pandora tentando animar alguém. Era mais provável ela matar todo o camp sozinha. Levei o copo aos lábios mais uma vez, apenas para disfarçar o meu sorriso repentino e me virei para a entrada da festa, tentando ver se alguém interessante havia chegado.


Post lixo, prometo tentar compensar com o próximo d= Vila Olimpiana de noite Com Pandora =3

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Black & White Party Empty Re: Black & White Party

Mensagem por Kimberly Branford Seg Jul 15, 2013 1:05 am


Black & White Party...
O acampamento havia passado por momentos realmente dolorosos nos últimos tempos, e eu sabia disso pois havia acompanhado parte da destruição do antigo acampamento, mas por ser um pouco humilhante para mim descrever minha participação neste evento, digamos apenas que fui uma das sobreviventes que conseguiram se mudar para a Grécia com "segurança", embora esta palavra não tenha qualquer significado aqui, pois é bem mais perigoso que o Estados Unidos em questão de monstros. Mas ficaríamos bem, certo? Sinceramente, não faço ideia.

...

Havia escurecido, e após o jantar voltei ao chalé de Hermes, já que por ser ainda indefinida tinha de ficar lá até que o meu progenitor divino me reclamasse... Por um momento prestei atenção ao assunto da conversa dos outros semideuses naquele chalé, e ao que diziam teria uma festa no dia seguinte, ao qual o tema seria "Black and White" onde todos deveriam vestir preto ou branco. "Hum, interessante... Mas deixa isso pra me preocupar só amanhã." pensei, terminando de ajeitar-me para ir dormir depois de um dia cansativo onde eu não havia feito muita coisa, mas que do mesmo jeito me sentia cansada.

Já perto da festa começar, eu terminava de me arrumar em frente a um espelho, poderia-se dizer que eu era uma pessoa que me preocupava com minha aparência, e pensando nisso, imaginei-me como uma filha de Afrodite ou Vênus, mas logo balancei a cabeça negativamente - Isso não deve ser possível. - pensei alto sem querer, olhei ao meu redor certificando-me de que ninguém havia escutado e eu estava certa. Havia passado quase o dia inteiro pensando no que vestiria, assim como a maioria... Quase pronta, terminei de calçar os saltos, e finalizei colocando o casaco. Já deveria de ser oito horas, a festa havia começado, mas não era coisa que me preocupava. Sem pressa, saí do chalé em direção à Vila Olimpiana, na avenida principal, onde se localizava a tal boate.

Não demorou muito, e lá estava eu em frente à Boate Fallen, logo adentrei ao recinto deparando-me com a decoração inteiramente preta e branca, não entendia o por quê daquilo ter me surpreendido mesmo que pouco, afinal, o tema da festa já dizia tudo, um pouco desapontada com a minha lerdeza rumei até o bar onde bebidas alcoólicas eram liberadas naquele dia, não sabia se aquilo me alegrava já que eram raras as vezes em que bebia, além de não ter muito conhecimento sobre bebidas. Quando cheguei ao bar, fiquei parada analisando o que pediria, enquanto ao meu lado outra garota pedira uísque e desejava a si mesma feliz aniversário, nada comentei, tinha medo de que ela tivesse alguma reação negativa sobre algum comentário que eu fizesse ou o simples fato de que eu também lhe desejasse "feliz aniversário".

Me distanciei um pouco e voltei-me aos atendentes, - Coquetel de frutas, por favor. - quem acabara me atendendo fora a garota da blusa muito decotada, ela logo disponibilizou-se a preparar meu pedido. Depois de fazer o pedido pensei no quão eu era idiota para pedir uma bebida que nunca tinha tomado, mas o havia pedido pelo fato de ser o nome da primeira bebida alcoólica que me viera à mente, e também para experimentar. Não demorou muito para que estivesse pronto, a agradeci e peguei a taça observando o líquido cor-de-rosa que tinha uma aparência agradável. Aproximei a taça dos lábios e antes de beber - Feliz aniversário pra ela. - sussurrei para mim mesma e focando-me na bebida através do canudo tomei-a, não sabia ao certo como descrever o gosto por isso apenas assenti com a cabeça, aprovando o coquetel de frutas e sorridente.

Ainda com a minha bebida não terminada, fui até um dos sofás vazios e sentei-me, enquanto observava os semideuses dançarem animados e continuava a apreciar o coquetel.     
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Mensagem por Marie D'Labelle Seg Jul 15, 2013 1:49 am


That girl is so dangerous ☠
Everybody knows her name, she's a perfect girl - - - -

Não sabia mais o que era ter uma vida perto de vários outros semideuses fazia algum tempo, havia me libertado de tudo aquilo com a morte de Alyss. Algo, que em uma situação normal, não deveria ter doído tanto, pelo simples fato de não ter passado do sexto mês de gestação, algo que me incomodava e me perseguia por qualquer lugar do mundo que ousasse fugir.

Ao ir embora, tinha ciência que estava deixando para trás toda a vida que tinha escolhido um dia, o conselho de Ares, a vida como semideusa, o paraíso que vivia e todos os treinos em segurança. Tinha deixado amigos, família e até mesmo o meu porto seguro, não que àquelas alturas, isso fizesse alguma diferença, pois não fazia. De forma alguma iria fazer, tinha tido tempo suficiente para me recuperar de tudo que tivera um dia me feito mal e até mesmo bem. Mordisquei o lábio inferior de leve, enquanto arrumava os óculos sobre os olhos e adentrava o avião, já em cima da hora. Não tinha sido fácil optar por voltar, ainda que tivera tido certa chantagem da parte de Quíron. “Pense bem, Marie. Irá ter uma festa no acampamento durante a noite, fica à sua escolha, se irá voltar ou não.” Mas é claro que iria, ele tinha falado de uma festa e quando Marie D’Labelle perdia uma festa? Podia responder: Nunca.


***


A viagem até a Grécia fora tranquila e extremamente rápida, perto do que estava acostumada normalmente. O vôo não havia tido escala e faltavam apenas duas horas até o clamado evento noturno, que me deixava com um frio anormal na barriga. Não era normal, nada daquilo era. O frio era sinônimo de medo e não estava acostumada em senti-lo, ainda que: Papai não gostaria que sua princesinha tivesse tal sentimento tão desprezível. Permiti que um breve suspiro escapasse pelos meus lábios, no mesmo momento em que o avião fez pouso em um baque surdo. Ali, teria que decidir se iria ao acampamento, enfrentar todos os meus medos e a maldita nostalgia que me invadia a cada passo que dava mais perto do meu passado, ou se iria embora, largaria mão de tudo e decepcionaria Quíron com a minha covardia. Tinha a opção de embarcar no próximo avião para a china e sumir da vida de todos eles, que agora, estavam mais pertos que o normal; porém, como sempre não o faria. Nunca tomava a opção mais fácil como uma lição de sobrevivência para evitar qualquer transtorno futuro. Subi os óculos para sobre os cabelos e peguei as malas que estavam ao meu alcance, levantando-me e saindo em seguida do avião. Parte das bagagens já estavam sendo levadas para o enorme carro negro que me esperava em frente ao aeroporto, com destino às balsas da nova ilha do acampamento.

Thompson, o sátiro que havia sido mandado para buscar-me era simpático e tentava de todas as formas fazer com que eu me animasse um pouco, ou quem sabe, tentava tirar aquela expressão um tanto antipática de minha face? Mas não tinha sucesso, como uma última alternativa, subi o vidro que nos separava e encostei-me melhor no banco, mordiscando o lábio inferior de leve, enquanto desviava o olhar brevemente pela janela, a fora. Independente de ser mortalmente proibida de sentir medo, o sentia. Principalmente quando se tratava da vida que me esperava a partir do momento em que colocasse novamente os pés dentro das fronteiras mágicas daquele lugar. Não queria ter que encontrar com meu passado a cada passo que fosse obrigada a dar, ou surtar sempre que optasse por treinar com alguém e tivesse a vaga lembrança - que de vaga, não tinha nada. - me assombrando novamente. Lutas, treinos me assombravam, e era por isso que optara por ter tido uma vida normal, sem missões, sem família, apenas minha casa, meus animais e também, meu orgulho inflado, que me alimentava e mantinha viva.


***


Devido ao pouco transido grego de pessoas que insistiam em invadir as ruas sem um pingo de pudor, - que diferente dos estados unidos ou até mesmo da França, não existia educação nem limite de calçadas. - não levamos mais de uma hora para chegar ao novo acampamento. O local parecia ser completamente estranho aos meus olhos, aquela entrada, aquela pequena cidade. Não era como o outro, não tinha nada como o outro e não sabia dizer se aquilo seria realmente ruim, ou bom. No mínimo, um pouco bom, já que não me traria tantas lembranças do passado, ao menos, era o que realmente queria acreditar.

Rapidamente consegui me localizar no acampamento e logo fora levada por um dos sátiros ao chalé de Ares, estava exatamente como me lembrava, era como se tivesse sido levado para a ilha, da mesma maneira que estava no antigo acampamento. Por uma breve fração de segundos, me permiti a sorrir, antes de subir as escadas sem nem ao menos olhar para trás, ou dar muita liberdade aos novatos ali dentro. Como era de se esperar, houvera piadinha, um dos machões sem nem ao menos saber quem eu era disse em alto e bom som “Entrou no chalé errado, princesinha.” De fato, realmente era uma princesinha, mas nunca tivera dado liberdade para ser chamada assim por tal. Nymeria que não tinha noção de onde saíra, adentrara o chalé em minha frente, rosnando e tomando a dianteira, já localizando a única cama no centro do quarto, próxima à janela e que tinha a parede pintada em uma tonalidade rosa bebê. Pulou sobre ela deixando em evidência sua superioridade, e assim como eu, soberba que exalava a cada olhar de lado que ela lançava para aqueles que ali estavam presentes. Não que fizesse alguma diferença na minha vida, porém permiti que um fraco riso fugisse dos meus lábios enquanto sorria com desprezo ao palhaço da vez. Se pensava que iria me testar, ou me afetar, estava enganado, ainda que: Todos sabiam quem era Marie D’Labelle, e também sabiam que embora também fossem filhos de Ares, eu era a sua princesinha e sempre seria.

Na parede de cabeceira da cama, ainda se encontrava a placa que Matthew havia me feito há muitos verões atrás, algo que fazia com que minha ansiedade para ir à tão falada festa transbordasse. Fora possível ouvir de um dos irmãozinhos que o tema seria Black and White, um tema tão sem graça e... morto. Pois bem, iria fazer uma entrada que todos daquele acampamento jamais iriam esquecer, e isso não seria nem o começo ainda. Tudo ficaria mais divertido assim que Demetria chegasse, algo que rezava para já ter acontecido, de fato. (...)

Enquanto aqueles ali presentes no chalé se arrumavam, rolava em minha cama, agarrada em Nymeria que apenas se aconchegava melhor próxima ao meu pequeno corpo tomando quase todo espaço que ainda me era livre. Esperava com um pouco de ansiedade para que todos saíssem do chalé, para que começasse meu planejamento da roupa que iria à festa, era claro. Mordisquei o lábio inferior de leve no momento em que o último semideus saiu para a festa, perguntando em um tom baixo:  ‘Você não vai?’ Dei de ombros suavemente, e maneei a cabeça positivamente.Vou, nos vemos lá murmurei e me levantei da cama, já pegando algumas coisas na mala. Usaria qualquer cor na festa, menos as que foram impostas e queria ver um único ser ali dentro, falar um ‘’A’’ a respeito disso.

Por fim, depois de uma longa escolha de vestidos de todas as cores, acabara por escolher um que ficaria muito bom em meu corpo, como também, se incumbiria de chamar muita atenção, o que era a minha intenção desde o principio. Depois de pronta e maquiada, deixei os cabelos soltos na altura da cintura, caindo em cachos perfeitamente feitos. Uma única presilha em tonalidade vermelha fora presa no topo da cabeça, deixando-me com um ar ainda mais delicado e feminino.


***


Ao me aproximar da boate, atrai muitos olhares e fora escoltada pela enorme loba que fazia questão de me seguir onde quer que eu fosse. Não que eu me importasse, mas isso deixava claro, como eu era diferente de todos aqueles outros ali presentes. Era algo que tinha criado, o egocentrismo em tom extremo que fazia com que para mim, todos os semideuses ali eram dignos de pena, não me importava com nada, com eles, ou com qualquer coisa. Só estava ali pela bebida, por Matthew e Demetria. Dei de ombros suavemente e Nymeria deitou-se ao canto da porta, apenas deixando claro que dalí ela não sairia, sorri com o canto dos lábios e adentrei a boate, tendo um dos flashes de luz completamente em minha face, o que me deixou um pouco desnorteada a principio. Pisquei algumas vezes e me permiti olhar panoramicamente para o local, apenas procurando alguns conhecidos. De fato, não tinha encontrado muitos e como havia previsto, todos os olhares estavam sobre o lindo vestido vermelho que usava. -– Well, the bitch is back. – Murmurei, enquanto deixava que um sorriso áspero e venenoso tomasse meus lábios. Não tinha um ali que não soubesse o meu nome, Marie, a filha preferida de Ares, aquela que ele atendia todos os caprichos e vontades desde muito nova. Quíron já tinha certeza desde o inicio que minha volta não seria para menos, ainda que na mensagem disse algo como ‘Tente se comportar.’ A tonalidade da roupa era o menor de seus problemas naquele momento, ainda que, coisas muito piores estariam por vir.


MARIE WEARS • Click Here // MUSIC • Dangerous - Akon ft Kardinal OffishallClick // HUMOR • Indiferente // NOTES • Tenho que aprender a postar de novo, apenas. Só não ficou mais lixo, pq não sei se é possível, tchau. // TAGGED • Alguns ♥ // WORDS • 1.596
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Mensagem por Pandora van Hölle Seg Jul 15, 2013 11:52 am



Make me wanna die


Peguei o copo de absinto e dessa vez apenas beberiquei um pouco do liquido esverdeado. Não era a toa que essa bebida era famosa por sua enxaqueca no dia seguinte. Tornei meu corpo para frente do balcão apoiando-me apenas com um braço. Minha mente por alguns segundos divagou por memórias há tanto tempo esquecidas, outras fortemente reprimidas. Escutei Matthew falando sobre não achar que todos retornariam e isso quase me fez suspirar.

-Não sei se espero que isso também aconteça ou não. Só estou com um mau pressentimento e nós dois sabemos que quando um filho de Hades está com maus pressentimentos é sinal de catástrofe – falei em um tom mais baixo que os outros, não havia como negar que estava pensando em uma pessoa em especifico, se ela veria ou não.

Deuses, desde que havia chegado ao acampamento não conseguia evitar os pensamentos direcionados a ela. Sempre foram amargas as minhas tentativas em lutar contra memórias desse tipo e por um período eu havia conseguido. O método? Encarar a morte e o perigo, fazer coisas um pouco insanas para não ter de pensar. Apenas sentir o momento e a adrenalina alimentando o meu ser. Meu pequeno momento de distração foi quebrado com um comentário infeliz do meu amigo, virei meu rosto para encará-lo com uma sobrancelha erguida. Ambos sabíamos que a minha versão de animar as coisas seria trazer seres do submundo para o local e mudar o tema do evento para: Festa dos Monstros. Se alguém morresse no processo a culpa não seria minha. Porém antes que eu fizesse qualquer comentário, ele olhou-me mais sério, cutucou meu braço com seu cotovelo e fez um movimento de cabeça apontando para a porta.

Levando isso como uma coisa qualquer, virei meu rosto para olhar por sobre meu ombro. Era impossível não notar o que ele queria me mostrar. Meu frio coração disparou contra meu peito, quebrando todas as teias que havia surgido ao redor daquele órgão. Marie D’Labelle estava parada na entrada da boate, trajando um elegante vestido vermelho. Eu poderia até sorri disso, era evidentemente do perfil daquela filha de Ares ir contra as regras, fazer as coisas do jeito que queria. A princesinha da guerra. A minha ex. Engoli em seco e tentei desviar o olhar, mas não conseguia. Apesar de minha expressão ter ficado séria e indiferente, meus olhos moviam-se atentamente tentando capturar cada novo detalhe daquela garota. Era inconsciente, era inevitável, como uma força maior do que eu poderia controlar. Minha visão no escuro era perfeita, eu conseguia enxerga-la melhor do que qualquer um presente no recinto. E o que eu via era diferente da menina de 16 anos que tinha conhecido na floresta. Marie estava... Mais mulher, com curvas e cabelos maiores chegando a cintura. Estava tão linda que seria facilmente confundida por uma filha de Afrodite.

Pisquei várias vezes tentando manter o controle de meus pensamentos e só então percebi que havia parado de respirar nos segundos em que passei a admirando. Virei meu corpo para o balcão novamente, lutando para demonstrar uma posição de quem não estava se importando com a presença dela. Porém assim que peguei o copo com a bebida, ele foi congelando a medida que eu o levava para a boca, quando o tornei nenhum líquido desceu. Estava tudo petrificado em minha mão. Resmunguei baixo e bati o copo contra o balcão enfurecida comigo mesmo. Minha mente estava entrando em um conflito, parte de mim gritava para que eu saísse dali e evitasse a dor, outra parecia necessitar estar dentro de um mesmo ambiente que ela. Meu corpo estava tenso e imóvel, meus olhos perdidos em um ponto qualquer.

A separação havia sido culpa minha. Por mais que a deusa da primavera tivesse brincado com o nosso destino, a culpa era total e completamente minha. Havia sido idiota e magoado a única pessoa que eu tinha amado com todo meu ser. A lógica dizia que era impossível, como ela poderia estar grávida? Porém Marie estivera tão assustada, tão vulnerável a sua maneira... E eu enfurecida com a dita traição. Balancei minha cabeça de um lado para o outro antes que aquele tão velho e conhecido sentimento rasgasse todo o meu ser mais uma vez. Sem olhar para Matthew segurei em sua blusa e o puxei bruscamente para perto de mim, finalmente tornando o meu olhar mais frio e indiferente.

-Você tem de ir falar com ela e mantê-la longe de mim – falei em um timbre perigoso, meu corpo ainda tenso mal movia os músculos, meus dedos presos ao tecido apertavam com mais força do que eu percebia – Ou então a festa irá ficar animada pelos motivos mais errados. Não faço ideia de como ela vai reagir ao me ver, então você tem de ir lá e ser um bom amigo. Vou me manter distante, ainda preciso de uma bebida para aguentar o resto da noite.

Isso seria uma pseudo-fuga, certo? Matthew era amigo de Marie, nós três estivemos em bons momentos no inicio de tudo. Ele poderia fazer isso por mim e por ela. O soltei com uma breve hesitação, meu maxilar se fechou enquanto minha língua coçava enquanto me preparava para falar algo que há muito tempo não era vocalizado por minha garganta:

-Por favor, Matt, faça isso.

Desviei os olhos dele e levei meu braço para dentro do balcão, pegando a primeira garrafa de bebida que minhas mãos conseguiram capturar. Deixei um suspiro derrotado escapar de meus lábios enquanto começava a me afastar para um canto escuro da festa. As sombras iriam me abraçar e consolar, afinal havia sido assim nos últimos anos.

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Post #3 Vestindo: Aqui Taggs: Marie | Matthew Notas: A confusão começa agora D=
thanks juuub's @ cp!  
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Mensagem por Matthew M. Hillerbrand Seg Jul 15, 2013 3:00 pm


Back to home
LET'S DRINK, BABY

E por alguns breves segundos eu não consegui acreditar no que estava vendo - tanto que utilizei uma pequena magia para poder confirmar -. E lá estava ela, com aquele vestido extremamente vermelho, chamando a atenção de todos por sua vestimenta diferente - não que alguém se pronunciasse, afinal aquele olhar ameaçador da filha de Ares não deixava ninguém pensar nisso -, e foi inevitável conter o sorriso que se formou em meu rosto. Cutuquei Pandora e balancei a cabeça indicando a porta. ─ É, Pand, parece que seus maus pressentimentos se tornaram realidade. ─ Comentei em um tom baixo, enquanto tomava mais um gole da bebida. Só de ter olhado para Marie, as lembranças voltavam a atacar, mas as reprimi. Aquele não era o momento para me distrair, lembrando de como as coisas eram maravilhosas, mesmo que eu não achasse isso na época.

Virei para olhar Pandora, e neste momento pude perceber o quão boa a filha de Hades era, quando se tratava de reprimir suas emoções. Mesmo conhecendo-a bem, e sabendo sobre tudo de seu relacionamento com Marie, o máximo que eu podia notar era um certo desconforto da parte dela, mesmo que soubesse que por dentro ela não estava assim. Notei o copo congelado e baixei os olhos para o balcão, enquanto bebia mais um pouco do absinto.

Assustei-me com o movimento repentino de Pandora. Olhei em seus olhos, notando aquela típica frieza dos corações. Seu tom de voz era perigoso, fazendo a frase parecer quase uma ameaça. Suspirei e virei o copo, tomando o resto do líquido de uma vez. Não sabia se iria conseguir mantar Marie distraída durante toda a festa, mas ao ouvir a ultima frase da filha de Hades resolvi tentar. Se Pandora estava pedindo por favor, então ela realmente não queria vê-la.

Observei Pandora se afastar e rapidamente peguei a garrafa de absinto que a bargirl estava nos servindo. "É, Matthew, você ficou com o trabalho difícil, como sempre." Pensei enquanto andava até a parede mais próxima do local e me misturava com as sombras, logo em seguida ia em direção à Marie. Sai das sombras, ainda fora do campo de visão da filha de Ares  - ela estava de costas para mim -, e me aproximei dela rapidamente, abraçando-a pela cintura enquanto falava em seu ouvido. ─ Quando tempo, princesinha. ─ Sussurrei, com um leve sorriso no rosto. Sim, eu sabia que corria um enorme risco de levar um lindo soco no meio da cara, mas também tinha uma certa esperança de que ela reconhecesse minha voz, mesmo depois de tanto tempo. E sim, eu também sabia que a qualquer momento alguns esqueletos poderiam sair do chão e agarrar meu pé, para me levarem a uma longa viagem no submundo, mas estava disposto a correr os riscos.


Mah, não me bata d= Vila Olimpiana de noite Marie e Pand

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Mensagem por Allun D. Ornios Seg Jul 15, 2013 6:06 pm

Escutei em silencio as poucas palavras ditas por Jessie. Então, Quíron a tinha chamado para o acampamento. Sabia que, dos seguidores de Éris, ela não era a única a ter voltado para o acampamento. Sempre que caminhava pela área dos chalés podia ouvir conversas vindas do Chalé de Poseidon, entre os dois gêmeos que viviam lá. Zachary e... Theon? Acho que era esse o nome do outro garoto. Mas não eram conversas animadas. Na verdade, Theon tratava Zachary do mesmo jeito que Catherine vinha me tratando. Estranho, não é? Tanta semelhança entre a maneira que os Anarquistas tratavam algumas pessoas. Lancei um rápido olhar para Jessie, pensando se era tratava alguém daquele jeito... Pensando bem, sim... Tinha uma garota que ela tinha começado a evitar bastante. Não me lembrava do nome dela. Tinha muito tempo que eu não a via, na verdade. Provavelmente tinha morrido. Não importava. Não era da minha conta. Eles tinham seus motivos.

- Sim. Durante todos esses quatro anos, me mantive no acampamento. – Respondi após perceber que já tinha prolongado aquele silêncio por muito tempo. Muitas vezes perdia a noção do tempo enquanto pensava. - Não sai em missão nenhuma vez. Não era permitido. Primeiro tivemos que reconstruir o acampamento, depois botar os chalés e campistas no seu devido lugar. Sabe como é. Agora tem alguns romanos aqui, e nós nunca nos demos bem. Então, vez ou outra, acontece uma briga. – Suspirei, um tanto irritado pela situação. - Essas brigas são besteira. Felizmente, Quíron teve a ideia de dar essa festa. Então nos últimos três dias o acampamento está em paz, afinal ninguém falava em mais nada a não ser essa festa. –

Dei uma olhada em volta, observando os campistas que chegavam, a maioria vestindo roupas preto e branco. Na verdade, todo mundo vestia roupa preto e branco. Exceto uma garota que vestia vermelho, e depois eu reconheci como Marie. Mas alguém reclamava? Não. Nenhuma alma que pensasse ali iria reclamar de algo que Marie fazia, só se quisesse morrer, e a cota de mortes já tinha sido batido. Além disso, Marie vinha escoltada por uma loba. ”Ninguém aqui quer morrer, acho...”

- Mas deixando disso, me responda uma coisa... O que vocês, anarquistas, faziam no Tártaro? Sabe, lá não me parece um lugar muito divertido. – Pela primeira vez, olhei-a diretamente nos olhos. Minha voz estava baixa e calma, mas era fácil notar a curiosidade nela.
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Mensagem por Lucian G. Voughan Seg Jul 15, 2013 6:24 pm




the party bitch,
That's all they really want.

Abri os olhos e soube da tal comemoração no acampamento, depois de toda aquela batalha não me importava em ir um pouco às festas. Não falava com quase ninguém do novo acampamento, nunca fui de falar muito. Sempre preferir ficar na minha antes que alguém pensasse em me encher as paciências. Não suportava ficar mais preso dentro daquele quarto, poucos dos meus irmãos sobreviveram, no caso meios-irmãos. Só se importava comigo e com os outros seguidores de Éris, deusa na qual devo minha vida. Coloquei uma camiseta simples da cor branca, calça jeans negra e sapatos comuns da mesma cor que a camisa que continha uma enorme gola em “V”. Estou pronto. Sussurrei para mim mesmo, andei até o evento. Não deixei de notar a nova perspectiva no acampamento finalmente voltamos par aonde nunca deveríamos ter saído, onde deveríamos ter criado nossas raízes. Vi alguns garotos olhando para mim umedeci os lábios e continuei encará-los. Logo enjoei e desviei o olhar não tinha paciência para esse tipo de coisa. Não queria encontrar ninguém que era muito próximo de mim antes, pois teria que explicar a minha repulsa por essas pessoas e geralmente elas eram tão choronas que eu não tinha um pingo de vontade de ficar no mesmo espaço que elas. Senti um toque em meus ombros era um garoto filho de Demeter, achei que ele tinha morrido, decepção, mas lembro que teus beijos sempre provocavam sensações boas em mim. Segurei tua nuca e pressionei contra um pilar e o beijei, apertei com agressividade teu corpo contra o monumento. Sentia sua língua lutar contra a minha, com a outra mão aperta com força sua cintura e sentia seus gemidos ecoarem pelo lugar, mas o incrível que seus toques, seu gosto não era nada para mim, cadê tudo aquilo que me deixava enlouquecido? Antes até que era legal, mas agora... O soltei se afastando indo para onde a maioria estava dançando, acho que a noite seria interessante, eu queria sentir. Não sei se era pedir demais. Parecia que uma sensação anestésica pairou sobre minha carne e nada a fazia ficar satisfeita e por dentro um vazio tomava conta de mim, mas esses eram os preços pela minha força. Não ligava para o que acontecia, apenas que tudo tinha um objetivo. Queria poder e não importava como. Fiquei observando aqueles semideuses alegres e nem um sorriso falso eu conseguia abrir para agradá-los, deveria ter ficado no quarto no chalé. Quanto tempo será que eu tenho que ficar aqui? Olhei para os céus, pois sentia uma calma. Mas já fechava os olhos por ter uma imensa raiva do meu pai, não era favorito daquele deus, tudo que eu escolhi de errado e se hoje sou o que me tornei, apenas por culpa exclusiva dele. Passei a mão nos cabelos e fiquei sorrindo completamente sem expressão. Não entendia o motivo, mas assim talvez os curiosos não ficassem me encarando e não corriam o risco de morrer.

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Mensagem por Mellanie D. Sanders Seg Jul 15, 2013 9:55 pm


AND I SAID, HEY!
get your filthy fingers out of my pie
or i'll cut your little heart out 'cause you made me cry
O sol poente no horizonte do acampamento começou a mergulhar para o espaço atrás das colinas, colorindo o céu num tom chamativo de laranja. Eu estava sentada sem fazer nada na frente do sombrio chalé de de Hécate, com as pernas cruzadas como um índio; naquele momento, vestia um jeans esfarrapado e uma camisa sem mangas com as cores padrão do Acampamento Meio-sangue, deixando o corvo tatuado em meu braço a mostra. Eu havia chegado há pouco tempo, junto de alguns campistas que encontrei na peregrinação feita de Berlim até ali. Meu cajado de madeira que ganhara  assim que o símbolo de minha reclamação flutuara sobre minha cabeça repousava na grama ao meu lado e, alguns metros adiante, meu cão infernal de estimação ressonava tranquilo. Fiquei observando o movimento de sátiros, ninfas e campistas pela trilha dos chalés, ainda indecisa se ia ou não participar da festa que aconteceria dali a algumas horas. Eu não era muito chegada a grandes comoções públicas como a que iria ocorrer na vila de semideuses edificada nos arredores, mas minha cabeça andava muito perturbada e eu precisava espairecer; eu poderia fazer qualquer coisa para relaxar, disso estava ciente, contudo, nos quatro anos que passara morando na rua, aprendi que não havia nada melhor para aquilo que a companhia humana. Éramos todos tão insignificantemente imperfeitos que o simples fato de passar meia-hora conversando com alguém chegava a ser mais relaxante que passar um dia todo com as caras enfiadas em grimórios de magia, como eu fizera desde que chegara ali; não me entendam como uma nerd, mas sempre fui aficcionada por tudo aquilo que remetia ao divino, e a simples possibilidade de aprender a controlar minhas habilidades herdadas de minha mãe enchia-me de um ânimo impossível de ser contido. Por fim, decidi que deveria sim ir à festa, seria algo bom a se fazer.

Quando os minutos anteriores ao início da festa se aproximaram, segui com uma confluência de semideuses na direção da Avenida Principal da vila. No caminho para lá, olhei em volta e deparei-me com um sátiro que estava sentado ao pé de um ábeto, com as costas de encontro ao seu tronco e uma flauta de bambu nos lábios. A melodia que ele soltava era calma e reconfortante, e o simples fato de observá-lo ali, sozinho e relaxado, causou-me um aperto no coração indescritível. Aquele sátiro me lembrava muito o sátiro que eu conhecera anos atrás, Kael; ele era calmo e prestativo, sempre procurando o melhor para mim. Infelizmente, eu o perdera numa batalha contra um lestrigão, e um vazio irreparável tomara conta de meu coração. Naquela época eu era ainda inocente, não sabia quase nada da vida, e a perda daquele que eu poderia considerar o melhor amigo que eu já tivera em toda vida até então me deixou arrasada. Engoli em seco e continuei a caminhada até a boate. Não deveria estar me lamentando, afinal, eu não era  única ali que havia perdido algo. A maioria dos campistas era antiga, participava dos acampamentos da América, e no fim todos perderam amigos e o único lugar que eles podiam chamar de lar.

Viramos a esquina da Avenida Principal e a partir daí eu me guiei sozinha, atraída pela batida eletrônica que vinha do prédio que certamente era a boate. Entrei lá, com a bolsa eva clutch pendendo de um dos ombros e olhei em volta, procurando alguém conhecido. Eu vestia, naquela ocasião, um vestido preto básico que descia até metade das coxas, com um decote discreto e mangas curtas, que deixavam parcialmente exibida a minha tatuagem. Não achei ninguém, então me dirigi até o balcão, não deixando de reparar nos gominhos do abdômen do barman. — Uma soda, por favor. Continuei olhando em volta, sentada num dos bancos altos que rodeavam o balcão. Não deixei de reparar na decoração bicromática do local e também que a maioria dos campistas que haviam chegado se serviram com bebidas de alto teor alcóolico; em outras ocasiões, eu teria feito o mesmo que eles, mas nos últimos tempos eu passara a me policiar.

Quando minha soda chegou, beberiquei o conteúdo da taça de cristal e caminhei pelo andar térreo da boate, balançando o corpo discretamente e ainda procurando alguém para conversar; eu não era muito sociável, e me admirava de ter tomado a decisão de comparecer a uma reunião como aquela. Não tinha muitos amigos, até então, pois a maior parte do tempo que eu passara no acampamento foi gasta com leituras sucessivas de grimórios e exemplares sobre magia e mitologia. Enquanto rodeava a pista de dança, acabei esbarrando em ninguém mais, ninguém menos que Hazel.

Hazel era uma garota legal; eu havia encontrado com ela poucos dias antes de nós chegarmos ao acampamento, quando lutava com uma revoada de furiosas aves da estinfália, e então concluímos a etapa final de minha peregrinação pela Europa juntas. — Hazel! Abracei a garota e surpreendi-me comigo mesma, foi não era grande fãs de demonstrações públicas de afeto, então rapidamente resetei meu corpo. — Há quanto tempo, hein? Não fui conversar com você porque estava muito ocupada estudando magia. Lancei um olhar de desculpas para a garota  e permiti que um sorriso tímido aflorasse em meus lábios. — Mas e então, o que você anda fazendo? O que tá achando do acampamento? Enquanto ela respondia, fui lentamente me afastando da pista de dança; ela foi me seguindo e, quando deu por conta, já tínhamos galgado a escada que dava acesso ao segundo andar e estávamos postadas rente a uma enorme mesa repleta de comida.

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Mensagem por Connor E. Vance Seg Jul 15, 2013 10:29 pm



Let's start again

Sua bebida não demorara, logo estava com o gosto doce das frutas na língua enquanto sua garganta ardia abafada com o álcool. Deixou-se semicerrar os olhos e franzir as sobrancelhas para disfarçar o estranho que a bebida o causava. Uma parte em sua cabeça reprovava-o por estar a beber, essa parte dizia que deveria ser mais responsável... pelos outros. Que qualquer coisa poderia acontecer em qualquer momento e que ele deveria estar em perfeito estado para tomar a frente. E talvez justamente por isso que Connor bebia mais: para calar essa voz.  

Então pediu a segunda. A festa continuava a receber mais pessoas. Uma garota, de cabelos compridos e olhos esverdeados, pôs-se ao seu lado, mas interesse desta estava para o barman e a bebida que estava sendo feito para ela. Connor voltou-se às pessoas que continuavam a entrar e não conteve um sorriso confuso ao ver outro loiro, vestido em uma camisa de gola 'v', empurrar outro garoto e beija-lo. Mais uma vez, desviava o olhar, mordendo a boca para não rir. Ter sido criado preso ainda o deixava absorto para alguns casos. O mesmo garoto loiro agora passava a alguns metros de Connor, seu olhar de pouco caso mesmo com um sorriso falso estampado na cara. Connor então cansou de estar ali e permitiu-se uma caminhada pelo lugar.

E, definitivamente, aquilo só o fez ter certeza do quanto os olhos falam pelas pessoas. Aquelas, ali, eram diferentes, e seus olhos mostravam isso. Mesmo sendo irmãos, como no caso das duas de Hermes que se bateram nele quando parou para pegar algo na mesa de guloseimas do andar superior. Connor sorriu pequeno e voltou ao térreo. Uma nova música tocava e, mais uma vez, não conhecia. Deixou seus pés o levaram até um dos sofás que por ali foram espalhados, especificamente, para um onde reconhecera a pessoa. Era a garota de olhos verdes que falava sozinha. Sentou-se ao lado dela e cruzou os calcanhares – o que fora possível pelo sofá ser baixo.

- Woeh. – murmurou olhando rapidamente para ela e, então, para a pista. Seus olhos estavam apertados – mas não fechados, como se sentisse incomodado com tudo aquilo ao seu redor.  Ele só queria alguém para poder conversar.  

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thanks juuub's @ cp!  
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Mensagem por Sky Marrie Riddle Ter Jul 16, 2013 2:02 pm

Wait, can you hear it?

Dia de festa, ótimo, perfeitamente legal, só que não.
Nunca fui muito de festas, nem mesmo quando eu morava em Londres (o que aliás, não foi por tanto tempo assim, né), mas acho que isso pode ser influencia do meu pai, então eu não sei.
Decidi ir à festa depois de ver tanta gente comentando, e claro, eu odeio e sempre odiei ser alone.
Após decidir que ia fui até o meu guarda-roupa no vazio chalé de Érebus, afinal, todos os meus meio-irmãos já haviam ido para a festa, ou saído para fazer não sei o que, escolhi um vestido de festa negro, que eu havia ganho de presente de uma antiga amiga lá na escola interna e calcei um salto também preto que eu havia comprado, fiz uma maquiagem simples, passando apenas um delineador e uma sombra fosca e usei um batom rosa em meus lábios, deixei meus cabelos ruivos soltos. Por fim, coloquei um colar de um anjo chorão - que sempre me deram medo, nunca soube o porque - e um brinco de pedrinha negra, peguei minha bolsa branca de festa (apenas para contrastar) e fui.
Ao chegar lá, fiquei totalmente maravilhada, a festa estava perfeitamente linda, e, diga-se de passagem, quem havia escolhido a playlist merecia os parabéns.
Me sentei numa mesinha escondida e peguei uma cuba libre e comecei a bebericar, até que estava divertido, para mim é claro.
Até que aquela música começou. Não era uma música, era A música, não era por causa da letra especial nem nada, mas era porque sempre que eu a ouvia, ficava em total felicidade.
Qual música era? Easy Way Out, do Gotye, claro.
Me levantei e fui até a pista de dança, que estava cheia de gente também.
Mas o importante é o que eu tenho de timidez eu tenho de loucura, e falta de desenvoltura.
E quer saber? Que se dane todas as pessoas, comecei a dançar lá mesmo, que nem uma doida, até que o inevitável aconteceu, eu tropecei, claro. E para variar, em cima de um menino, que eu não vi direito, murmurei um "desculpa" e voltei a dançar.
Ao final da música, me sentei e continuei ouvindo as músicas, sozinha.
Mas algo me dizia que não por muito tempo.

Usando: Roupa diva de festa
Com: alone, por enquanto.


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Mensagem por Convidad Ter Jul 16, 2013 2:19 pm



Boas vindas

Let's go Drinking



Estava  um pouco sujos de lama e  tinha certeza que a queda  havia arranhando seu braço esquerdo e ele ainda sangrava. Mas não se preocupou com a aparência , pois afinal de contas seu objetivo era  chegar no acampamento e ela chegara como todos os anos.

Os longos cabelos loiros quase brancos contrastavam com seus olhos pretos  devido a maquiagem pesada. Passou pelo portão do acampamento como se fizesse mais um ritual de tortura, ela odiava as pessoas, os professores , seu chalé... A única coisa que a fazia feliz era a sensação de poder melhorar cada vez mais , no entanto isso não era o bastante para tirar o mau humor que tomava conta de seu ser.

Suspirou e esfregou o braço que ardia. Katerina  havia pego  uma carona de moto no caminho e de uma maneira muito estranha a moto tombara na estrada e teve de chegar no acampamento a pé. Já estava acostumada com esses “acidentes” então só deu um jeito de chegar o mais rápido possível, afinal o lugar era seguro , ou pelo menos era isso que diziam ...

Passou a mão suavemente pela pulseira do seu pulso direito, que era na verdade uma corrente que podia assumir todos os tamanhos possíveis.

O acampamento estava um pouco vazio e Kat estranhou. Olhou no relógio 20:30, algo estava estranho e conforme ela caminhava a sensação de anormalidade aumentava dentro dela.

Andava um pouco mais rápido do que o costume até que se aproximou de uma parte do acampamento e ouviu um som baixo, se aproximou e o barulho aumentou.
Aquele era o salão de festas do acampamento e quando ela abriu a porta, se deu conta do que que se tratava... Era uma verdadeira festa de boas vindas.

- Holy Shit.

Ela murmurou ao ver o aglomerado de semideuses arrumados andando por aquele salão.

- Preciso dar o fora daqui...

Disse para si mesma enquanto olhava aquela decoração  e as pessoas arrumadinhas. Pelo menos não estavam todos mortos ou desaparecido, mas a preocupação de minutos atrás se transformou em mau humor,  aquilo não era sua praia,  vontade de ficar sozinha aumento curtia festas, mas não daquele tipo. Ela queria  tomar um banho, a ultima coisa de que precisava era rever a “família”. Entretanto uma coisa a fez mudar de idéia , no outro lado do salão havia algo parecido com open bar e  a vontade de se embebedar era maior do que a de ficar sozinha como de costume.

“foda-se essas pessoas vou me divertir um pouco”

Pensou enquanto jogava sua mochila no canto e dirigia-se pelo salão. Pelo menos sua roupa era preto e branco e ela não destoava muito da multidão. Usava um coturno preto uma minissaia de couro e uma blusa branca , com uma estampa escrito Jack Daniels. Se a cor ajudava a garota o tipo de roupa atrapalhava totalmente, via meninas com roupa de galas e vestido , não pôde evitar algumas caretas enquanto via aquilo pelo salão.

O caminho que durou alguns segundos parecia ter sido uma eternidade , mas quando a menina encostou no balcão sentiu-se normal novamente...

- Uma cerveja  por favor.

Disse sem reparar direito no cara que fazia os drinks.



Ass: Caleb Blackburn.






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Convidado


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Mensagem por Andrew D. Morgan Ter Jul 16, 2013 2:25 pm

My only weakness, is knowing your secrets
I know the way to silently make you
smile with my eyes, when you're trying to fight. Can't you see that when I find you, I'll find me. Oh I need you to know today I'll wait for you always; oh I need you to know today I'll wait for you always. Cause when I find you, I'll find me. Can't you see that when I find you I'll find me


Ainda estou me adaptando às grande transformações que aconteceram em meu período de ausência. Lembro-me que, em Novembro de 2012, fui mandado ao Cassino Lótus em uma missão de resgate, para ajudar um dos meus meio-irmãos que estava preso lá. O que eu não sabia era que, além de ser uma missão falsa, eu estava sendo levado diretamente para uma armadilha. No início da missão tudo ocorreu bem, mas não consegui resistir muito tempo as tentações que o Cassino oferece. E, foi assim, que passei os últimos 4 anos. Foi assim que perdi os últimos quatro anos da história da humanidade e da divindade. Consegui sair de lá quando, repentinamente, uma voz irada surgiu em minha mente mandando eu despertar. Relutei muito até conseguir recuperar o controle e, quando finalmente consegui, percebi que as horas na verdade havia sido anos. Quando saí do Cassino, notei as transformações e tenho tentado me adaptar. Fui imediatamente para Oxford, em Londres, passando por muitos problemas e dificuldades, e lá o filho de Hefesto me colocou a par do que estava acontecendo até que vim para o New Camp, que é onde estou.

Sim, tudo está completamente diferente do que era. E, mais uma vez, estou precisando me esforçar muito para fazer parte novamente desse mundo. A primeira vez foi difícil, mas agora está mais ainda. Tenho tido pouco contato com as pessoas e quase sempre tempo me lembrar dos anos no Cassino Lótus. É como se uma parte da minha memória houvesse sido roubada porque realmente não consigo lembrar dos detalhes. Graças aos deuses agora estou são e salvo, sabe-se lá quem até quando, mas, por agora, isso basta.

Após ficar sabendo que ia haver uma festa no Acampamento, decidi vestir meus trajes costumeiros: uma camisa de botões e mangas compridas, de cor branca; uma gravata-borboleta de cor azul-marinho; uma calça preta um pouco justa; um suspensório da cor da gravata; um terno caramelo e, por fim, um coturno preto de cano alto e cadarços. Após me vestir, penteei os meus cabelos castanhos, jogando-os para cima e posteriormente para o lado direito, criando uma espécie de onda. Olhei-me no espelho e endireitei a gravata. Para finalizar, prendi minha Adaga de Prata em um suporte interno no coturno.

Saí em direção à avenida principal, onde seria a festa. Andei rapidamente e logo cheguei. Admirei por um bom tempo e decoração da festa e então procurei alguém conhecido, mas não encontrei nenhum rosto familiar. Quase voltei para o Chalé de Hermes, mas decidi tentar socializar. Agora, aqui estou eu, dançando na pista de dança e olhando para uma moça de cabelos ruivos. Ela está dançando e vem se aproximando na minha direção. Parece estar bem distraída e então tropeça em mim. Seguro-a, para não deixá-la cair, e ela murmura um "desculpe", mas mal me olha.

Ergo uma sobrancelha, ponderando se devo ou não ir até ela. Respiro profundamente uma, duas vezes. E, com muita hesitação, caminha até a moça que esbarrou em mim. Chego em silêncio e dançando dignamente. Então apareço na frente dela.

▬ Olá. ▬ Mostro um meio sorriso e então coloco minhas mãos nos ombros dela, quase beijando-lhe a face do lado direito e repetindo o mesmo gesto no lado esquerdo. Uma forma de cumprimento. ▬ Hã... Deve ser assim que vocês se cumprimentam atualmente. ▬ Dou de ombros e fico fitando os olhos da garota.

Thanks Tess
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