[RP FECHADA] And we can't stop...

I am a factory girl...

Eu estava completamente exausta! Os dias no Acampamento, os treinos e missões estavam me matando cada vez mais. Eu queria sair, me divertir um pouco, ir para uma balada. Sei lá! Eu só queria fugir um pouco dessa vida e rotina de semideusa, que para ser sincera estava me deixando completamente maluca. Não, maluca não é o termo correto. Vamos ver... Digamos que eu estava pronta para ir para um sanatório. Sim, era isso, um sanatório. Tudo aquilo já começava a me deixar paranóica, eu já não conseguia andar calmamente pelo acampamento, pois sempre, SEMPRE, tinha a sensação de que estava sendo seguida, e sem falar na minha última descoberta de que eu além de semideusa tinha também dentro de mim um dom, ou maldição. Eu sou uma banshee. Como eu descobri? Essa pergunta para falar a verdade é bem fácil de se responder. Eu tenho sonhos, não, sonhos não, pesadelos. Eu vejo as pessoas morrendo, ou pessoas que já morreram, eu vejo tudo, todo o massacre, é completamente medonho. Mas, ei! Eu ainda não respondi. Eu descobri que tinha esse ‘poder especial’ quando sonhei que assassinavam meu pai, e, inconscientemente, fui até o local do crime. Preciso dizer que no local jazia o corpo do meu pai completamente imóvel e pálido? Não né?

Recostei-me na parede enquanto deixava a água quente descer pelo meu corpo mandando para longe todo meu cansaço. Hoje eu teria um encontro com alguns amigos e a última coisa que eu queria era estar cansada. Íamos para o fliperama e bem... Não vou mentir e dizer que eu não gostava daquele local, porque sim, eu gostava. E para ser sincera, ao meu ver era um dos melhores locais para ‘desopilar’. E se bem que uma saída em grupo não ia nos matar, ao contrário, ia ser ótimo!

Depois de achar uma roupa, arrumar meu cabelo e fazer uma make básica estava então pronta e já caminhava em direção ao centro da vila. Passei pela rua comercial porém não parei em algumas lojas como de costume, pois não queria me atrasar e estava parida de saudades de Victoire. Ao chegar ao local, peguei o elevador – que estava vazio – e desci para o subterrâneo, dando de cara então com o fliperama. Sabe uma criança em um parque de diversões, vislumbrada com todas as luzes e cores e querendo ir em todos os brinquedos, desde os mais bestas aos mais radicais? Era assim que eu me sentia quando coloca meus pés no fliperama, uma criancinha.

Depois de dar uma olhada por todo o local, achei finalmente um de meus amigos, Joseph, ou José, ou Joe, ou seja lá qual for o outro apelido da criatura. Só sei que eu chamo ele de Joe e fim. O garoto estava em uma daquelas mesas de Pinball e, como eu, parecia uma criança vislumbrada pelo local. Ri enquanto andava – cof, cof, desfilava, cof, cof – até o garoto. – Quando perder é a minha vez! – Falei ao me apoiar ao lado da mesa e dando novamente uma olhada panorâmica no fliperama a procura dos outros. – Eles ainda não chegaram? – Perguntei passando minha atenção para o jogo. – Povo lerdo.