Demigods Origins
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Mensagem por Evangeline Kröhling Qua Jul 31, 2013 11:57 pm


Está é uma RP fechada, onde as únicas personagens autorizadas a postar são Evangeline Kröhling e Demetria Braddock, filha de Deméter e Afrodite respectivamente. Passa-se na praia durante a tarde, por volta das cinco horas, no dia 16 de Janeiro de 2016. A RP gira em torno de um reencontro entre as antigas amigas na praia, onde muitos sentimentos podem ser envolvidos. Você terá que ler para saber exatamente o que acontece, xoxo. ❀
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Mensagem por Evangeline Kröhling Qua Jul 31, 2013 11:58 pm


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"Hey, Deme... Lembra de mim? Eu te salvei de dois cães infernais no seu primeiro dia como campista e semideusa. Foi quando nos conhecemos, e nos tornamos amigas naquele dia. Sei que nos separamos, nunca mais tivemos tempo para passar o dia juntas e rirmos das coisas mais bizarras do mundo. Depois da guerra ficou mais difícil te encontrar e eu... Bem... Eu sinto falta da filha de Afrodite que me faz e sempre me fez bem. Muitas coisas horríveis têm acontecido na minha vida e eu preciso de alguém que me faça esquecer tudo isso; que me ajude a focar nas coisas que ainda há de bom no nosso mundinho perigoso para se viver. É por isso que eu quero – na verdade, eu preciso – que me encontre na praia hoje à tarde, às cinco horas. Eu sei que você não irá responder a tempo, pois já são quatro da tarde, então eu estarei lá te esperando, mesmo que você não possa ir.


Muitos beijos,
Angel."



Terminei de escrever o bilhete no papel-cartão cor-de-rosa e o deixei em cima da cama de Demetria. Ela teria certeza de que fora eu quem escreveu tal coisa, pois fiz questão de deixar a fragrância maravilhosa da gardênia, o meu perfume. Demetria e eu tínhamos uma relação de amizade e companheirismo desde o primeiro momento que nossos destinos se cruzaram. Mas como eu já disse, nossos caminhos tomaram rumos diferentes de acordo com os acontecimentos no acampamento. Eu dediquei o meu tempo para treinar e para descansar, ficar sozinha. Isso tomou dois anos de minha vida. Dois anos que eu poderia passar ao lado da pessoa que eu mais amo em todo o mundo depois de meu pai. Eu havia visto Demetria crescer e dividíamos quase todos os gostos e quase nunca brigávamos. Os desentendimentos vieram com os fatos marcantes em nossas vidas. Até nisso Gaia se meteu, mas talvez tivesse sido uma boa causa. Não me entenda mal, mas eu estava desenvolvendo sentimentos estranhos por Demetria; sentimentos que ultrapassavam aquelas de "apenas amigos", ou aquela vontade de protegê-la a todo custo. Depois de sete anos eu estava caindo em uma armadilha que, conforme muitos disseram, era difícil de escapar. Eu tinha medo, eu queria manter mais um pouco de distância, mas eu precisava vê-la depois de tanto... Tanto tempo.

Arrumei-me da melhor forma possível e deixei as tarefas do chalé com o irmão mais velho depois de mim, Simon. Adorava o jeito que ele ficava tão animado quando assumiria o meu posto de conselheira de chalé por alguns poucos minutos. Eu sabia com toda certeza que ele deveria ser o meu sucessor; aquele que assumiria o meu posto de líder de chalé com sabedoria e responsabilidade. Passei algumas tarefas para meus irmãos – como arrumar a bagunça do chalé – e disse-lhes que Simon iria supervisionar, e caso houvesse alguma queixa quando eu voltasse, a festa mensal seria cancelada. Na verdade eu nunca cancelaria a festa, mas eles acreditavam que sim, então era uma ótima chantagem para que eles ficassem menos agitados e rebeldes – mesmo que os filhos de Deméter nunca fossem tão agitados e rebeldes. Peguei a cesta de piquenique que havia separado naquela tarde após o almoço. Tinha tudo o que precisássemos ali. Era encantada e por isso economizei meu tempo em escolher as melhores doces e as frutas mais suculentas, já que todo o tipo de comida que quiséssemos era só pedir, como a cornucópia de Aqueloo. Rumei para a praia meia hora antes do horário marcado e ao chegar lá apenas me sentei. Escolhi um lugar perto de alguns coqueiros e pedras. Respirei fundo, enchendo os meus pulmões com aquela brisa salina e passei a fitar as ondas quebrando nas pernas e imaginando como seria bom estar na minha verdadeira casa.



DEMETRIA. <3 FICOU TRASH, SORRY. Ç.Ç PRAIA
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Mensagem por Demetria H. Braddock Qui Ago 01, 2013 1:41 am

KISS ME HARD BEFORE YOU GO
› summertime sadness, I just wanted you to know, that baby you're the best ‹


Estava cansada e tudo o que eu mais precisava no momento era de um banho. De um belo e relaxante banho. Voltava da arena com Marie ao meu lado e Kero em meus braços, estávamos treinando desde as oito da manhã e só haviamos terminado por volta das quatro e meia da tarde. De uma coisa eu podia estar certa: Marie queria me matar de tanto treinamento. Conversávamos sobre coisas aleatórias como “Nossa, como o céu hoje está azul” ou “Olha aquela semideusa que gatinha” ou até mesmo sobre como estava a relação dela com Pandora. O que não faltava entre nós duas era assunto. – risos.

Eu estava morrendo de saudades da minha melhor amiga e dos nossos momentos. Sentia falta dos seus abraços, das risadas extravagantes que dávamos no meio da madrugada no chalé de Afrodite ou Ares. Dos xingamentos e de todas as outras coisas que faziamos juntas. – if you know what I mean. – Marie sempre fora minha melhor amiga, e uma das coisas mais difíceis que já passei foi ficar longe dela por um período tão longe. Eu não conseguia me ver de forma alguma sem ela. Era mais do que melhor amiga, era minha irmã, minha vida. Tudo o que mais importava.

Adentrei, finalmente, o chalé de Afrodite. O banho me gritava, meu corpo necessitava da água correndo pelo mesmo, mandando para longe todo o meu cansaço. Coloquei Kero em cima da cama muito bem arrumada a minha frente, onde em cima da mesma tinha um papel cor-de-rosa, que bem, me chamou a atenção. Quem me mandaria aquilo? Eu não fazia o mínimo de idéia, mas a situação fez um sorriso bobo e completamente inoercível brotar em meus lábios. Peguei o papel e automáticamente levei-o para perto de meu nariz, fechando meus olhos ao inalar o aroma do papel. Gardênia. Eu não conseguiria esquecer daquela fragrância nem que sofresse amnésia. – risos.

"Hey, Deme... Lembra de mim? Eu te salvei de dois cães infernais no seu primeiro dia como campista e semideusa. Foi quando nos conhecemos, e nos tornamos amigas naquele dia. Sei que nos separamos, nunca mais tivemos tempo para passar o dia juntas e rirmos das coisas mais bizarras do mundo. Depois da guerra ficou mais difícil te encontrar e eu... Bem... Eu sinto falta da filha de Afrodite que me faz e sempre me fez bem. Muitas coisas horríveis têm acontecido na minha vida e eu preciso de alguém que me faça esquecer tudo isso; que me ajude a focar nas coisas que ainda há de bom no nosso mundinho perigoso para se viver. É por isso que eu quero – na verdade, eu preciso – que me encontre na praia hoje à tarde, às cinco horas. Eu sei que você não irá responder a tempo, pois já são quatro da tarde, então eu estarei lá te esperando, mesmo que você não possa ir.


Muitos beijos,
Angel."


Preciso falar que ao terminar de ler o brilhete meu sorriso de antes – bobo e completamente inoercível – evoluiu para um sorriso super-mega-extra-hiper bobo e completamente inoercível ao cubo? Não. E o melhor de tudo era a ótima sensação de alívio, de saber que a minha Angie estava viva e tão pertinho de mim. E que em poucos minutos estaria finalmente em meus braços novamente. Arrepiei-me com tal pensamento e balancei a cabeça, deixando o papel em minha cama e caminhando para o banheiro. Eu precisava me apressar se não queria me atrasar... Muito.

Depois do banho tomado e de estar vestida apresentávelmente, caminhei em direção da praia com uma certa pressa em meus passos, pois já se passava da hora marcada e bem... Eu precisava vê-la novamente. Sorria ao lembrar de todos os nossos ótimos momentos juntas – o que fez o caminho até a praia parecer tão curto. – Minhas mãos soavam de nervoso e... Demetria, o que diabos você tem? Pra que tanto nervosismo? Você só vai reencontrar uma velha amiga, nada além disso. Se acalma, criatura! Tais pensamentos rondavam minha cabeça o que me obrigou a balançá-la novamente, mandando-os para as profundezas do Tártaro.

Ao chegar à praia, fechei meus olhos, sentindo a brisa marítima e o cheiro da mesma vir de encontro com a minha suave pele e adentrar minhas narinas, fazendo-me inalar o aroma salgado que eu tanto gostava – e que tanto fazia mal para meu cabelo. – Em seguida, abri meus olhos e dei uma olhada panorâmica por toda a extensão da praia que meus olhos alcançava, caindo o mesmo para a garota sentada na areia perto de uns coqueiros e pedras, fazendo a sensação de nervosismo de minutos atrás voltar. Respirei fundo e arfei o ar pesadamente. Calma, Demetria, calma. Contei devagar até dez e pus-me a caminhar para perto de Angie. Tal ato me pareceu durar milénios, porém, ao finalmente chegar perto da garota meu sorriso bobo voltou a dançar em meus lábios. Sentei-me ao lado dela e a encarei. – Perdão pelo atraso, eu estava treinando. – Disse, enquanto pousava minhas mãos na areia. Ri. – Estava tão preocupada com você... E santos deuses, que saudades! – Exclamei, antes de perder o controle e pular em cima da garota em um abraço forte fazendo-a cair na areia e me deixando por cima dela. – Muitas saudades!

notes: Nhaw, nau curti muito mas tá aí. ♥    wears: depois faço. rç    tagged: Evangeline.♥
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Mensagem por Evangeline Kröhling Qui Ago 01, 2013 8:38 pm


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Estava fitando o mar de águas brilhantes enquanto mordiscava uma maçã bem vermelha, e sim, eu sempre estava comendo uma maçã. Olhei de relance para o meu relógio de pulso, sem querer me preocupar com o horário – mentira –, e já estava marcando quase cinco e meia da tarde, o sol já estava até se ponto. Suspirei fraco e baixo, um tanto desanimada, pensando que Demetria havia recusado o convite, ou sequer nem tenha visto. Eu não a culparia se ela não fosse por não querer ir, na verdade eu a magoei quando sumi da primeira vez. Não tive culpa de tudo o que aconteceu, mas também nunca mais dei notícias nenhuma. O acampamento havia dobrado o tamanho, havia bem mais semideuses do que antes então estava difícil achar uma só pessoa. Não... Eu fui a culpada sim. Eu culpe-me por não ter ido atrás de Demetria todos os dias e todas as noites nem para sequer vê-la de longe, para ver se ela estava com vida e saudável. Estava tão interessada nos meus afazeres que nem mesmo dei atenção para os meus antigos amigos. Acabei afastando todos, mas não foi por querer. Eu nunca afastaria meus amigos por vontade própria, mas a situação que eu fui obrigada a viver complicava tudo. E ainda vinha o assunto do círculo que Alice estava colocando cada vez mais em prática. Logo eu não teria tempo para mais nada além de aprimorar as minhas habilidades e lutar contra as pessoas que um dia me ajudaram muito – ou nem tanto. O fato é: eu deixaria aquele lugar que não era mais o meu ninho, não era mais a minha verdade casa. Não era nada.

Perdia-me em pensamentos mais uma vez, quando ouvi passos suaves na areia; passos que eu conhecia tão bem quanto qualquer planta existente no mundo. Um sorriso largo brotou em meus lábios no momento em que virei meu rosto e fitei Demetria. Linda como sempre, formosa como sempre, sempre... Perfeita. Balancei a cabeça lentamente para dispersar os pensamentos estranhos que me fizeram suspirar. Virei meu corpo um tanto para o lado quando Demetria se sentou perto de mim e respirei fundo, ouvindo-a se desculpar pelo o atraso. Sorri da forma mais gentil que pude e apoiei minha mão na areia, tombando um pouco meu corpo para trás. ━ Não precisa se desculpar, Deme. E você não precisa de mais treinos. Está ótima! ━ Literalmente ótima. Hã, digo... Ela cresceu, não é mesmo? Em dois anos ela cresceu mais do que eu. Continuo a mesma menina baixinha e magrela com a aparência angelical, enquanto ela está mais alta, mais forte e mais... Hã! Xô pensamentos promíscuos! Deixem-me em paz! Mas que coisa! Enfim... Ela cresceu, e ponto. Fitava todos os traços delicados do rosto de Demetria quando fui pega de surpresa com o seu corpo sendo jogado sobre o meu. Arregalei os olhos e me assustei nos primeiros dois segundos, mas depois abri um sorriso e deixei que escapasse por minha garganta uma risada divertida. ━ Eu também estava morrendo de saudades! ━ Exclamei ainda rindo.

Ao envolver a cintura de Demetria, meus dedos acariciaram sua cintura, a sua pele macia e perfumada, o que fez com que eu me perdesse por alguns instantes. Apertei-a em meus braços e respirei fundo, tentando convencer-me de que aquele abraço supriria todos os anos que se passaram sem tê-la ao meu lado, mas com certeza isso não aconteceria. Levantei-me quando ela se sentou novamente, fazendo-me suspirar tristemente por dentro por tê-la soltado. Abri mais um sorriso e pigarreei para recomeçar a falar depois de um súbito abraço de urso. ━ Senti muito a sua falta, e também fico feliz por você estar viva. ━ E eu senti mesmo. Senti falta de todos os minutos que poderia ter passado ao lado dela rindo de tudo. Cheguei a me perguntar se ela não estava melhor sem mim. Não quero parecer dramática, mas sei bem que Marie e os outros amigos cuidaram muito bem dela. ━ O que tem feito esse tempo todo? Conte-me! Eu quero saber ao que aconteceu a minha velha amiga. ━ Empurrei levemente o ombro de Demetria enquanto um sorriso "pidão" brincava em meus lábios. Eu realmente precisava saber de tudo o que acontecia com a minha menina.


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Mensagem por Evangeline Kröhling Sáb Ago 03, 2013 11:32 pm


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Eu nunca fui uma menina de falar muito, sabe? Sempre fiquei calada, no meu canto, apenas observando tudo a minha volta para depois falar uma única palavra. É... Essa sempre fui eu. Embora eu tenha mudado muito depois da guerra, eu continuo com esses aspectos notáveis predominando em minha personalidade. Só que eu não estava muito de ser uma menina calada naquele momento, perto de Demetria. Eu queria falar tanta coisa, coisas até que não deveria – mas que eu sentia –, mas a única coisa que fiz foi aproveitar os poucos segundos de silêncio para admirar o lindo pôr-do-sol que pintava o seu de laranja, vermelho e rosa. Um céu tricolor e muito perfeito, quase tão perfeito quando a menina que estava ao meu lado, mas nada alcançaria a sua beleza. Era algo inatingível, inigualável, único... Nada poderia ser comparado à beleza da minha menina. Por um momento eu consegui resgatar algumas lembranças; os momentos que passei com ela. Sempre conversávamos sobre muitas coisas e eu mal sabia que, naquela época, eu conhecera a pessoa que mais me faria bem do mundo. Ela conseguia fazer eu me esquecer de meu pai, de minha mãe, das missões, dos treinos e das responsabilidades como semideusa. Ela me entorpecia de uma maneira gostosa, e eu nunca queria sair de perto dela sempre que eu a encontrava.

Suspirei fundo com tais pensamentos, até que fui despertada com uma pergunta de Demetria. Não que eu não estivesse a ouvindo antes. Eu sempre abria um sorriso para as suas respostas e por vezes olhava para ela carinhosamente, mas aquela pergunta me pegou de surpresa. O que eu fiz esse tempo todo que estive longe dela? O que eu poderia dizer? Que estava em um grupo onde todos trairiam futuramente o acampamento? Não, eu não podia, não mesmo! Aquilo magoaria profundamente a loira e eu não queria jamais isso... Mesmo que eu tivesse de fazer mais cedo ou mais tarde, mas com certeza eu estava preferindo o mais tarde naquele dia. Era o mais viável. Não era nem o momento propício para tal assunto, então eu apenas tirei meus olhos do clarão amarelo que estava se pondo e virei meu corpo para fitá-la melhor. ━ Eu estive treinando muito. Cheguei de uma missão esses dias e... ━ Ergui um pouco o meu short jeans e mostrei a parte superior de minha coxa que estava com os pontos ainda não retirados. ━ Como pode ver, ainda há lembranças. ━ Ri baixo e escondi a enorme cicatriz causada por um Minotauro. Eu sempre consegui me machucar nos lugares mais inadequados em todas as minhas que eu aceitava, mas isso não vem ao caso. Sorri com o canto dos lábios pela preocupação de Demetria e disse que estava tudo bem para acalmá-la, e realmente estava.

Fui pega de surpresa mais uma vez pela menina quando ela deitou sua cabeça em meu colo. Ela sempre conseguia me deixar sem graça de um jeito maravilhoso, e então eu tentei esconder a vermelhidão que talvez aparecesse logo nas maçãs de meu rosto. Suspirei fraco e abri um grande sorriso quando a vi sorrindo para mim, e olhando para mim, e... Tão pertinho de mim. Fechei meus olhos Por milésimos de segundos para poder sumir com os pensamentos que iam e vinham a todo o instante. Levei minha mão delicadamente até os fios dourados da pequena e comecei ali um cafuné calmo e relaxamente, como meu pai sempre fazia em mim, mas... Aquilo era com certeza diferente. Demetria não era eu e eu não era o meu pai. Ela era a menina que me fazia sentir coisas estranhas e boas ao mesmo tempo, e eu era a pessoa que sentia borboletas no estômago como jamais sentiu antes. Ri baixo balançando a cabeça negativamente quando Demetria perguntou se já disse que sentira falta de mim. – Acho que nenhuma vez... Ou talvez três ou quatro. – Ri mais um pouco enquanto caçoava da garota, e então ela riu também. O seu sorriso quase conseguiu me hipnotizar, mas eu desviei a atenção para seus olhos... O que foi mais um erro! Aqueles orbes azuis e encantadores me fitavam constantemente, e eu sentia que poderia ficar ali a noite inteira apenas olhando para eles.

Apertei o bico da menina e suspirei pesadamente para conter o riso. Continuei acariciando seu cabelo que exalava um perfume delicioso, que prendia a minha atenção, enquanto eu a olhava nos olhos, esquecendo totalmente do tempo que dediquei fazendo isso. Pisquei algumas vezes para "acordar" e pigarreei para voltar a falar. Preciso dizer que fiquei um pouco encabulada com aquilo? Enfim. ━ Eu... Eu tive uma visão em sonho. ━ Comecei a falar quase como num sussurro, tentando pensar se aquele seria ou não um bom assunto. Acho que não seria um bom assunto, mas eu já havia começado e dizer que "não foi nada" para Demetria não daria muito certo. ━ Como sempre eu vi alguns monstros e... Deméter. ━ Há tempos eu parei de me referir à deusa como "mãe", desde quando eu me cansei da situação que eles não fazem viver. ━ Sairei em missão amanhã. ━ Nesse momento eu desviei totalmente o meu olhar do de Demetria e passei a olhar para as águas do mar que se tornavam mais escuras com as sombras da noite. ━ Não sei por quanto tempo ficarei fora. ━ E minha voz falhou. Onde eu estava com a cabeça de falar uma coisa dessas para Demetria naquele momento? Ai, Evangeline! Você precisa reaver os seus assuntos.


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Mensagem por Demetria H. Braddock Seg Ago 05, 2013 2:26 am

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Para ser sincera, eu não fazia a mínima idéia do que estava acontecendo comigo. Em meu interior estava tudo tão bagunçado, tudo virado ao avesso, mas ao mesmo tempo aquela bagunça me parecia tão arrumada, como se nada estivesse quebrado, nada estivesse fora do lugar, nada e ao mesmo tempo tudo estivesse nos devidos lugares. Era a minha bagunça e aquilo me parecia o certo. Eu não queria arrumá-la mas também não poderia deixar do jeito que estava. E aí está o meio termo me amedrontando novamente. Eu não poderia deixar que os meus sentimentos do passado voltassem a tona novamente. Mas talvez eles nunca haviam ido embora. Só estavam blindado e esquecidos em uma parte profunda do meu coração e mente. Talvez, só talvez, o que eu achava que havia sido superado com o passar dos anos, na verdade, havia criado apenas paredes, paredes de chumbo e mármore como os cofres de bancos, apenas para proteger tais sentimentos.

Mas sabe quando você começa a sentir medo de perder alguém, mas você não tem nem certeza de que esse alguém é seu? O frio na barriga, aquele tão conhecido e miserável frio na barriga, então logo o frio na barriga passa, mas aí o estômago começa a revirar e o seu psicológico fica pior do que o de pessoas com problemas de esquizofrenia, e é nesse estágio – talvez o pior de todos – que você começa a se sentir insegura, sem conseguir confiar ou ter expectativas em ninguém. Nem em si mesmo. Sim, eu estava com medo. Mas não o medo de perder alguém, mas sim medo do medo de perder alguém. E nesse momento era isso o que eu tava sentindo, pois algo dentro de mim, do âmago do meu interior, do local mais profundo e tenebroso do meu ser me dizia que eu iria perdê-la. Mas eu não queria, não agora que Angel havia acabado de voltar para o Acampamento, para mim. Eu não poderia deixar isso acontecer – caso viesse a acontecer – e eu faria tudo que estivesse ao meu alcance para manter a minha garota por perto. Respirei fundo, prendendo o ar em meus pulmões por alguns segundos e em seguida soltando-o devagar. Eu não precisava pensar em tais coisas, afinal, era apenas um pressentimento. O porquê desse meu pressentimento? Deve-se apenas ao fato de eu ser uma aprendiz de Terpsícore e poder, de certa forma, pressentir ou até mesmo ter premonições do futuro, seja ele qual fosse ou de quem fosse. As vezes me era útil, como por exemplo em meio a batalha, mas outras vezes isso estava mais para uma ‘maldição’ do que uma ‘dádiva’. E como eu já tinha dito antes, eu não preciso pensar nessas coisas pelo simples fato de não querer isso e, claro, porque não ia deixar isso acontecer.

Estava tão absorta em meus pensamentos que quase havia esquecido de onde estava e com quem. O céu já se tornava negro e o local começava  a ficar iluminado apenas pela luz do luar, a lua cheia que já brotava pelo vasto e imenso mar. Passei toda a minha atenção para a boca de Evangeline enquanto a mesma falava sobre sua ‘visão em sonho’ e tentava calmamente processar tudo em minha cabeça. Como assim ela iria sair em missão? Ela havia acabado de voltar para o acampamento, como assim já ia me deixar? E não sabia nem quando voltava? Mas... Mas... Quando me dei por mim, já não estava mais com a cabeça deitada em seu colo, havia voltado a me sentar na areia, porém mantia meu olhar fixo no horizonte. Eu estava em choque. O frio na barriga começava. Ela não podia me deixar, não agora. Minhas mãos tremiam enquanto me dispersava do transe ao sentir o toque de Evangeline perguntando se eu tava bem. – Você vai embora? – Perguntei enquanto piscava algumas vezes e passava minha atenção do horizonte para os seus olhos. – Você já vai me deixar? – Minha voz falhou enquanto eu me dava conta de que o meu pressentimento estava acontecendo naquele instante. Meu estomago começava a revirar e eu tinha a impressão que ia colocar tudo para fora.

Fechei meus olhos com força, abrindo-o rapidamente enquanto tentava regular minha respiração para que a mesma voltasse ao normal. – E não sabe quando vai voltar? – Perguntei. Ela não podia ir, eu não ia deixar, eu não queria. – Você não vai, eu não deixo! – Eu me sentia uma criança que ia para uma daquelas lojas de brinquedos e que quando a mãe não comprava o que queria, batia os pés e começava a chorar em meio a loja. Então eu a abracei, o abraço mais forte que eu já havia dado em alguém ao longo dos meus vinte anos. Era desespero, medo, nostalgia. Tudo misturado formando um sentimento só. – Você não vai, não pode me deixar novamente, não pode. – Falava enquanto levava minhas mãos para o rosto da garota, o rosto delicado que tinha uma expressão assustada no rosto. Evangeline nunca havia me visto desse jeito, talvez nunca ninguém havia me visto em tamanho desespero, nem mesmo Marie. – Não pode. – Falei novamente dando ênfase nas palavras em um sussurro quase inaudível enquanto colava minha testa na dela. Eu estava inabilitada e a cena que eu fazia era completamente ridícula para uma mulher com seus vintee anos. Mas bem, eu não era uma mulher. Eu era uma menina, a menina de Evangeline, e eu não podia, de forma alguma, deixá-la ir novamente. Eu não poderia deixá-la ir embora levando consigo uma parte de mim, a parte mais importante de mim. – Você vai ficar comigo, vai ficar com a sua menina. – Murmurei enquanto acariciava o rosto dela e fechava devagar meus olhos já marejados. Eu precisava dela ali comigo, precisava contar o que sentia por ela, precisava ter momentos que o tempo me privou de ter. – E eu to fazendo essa cena ridícula e dramática pelo simples fato de estar desesperada. – Pausei enquanto respirava fundo. – Mas jurei a mim mesma que não ia cometer o mesmo erro e, portanto, não vou te deixar ir embora novamente.

notes: Deme sendo dramática e tendo um ataque inesperado. whueihwuihuei ♥    wears: depois faço. rç    tagged: Evangeline.♥
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Mensagem por Evangeline Kröhling Seg Ago 05, 2013 3:36 pm


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Sabe quando você quer falar algo e sabe que é errado, mas mesmo assim teima em querer falar? Como se estivesse preso em sua garganta e estivesse te angustiando, e essa angústia só passasse se você colocasse tudo para fora? Então, eu estava passando por aquilo. Eu me senti levemente aliviada quando contei para Demetria sobre a minha missão que eu deveria fazer, mas ao mesmo tempo quis voltar atrás e nunca ter dito isso. Estava me sentindo uma completa idiota por não ter dito nada mais agradável e construtivo para a nossa relação, e sim ter contado uma coisa nada a ver. Suspirei fraco ao notar a reação de Demetria – quando ela tirou a cabeça de meu colo – e então várias coisas começaram a se passar por minha cabeça. O que ela faria? Ela iria embora? Ele entenderia ou iria querer me ajudar? Ai, que droga, Evangeline! O que você foi fazer! A reação da filha de Afrodite não foi nada do que eu esperei, e sim algo que eu jamais esperaria vindo de uma pessoa como Demetria. Digo, a loira nunca agiu daquele jeito comigo, então eu estava ligeiramente assustada. Demetria me agarrou, me abraçou com tanta força que eu mal consegui respirar por alguns segundos. Ela murmurava que não me deixaria ir nessa missão e que eu não poderia deixá-la novamente. Não mais uma vez. Nunca senti meu coração bater tão rápido quanto naquele momento, e eu estava perplexa com tal ato de Demetria. Não sabia o que fazer ao certo. Só sei que eu também não queria nada daquilo.

Volto a dizer que nunca vira a minha menina daquela maneira antes. Envolvi meus braços por sua cintura e a abracei forte, mas não tão forte quanto ela estava me abraçando. E mais uma vez eu não queria de jeito nenhum soltá-la, eu não queria mais sair do acampamento, eu só queria passar o resto dos meus miseráveis dias de semideusa ao lado de Demetria... Mas eu sabia que aquilo seria impossível. Eu já fazia parte de um grupo de semideuses que trairia o acampamento mais cedo ou mais tarde, então não poderia ficar ao lado da filha de Afrodite, por mais que eu quisesse muito. Porém, a minha revolta contra os deuses conseguia ser maior do que o meu sentimento por Demetria e eu me odiava por isso. Eu queria de certa forma me vingar dos olimpianos pelo o que eles deixaram acontecer com todos nós. Eu sabia que aquela menina que me abraçava naquele momento um dia apontaria uma espada para a minha garganta. E eu a deixaria vencer, pois se eu não posso tê-la comigo para sempre, então é melhor não ter mais nada. E eu sentia bem no fundo de minha alma que eu não viveria muito tempo para dar tudo que Demetria merece. E foi quando ela disse que era a minha menina. Aquilo fez com que meu coração disparasse ainda mais, fazendo-me ter a sensação de que iria sair pela boca a qualquer momento. Minhas pernas ficaram bambas e eu sentia minha mão suar. O que estava acontecendo comigo? Parecia que um turbilhão de sentimentos e pensamentos havia tomado conta de meu corpo, pois nenhuma palavra pôde ser dita por vários segundos.

E então eu estava ali sentada ao lado da menina que eu sempre gostei e com a testa colada na dela, o que fazia com que ficássemos mais próximas ainda. Eu fitava seus lábios delicados e que provavelmente seriam tão macios quanto a sua pele. Minha respiração estava descompassada e naquele momento eu tive a certeza de que não gostava de Demetria apenas como uma boa e velha amiga. Talvez eu quisesse que fosse apenas isso, mas o meu lado sentimental tratava uma batalha árdua contra o meu lado racional e, infelizmente – sim, infelizmente – o primeiro estava na liderança. Digo infelizmente porque eu sabia que eu iria me machucar demais se passasse aquilo adiante; ainda mais com o possível ódio de Demetria com tudo o que estava planejado para eu fazer. Mas então eu não pude mais suportar a vontade de me perder de vez com tudo aquilo e subi com uma de minhas mãos pelo braço da loira, tocando seu rosto e logo fechei meus olhos. Eu estava prestes a fazer algo de muito errado, mas não adiantava mais esconder o que eu sentia – e sabia também que Demetria sabia o que eu sentia. Eu me sentia confusa demais para dizer algo, então eu não disse nada, apenas aproximei meus lábios dos da menina e os toquei finalmente. Por um momento pareceu que todos os meus problemas foram afastados, como se nada mais existisse a minha volta. Pareceu que aquele beijo tivesse me deixado dormente, pois nada mais se passou pela minha cabeça – nada mais além do que eu sentia por Demetria. Beijei-a lentamente, sentindo a textura e o gosto maravilhoso de seus lábios, até que parei lentamente, afastando-me dela bem devagar e com as bochechas coradas.

Parece que o meu racional tomou conta de minha mente depois daquele meu insano ato de beijar Demetria. Arregalei meus olhos para a situação que eu colocara nós duas e cobri meu rosto com as mãos. ━ Deme, desculpe-me, desculpe-me, desculpe-me, por favor! ━ Pedia constantemente enquanto balançava a cabeça e abraçava meus joelhos. Eu estava morrendo de vergonha, não sabia MESMO onde enfiar a minha cara. ━ Eu não sei onde eu estava com a cabeça. Deveria ter pensado antes de agir. Eu não queria fazer isso... ━ Mentira, queria sim. ━ Ai, deuses! O que eu fiz?! Droga! ━ Falava várias coisas ao mesmo tempo e quase não entendia nada das coisas que eu falava. Sempre que eu ficava realmente nervosa eu falava dez palavras em um segundo, e era isso que estava acontecendo naquele momento. Eu queria mesmo é sair dali correndo e nunca mais olhar para Demetria. Ela deveria estar me achando loura por tê-la beijado. E agora, o que eu faria? Voltei a fitá-la com um olhar envergonhado e tímido. ━ Eu peço mesmo as suas desculpas, Deme. Eu... Eu só senti que precisava fazer isso porque... Porque... ━ Tudo bem, eu iria me matar pelo o que eu estava prestes a dizer naquele momento. ━ Porque eu te amo. ━ Disse por fim, escondendo meu rosto completamente vermelho mais uma vez entre meus joelhos. Ela como filha de Afrodite saberia bem o significado do meu "eu te amo". Não era um "eu te amo" de amigas ou algo fraternal – de irmãs –, era algo muito mais do que isso e eu não queria mais negar. Eu só deveria estar pronta para sair correndo dali a qualquer momento.


DEMETRIA. <3 BEEEIJOE! *u* E FICOU TRASH, SORRY. Ç.Ç PRAIA
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Mensagem por Demetria H. Braddock Dom Ago 11, 2013 8:07 pm

KISS ME HARD BEFORE YOU GO
› summertime sadness, I just wanted you to know, that baby you're the best ‹


O desespero me envolvia em um abraço bruto e eterno enquanto o medo me consumia aos poucos, porém me consumia por completo. Ambos me sufocavam intensamente, deixando-me sem ar, pedindo implorando para que alguém me salvasse. Que viesse ao meu encontro e me salvasse da agonia que agora eu sentia. Era horrível a sensação. Eu não sabia o que era, não sabia se era medo, se era desespero, só agonia ou se aquilo era... Amor. O tão falado e procurado amor. Eu, por ser filha de Afrodite, deveria saber o significado dessa pequena palavra. Mas não, eu não sabia ao certo o que era, pois nunca tive isso, e por ser algo completamente desconhecido por mim, – sem ser na teoria, claro. – esse tal sentimento na qual todos procuravam, eu não saberia explicar. Mas se amor for isso, toda essa agonia, o desespero e a sensação de medo, então eu me pergunto: por que as pessoas querem tanto algo que machuca a ponto de desejar a morte? Por que as pessoas rezavam tanto, pediam tanto para que a minha mãe trouxesse seus amores? As pessoas seriam mesmo burras a ponto de querer sofrer tamanha dor?

Porém agora eu entedia o sentimento ardente de Julieta por Romeu, e vice versa. Era sobrenatural, sobre-humano, paranormal. Mãe, óh mãe! Minha amada mãe, por que faz isso comigo? Me trazer de volta o amor e depois afastá-lo de mim desse jeito tão insensível? Tão amargo, violento e repentino. O que você quer com isso, mãe? Rir de mim? Ver meu desespero? Ver o quão longe eu vou com isso? Com ela? Ou quer me fazer acreditar, do jeito mais doloroso, em um sentimento que eu nem sei ao certo se existe? Pois bem, mãe, aqui estou eu ajoelhada aos teus pés rezando para ti e eu te peço, por favor, se tens algum ‘amor’ por mim, se tens algum orgulho de mim, qualquer sentimento que for, mesmo que seja mínimo, então não a deixe ir embora, eu te imploro. Caso contrário, então eu te pergunto: o que você sabe sobre o amor?

Ter o rosto de Evangeline tão perto do meu era algo tão aconchegante e ao mesmo tempo tão constrangedor. Meus olhos presos aos dela e a orbe acompanhando cada movimento que a garota fazia, por mais mínimos que fossem. Foi estranho o jeito como eu reagi, não tinha sido normal. Eu não deveria ter agido com tamanha euforia e desespero. Foi loucura. Ela deveria me achar louca. Eu não preciso dizer que ri dos meus próprios pensamentos, certo? Por que bem... Eu não sou normal. Portanto ninguém deve esperar nada de mim, e todos sabem que eu não sou do tipo de viver de expectativas. But... Eu não sei o que me deu. Logo fui puxada da minha bolha privada e levada de volta para a realidade, espantando assim todos os meus pensamentos e me deixando completamente sem reação ao sentir o toque da garota em meus braços e logo em seguida em meu rosto e finalmente fechando seus olhos. Ela estava prestes a fazer o que eu estava pensando? Ela ia mesmo fazer isso? Então sem mais nem menos as minhas perguntas foram respondidas assim que seus lábios tocaram os meus.  Então tudo foi se dissipando, meu desespero, minha euforia, meu medo e o mundo ao meu redor. Então era só eu, ela e o nosso beijo. Seus lábios doces juntos aos meus, nossas línguas movimentando-se em sincronia e os toques da ponta da mesma na minha que fazia transmitir ondas de calor por todo o meu corpo, o que me deixava completamente arrepiada.

Então o mundo ao meu redor voltou assim que seus lábios se afastaram dos meus. Eu estava em choque. Eu não fazia ideia de como eu tinha correspondido ao beijo pois minhas mãos tremiam, minhas pernas estavam bambas e meu coração só faltava pular pra fora do peito. Eu não conseguia agir, falar e nem pensar no que Evangeline falava. Eu estava em transe enquanto a sensação de nostalgia já me tomava por completo de uma forma severa. Eu queria beijá-la novamente, queria sentir aquela sensação, sentir seu toque, eu queria a minha menina em meus braços novamente. E então ela me fez acordar do meu momento nostálgico quando falou três palavrinhas, aquelas três palavrinhas que fez meu estômago revirar por causa das borboletas que voavam por lá. ‘Eu te amo’. Eu nunca imaginei que iria ouvir ela me falando tais palavras, mas ali estávamos nós duas, no meio da praia e ela havia acabado de falar as tais palavras e bem... Eu estava parada e completamente sem reação. Eu queria dizer que também a amava, queria abraçá-la e beijá-la e passar o resto dos meus dias com ela ao meu lado. O tempo poderia congelar, o mundo poderia acabar que eu não ia fazer questão. Não se ela estivesse comigo segurando a minha mão.

Respirei fundo não só uma ou duas vezes, mas sim repeti tal ato uma quantidade considerável de vezes. Eu não queria e nem podia permanecer em silencio e começava a sentir o desconforto de Evangeline quanto a isso. Então em fim abri um sorriso, o melhor sorriso que eu poderia dar enquanto o nervosismo tomava conta do meu ser. Ela estava envergonhada, eu sentia isso e dava para imaginar o quão desconfortável era aquela situação. Respirei fundo novamente, prendendo o ar em meus pulmões, contei até dez e por fim inspirei o ar. Aquilo já havia tornado um ritual para que eu me acalmasse, e até agora estava funcionando. Levei minhas mãos até o rosto da garota e ergui o mesmo para que eu pudesse olhar em seus olhos. – Primeiro, não me peça desculpas, não vejo motivos para isso. – E realmente não via, eu queria aquilo tanto quanto ela. – Segundo, não fala besteira, você queria isso tanto quanto eu. E eu gostei. – respirei fundo novamente enquanto levava uma de minhas mãos até a dela e entrelaçava nossos dedos. – E terceiro e último... – Dei uma pausa em uma tentativa falha de controlar meu nervosismo e apertava com um pouco de força a mão da garota. – Eu também amo você. – E como se fosse um band-aid minhas palavras saíram rápidas e indolores e naquele momento eu não ligava que ela visse o quão eu estava nervosa, o quão minhas mãos e pernas tremiam, o quão meu coração acelerava a cada milésimo passado. Eu não me importava com nada além de contemplar os olhos e o sorriso que brotava na boca da minha menina.

notes: beijin, rçrç. ♥    wears: depois faço. rç    tagged: Evangeline.♥
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