[RP - FECHADA] O lobo

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why the hell it means so much to me

De braço dado com Mina, passando pelos chalés, Alicia parecia voltar de onde há momentos estivera, a floresta. Estava com a sensação de que havia esquecido algo, e já que Mina queria passear pelo acampamento, conhece-lo melhor, algo que seria frutifero para as duas, aceitou de bom grado.

Enquanto caminhavam Alicia decidira contar a Mina que não recebera somente um livro velho e uma adaga de prata. Ou melhor, que esse livro velho, não era somente, um livro velho. Respirou fundo, e mantendo sua voz num tom indiferente, comentou com sua melhor amiga, sobre seus poderes supostamente mágicos, como quem comenta sobre o dia, se chove, se fica sol... E esse livro velho que te falei, ele tem uma espécie de.. feitiços, encantamentos, whatever, não sei muito bem, mas pelo visto, hey \o Sou uma.. bruxa? o.õ Sorriu ironicamente para Mina, bem rápido, voltando de novo sua atenção para o caminho. Virou à esquerda, enquanto sentia o silêncio constrangedor. Por alguma razão Mina calara, e isso realmente é raro nela.

Logo estavam adentrando na floresta, sentindo a brisa, os cheiros, bem como os diversos tons de verde que se espalhavam pela mesma. Alguma coisa atraia Alicia mais para o meio da floresta, e a garota se deixou ir, ainda que o nervoso estivesse começando a florir nela, uma sensação de recompensa a impelia a continuar. Largou o braço de Mina, e foi na frente. A amiga voltara a falar, desta vez pedindo mais detalhes sobre o livro. Completamente alheada à situação Alicia, ia respondendo Não sei, Mina. Não li direito, como falei. Parou a olhando, com seu jeito sério e bem firme Se eu soubesse teria te contado junto com a novidade do livro velho, não acha? Voltou novamente sua atenção para a caminhada. Mina sabia seu jeito, então para quê chatear? Se só contara isso, então é porque somente havia isso para ser contado, porque somente isso Alicia queria contar.

Mina estava feliz por ter conseguido arrastar Alicia do chalé sem nenhum esforço. Ela não sabia para aonde estava levando a amiga, afinal tinha pouco tempo no acampamento e passava maior parte do tempo fazendo exercícios voltado para combate, ela achava desnecessário. Mina estava enfrentando um pouco de dificuldade em fazer amizade o que não era normal para ela, já que a menina tinha facilidade para se aproximar das pessoas, mas ali, no acampamento, estava sofrendo um bloqueio sinistro, porém evitou tocar nesse assunto com Alicia. Durante o caminho Mina ia guiando as duas como se conhecesse toda a propriedade, mas não conhecia nada. Mostrava para Alicia alguns pontos que ela achava interessante, mas nenhuma conversa fixa em um único assunto.

De repente durante os assuntos aleatórios, Alicia contou a realidade sobre seu livro, presente da sua mãe. Mina parou de caminhar e franziu a testa olhando para Alicia como se ela não fosse normal. A menina começou assimilar as palavras da amiga com calma, sem se alarmar enquanto ouvia contar que o livro contia feitiços.  - Omg! Tu é bruxa? Mina abriu sua boca em um perfeito o. Alicia abriu um sorriso irônico e Mina diminuiu o olhar ficando em silêncio, não revidou ao sorriso da amiga, seu cérebro ainda estava absorvendo a informação, então, retornou ao caminho.

Adentram a floresta e Mina se perguntou em silêncio se estava tomando um rumo seguro. Agora que conhecia uma pequena parte daquele novo mundo, tudo parecia acontecer levando a situação para algo bizarro e perigoso, mas no fundo da sua cabeça, a voz do mentor soou lembrando-a que, dentro do acampamento tudo era seguro, mas Mina tinha lá suas dúvidas. Alicia retirou seu braço que envolvia o braço de Mina e se afastou, adentrando ainda mais a floresta. Mina não a acompanhou, continuou com os passos, sem pressa.  - Ei, mas como é esse livro? E os feitiços? Já experimentou algum?  Alicia respondeu irritada dizendo que não tinha lido o livro direito, mesmo assim, Mina não recuou.  - Mas... mas Alicia, como você... A amiga a interrompeu emendando sua resposta  anterior sobre o livro.  - Alicia... Suspirou enquanto resmungava.

Mina avistou uma pedra enorme e limpa, sem plantas grudadas por cima, apenas em baixo. A garota acelerou seus passos e se sentou na pedra, levou sua mão sobre uma planta que estava ao seu lado e lhe tirou uma folha. Não era uma atitude maldosa, apenas estava se distraindo. Mina sempre estava fazendo coisas aleatórias, sem sentido. Ainda fitando sua folhinha ao qual, ela estava picotando em pedacinhos, então disse:  - Será que meu arco tem algo especial? Eu deveria ter pego ele antes de sair do chalé. Mina resmungou, ela desejava que o arco estivesse com ela, assim poderia testá-lo mesmo que fosse para atirar para o alto, sem acertar pessoas ou animais.

De repente, os olhos de Alicia estava “plantado” ao lado de Mina.  - Quê? Perguntou a menina quando olhou em direção a amiga. Alicia apontou na direção para qual olhava, Mina seguiu sua indicação olhando para o lado. Seus olhos se arregalaram quando ela viu seu arco repousando sobre a pedra.  - Mas.. ma.. como? Gente... Isso é tenso.  Ela hesitou em pegar o arco. Tinha a leve sensação de que ele poderia se transformar em alguma coisa desagradável, mas aos poucos repousou sua mão sobre o seu presente e o avaliou.  -  Eu desejei ele comigo e ele brotou da pedra, sério... isso.é.muito.Perfeito. Mina pulou da pedra com o arco na mão.  - Deixa eu fazer um teste. A menina deitou o arco em suas mãos abertas e desejou que ele não estivesse ali, o arco simplesmente desapareceu. Mina estava tão absorvida com sua nova descoberta que esqueceu da amiga.  - Você viu, Alicia? O silêncio foi a resposta de Alicia. Mina virou na direção da sua amiga. - Alicia?

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Alicia parara por um momento, estava um pouco indecisa que rumo seguir. De fato para onde ela olhasse se sentia no lugar certo, no entanto nada até ao momento que fizesse ela entender esse sentimento, isso a deixava frustada '-' Alicia de fato não nascera pra ser frustrada. Não tinha a minima vocação.

Enquanto isso, como sempre, Mina voltara a falar, perdão, falar não, tagarelar, porque essa menina quando abre a boca, acha Sátiro que aguente! Entretanto enquanto ela comentava algo sobre seu arco e suas flechas brilha brilha, que com certeza deveria fazer um estrago maior que um flash de luz, algo começou a aparecer do seu lado como se.. aparatasse? Alicia parou seu olhar sobre a coisa que aparecia. Um olhar mais surpreso que receoso. Algo dourado, com uma forma de.. meia lua?! o.õ Alicia parara sua procura, e focou no coisinho que aparecia.

Mina parou seu belo discurso, enquanto perguntou o que acontecia a Alicia, a última somente olhou dela para o arco que aparecia na frente de ambas, e apontou para o mesmo. Mina pela expressão ficara tão impressionada quanto Alicia, e esta teve de admitir Tenso é pouco, Mina. Isso é.. insano D: Como se isso não bastasse Mina experimentara fazê-lo desaparecer, e para não tão surpresa das duas resultara. Alicia sorriu aquando o ataque de felicidade sincero da amiga. Era bom ter os seus ataques de volta, o seu sorriso, e até a sua tagarelice, isso permitia a Alicia pensar, mas ter alguém próximo ao mesmo tempo. Mina de fato, era uma boa amiga.

Mina ficou fitando o arco em suas mãos, quando Alicia ouviu um ruído, algures do seu lado. Intrigada, pelo fato de estarem ali por causa dela e até ao momento ter sido somente um instante de devaneio tudo que sentiu, seguiu o ruido. Entre duas árvores ao fundo, algo parecia observar ela. Seu coração acelerou. Olhou para trás, mas Mina havia ficado lá na pedra, idolatrando seu arco É, Mina.. Seu arco poderia ajudar, agora.Murmurou. Lembrou de sua adaga, ainda em sua casa, e retirou ela, a empunhando. Não se sentia preparada para lutar se esse fosse o caso, ainda assim, se fosse necessário, ela iria arriscar. Ela achava.

Receosa, ela avançou na direção das árvores, com a adaga na mão. E então? Vamos nos esconder eternamente?! Não sabia ao certo porque falara isso, talvez o melhor fosse sair dali, em direção a Mina, mas.. Nah, Alicia queria tirar esse sentimento dela. Seguiu firme até perto da primeira árvore e espreitou, nada. Olhou sobre a segunda, e nada. Frustração. Ela estava começando a ficar irritada. Lançou seu olhar algures para a frente, mas folhas, ramos, troncos, pedras e pedrinhas, era tudo que via. Grunhiu irritada, um som nao distinguivel. Virou para retornar a Mina, quando se encontrou com um lobo.

Completamente negro, com olhos azuis a fitando. Alicia parou, meio assustada, meio surpreendida. Não sentia que o lobo a fosse atacar, mas também não achara que ele confiasse nela. Lobos? Não lembro de o mentor falar sobre eles.. Tentou dar um passo, mas o lobo se manteve imovel. Certamente ela não sairia dali. Sai da frente! Disparou para o lobo, não certa de que ele a compreendesse, mas no mundo que ela agora vivia, tudo era possivel. O lobo olhou dela para a sua mão que continha a adaga, a olhando novamente. De alguma forma a adaga era um elemento a mais naquela equação. Sem muita certeza, Alicia abaixou a mão, abaixando sua defesa. Tinha certeza que o professor não iria gostar de saber..

O seu coração se mantinha acelerado, e as ideias estavam agora trocadas, de alguma forma ela não sabia o que fazer, embora no fundo de si, ela mantesse a certeza de que o lobo não a iria atacar. Fechou os olhos por breves instantes e respirou fundo. Olhou novamente para o lobo, séria, como seu costume, enquanto mostrava a ele que guardava a adaga dentro da casaca. Surpreendentemente sobre o lobo, nesse exato momento um simbolo aparecia, como que sobrevoando ele. Um símbolo que não era estranho a Alicia. Escuro, absorvendo toda a escuridão para ele, o mesmo símbolo que aparecera sobre sua mão. Hécate? O que.. O que isso quer dizer?! Deuses, porque são tão complicados..

O lobo se dirigiu a ela, e Alicia se manteve no seu lugar. Apesar de não admirar de todo a sua mãe, começava a achar que a mesma não lhe enviaria uma surpresa homicida. O lobo passou por sua perna, como que acariciando a mesma, logo sentando do seu lado, lambendo sua mão. Como que uma eletricidade, a sensação passou de sua mão para todo seu corpo, como que se entranhando nela. Algures ela sabia que esse lobo era dela, a partir daquele momento. Um presente de sua mãe. Olhou para o lobo e decidiu acariciá-lo. A sensação percorria seu corpo, e o lobo assentia aos carinhos, como se fossem a melhor sensação para ele também. Então.. sempre quis um animal de estimação, mas o lobo.. É mãe. Se superou aew..

Riu sozinha ironicamente, ate onde o arco de Mina, seria mais fascinante que esse novo presente dela? Olhou do lobo para a frente, sorrindo de canto. Saiu em passos acertivos na direção de Mina. Não precisava olhar para o lado, ou para trás, sabia que o lobo viria com ela, a partir de agora, para onde ela fosse.

Mina deu de ombros quando viu que Alicia não deu a importância que deveria pela sua descoberta. Pela primeira vez ignorou a amiga de verdade. Pequenos pássaros sobrevoavam por entre as árvores. Mina não sabia qual especie eles pertenciam. Subiu na pedra e novamente fez o arco aparecer em suas mãos. Fazendo flechas invisíveis, mirou nos passarinhos que voavam para lá e para cá. Com todo aquele movimento das aves ficaria complicado atirar no alvo, mas para Mina parecia super fácil e prático. Seus olhos conseguiam acompanhar as aves, por mais rápida que elas fossem.  Ela soltou a primeira flecha invisível. - Tá! Brincou, como se tivesse acertado o passarinho. Mina franziu o cenho, se ela realmente tivesse matado o passarinho, será que havia alguma deusa que protegesse os bichos? A garota sacudiu a cabeça com aquela ideia, não queria problemas para ela. Entretanto, Mina começou a cogitar a ideia de se oferecer como auxiliar no setor de enfermagem. Algumas vezes ela passeava por lá, havia alguns filhos de Apolo, poucos, mas o bastante para os feridos. Ser um semideus parecia atrair acidentes fatais. Novamente a menina sacudiu a cabeça. Não se imaginava ferida e no fundo sentiu uma pontada de medo. Mina olhou para o seu arco e suspirou. Estava aborrecida por não ter pego sua aljava. Mas lá no fundo sentira pena em ficar usando seu presente apenas por divertimento, sendo que havia outros arcos disponíveis para ela, porém, nada se comparava aquele arco todo dourado.

Mina piscou os olhos rapidamente, parecia que estava se situando a realidade, voltando a si, saindo da sua mente falante. Olhou para ponto onde deveria estar a sua amiga Alicia, mas não encontro ninguém.  Olhou para trás, talvez Alicia estava querendo pregar um susto nela enquanto estava distraída, mas nada.   - Okay. Primeiro, estamos no acampamento. Segundo, qual é o risco aqui dentro? Terceiro, não vou ficar louca. Ela pulou da pedra, caindo em pé perfeitamente. Mesmo o arco sem utilidade, ela não fez desaparecer. Apertava sua mão em volta do arco, como se ele fosse um bote salva vidas. Mina sabia que Alicia poderia estar bem, mas era tudo novo para ela. Sabia que dentro do acampamento estava segura, mas depois de tantas histórias contadas pelos campistas, o seu receio aumentou.  - Alicia?  Onde você está? Para de brincadeira, porque isso não é hora para isso.  Alicia? Mina deu dois passos firmes, mas por dentro estava ficando tensa. - Pelo amor dos deuses, mulher! Eu não conheço essa floresta. Eu te enganei, ok? Agora aparece. A loirinha de Apolo falava olhando para todos os lados, como se tivesse certeza de que Alicia estava escondida atrás de alguma árvore esperando para lhe dar um bote. - Meu coração é fraco. Se eu morrer por isto, eu mato você. A ameaça foi da boca pra fora.

Passos por entre as folhagem da floresta foram ouvidos por Mina. Ela estava rezando para que fosse Alicia. Andou rapidamente na direção da pedra e subiu novamente, do alto tinha uma visão melhor de quem estava se aproximando. Os cabelos negros, que batiam nos ombros, denunciou Alicia, mas antes que Mina pulasse da pedra e rumasse na direção da amiga, um animal se moveu atrás de Alicia. Mina arregalou os olhos e ficou parada. Trouxe seus olhos para Alicia. - Não quero te assustar.... Mas acho que tem um cachorro, lobo ou sei lá o que atrás de você. Com certeza as palavras de Mina assustaria qualquer um. Ela não sabia ser delicada nessas horas. A menina queria ajudar a amiga, mas seus pés ficaram presos a pedra, não por culpa da pedra. Ela estava com medo e não fez a menor questão de esconder isso de Alicia, mas se sentiu mal por não estar mexendo uma palha para ajudar a amiga. O lobo continuava na cola de Alicia. - Amiga... Choramingou.

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Alicia não sabia se rir ou fingir ficar assustada junto com a amiga para prolongar o estado de sofrimento dela. Bem que seria interessante. Parou por segundos pensando na consequencia de se juntar à brincadeira da amiga. Pelo que via Mina mantinha o arco por perto, e até onde Alicia sabia, ou melhor não sabia, o arco poderia machucar. Se ele aparecia do nada, quem garante que as setas também não?!

Olhou de Mina para o lobo, e novamente para Mina. Sentou no chão e deixou o lobo tranquilamente chegar perto e deitar do seu lado. Completamente negro, o lobo era muito mais manso do que aparentava. Os olhos de Mina se arregalavam a cada passo que o lobo dava para perto de Alicia, e a última só fazia sorrir, de canto. Não negava o quão engraçado era ver Mina, naquele estado de choraminguice. Passou sua mão pela cabeça do lobo, o acariciando, falando tranquilamente para a amiga Preciso de dar um nome a ele.. Estou indecisa entre Attus e .. Hum, Lutsy.. O que acha?

Os olhos de Alicia percorriam todo o rosto de Mina. Desde o medo, ao espanto, à confusão e finalmente aceitação e compreensão da situação. Uma gargalhada saiu da boca de Alicia, simples, leve, sincera. Mina era a peça do puzzle, o caco para rir. Ai Mina.. Sinceramente, primeira gargalhada boa que dou em tempos.. Ai ai.. Olhou novamente para o lobo, já se afeiçoando ao bicho. Sorriu de leve para ele, enquanto esperava Mina ter coragem para descer da mini pedra, e vir para perto dela e de seu, mais novo, amigo.

Bora Mina, vem para perto. Ele é legal.. Com quem eu quiser, claro! Rolou os olhos como se fosse óbvio que o animal sempre seria agressivo com quem ela quisesse. E aí? Que nome? Mina continuava congelada, e Alicia acabou virando suas atenções para o animal. Certamente logo logo Mina faria perguntas sobre como o lobo aparecera e de repente era dela, mas Alicia estava mais focada no animal, apreciando o presente decente de sua mãe.

O lobo continuava atrás de Alicia, mas o engraçado era que ele não fazia nada. Ficou paradinho, como se estivesse esperando algum sinal. Mina não confiou em si mesmo. Nunca tinha chegado tão perto de um lobo, então, permanecer em cima da pedra parecia uma ótima escolha. Ela diminuiu o olhar avaliando a situação. Alicia sentou no chão tranquilamente, como se o fato de ter um lobo perto dela fosse nada. O lobo se aproximou dela e Mina deu passo a frente, quase se desequilibrando, porém o animal não atacou, deitou-se ao lado da menina, como se fosse domestico. Alicia perguntou a ela qual nome daria ao animal, dando lhe escolhas de nomes.  - Você encontrou esse bicho por aí e está querendo dar nome para ele? Tenha um pingo de juízo, Alicia. Recriminou Mina, mostrando uma postura madura, na verdade, tentando. Vendo que a amiga estava se divertindo com a situação, ela sentou na pedra, não iria correr o risco de descer e ser atacada. Se Alicia gostava de loucuras que guardasse os perigos para ela. - Attus lembra Atum. ‘-’ Lusty é estranho. Murmurou.

- Ainda acho loucura isso. Resmungou mais uma vez. Mina parecia emburrada, talvez pelo fato de não ter encontrado o bicho junto com a amiga, mas no fundo ela sabia que era besteira, não havia motivo para ficar chateada. Alicia a chamou para perto do lobo e novamente perguntou sobre a escolha do nome.  - Não sei... Não confio nesse bicho.  Hrum.. Prefiro Atum, é mais a cara dele. Ironizou.

Mina escorregou da pedra e fez o arco prateado desaparecer.  - Se ele me atacar... Se eu me machucar... Mato você. Disse em tom de deboche. Nunca pensou em ferir a amiga e nem se imaginava em uma situação dessa. Alicia era como se fosse uma irmã que nunca tivera. Desconfiada, se aproximou do animal.  - Até que ele é simpático, mas só de  perto. Onde encontrou o Atum? Acho estranho animais perdidos dentro do acampamento. Coçou a testa confusa. Sentou de frente para Alicia, mas de vezes em quanto seus olhos miravam o lobo.  - Alicia... Hoje tem festa de aniversário, depois do jantar... Acho estranho, já que, hoje sexta e tem aquela brincadeira maluca de caçar bandeira, morro de medo desse lance, mas enfim, você irá? Mina falava com Alicia, mas os olhos pressos ao Attus.

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Como Alicia esperava, entre o medo e a tagarelice, o fato de do nada Alicia querer adotar um lobo não passara despercebido para Mina. Enquanto olhava do lobo para Mina, Alicia não sabia exatamente como se sentir, como se expressar em relação a isso. Uma careta se fez em seu rosto. Não gostava quando não sabia se definir, e muito menos quando não conseguia disfarçar isso Er.. Presente de mãe?! De Hécate?!.. Sei lá como dizer Mina.. Rolou os olhos, mais frustrada consigo mesma do que com a amiga O mesmo simbolo que apareceu sobre mim, apareceu sobre ele, e .. Não acho que ele queira me atacar ou.. Olhou novamente para o lobo que parecia descansar, perfeitamente sossegado, perto dela. ...fazer algum mal a mim.

Respirou fundo e olhou para Mina, meio receosa, não queria muito falar do assunto, até porque não sabia o que falar sobre isso. Mexeu em seu cabelo e percebeu que a amiga já estava murmurando algo sobre os nomes, ainda permanecendo em sua pedra. Riu da situação, bem na hora que a amiga reclamava sobre não gostar do que estava acontecendo Não é tão ruim assim Ainda meio emburrada, Mina ironizou sobre as alternativas de nomes que Alicia dera pra ela. Escutou o que a garota falara e olhou para o lobo Cara de atum?! Han?!

Enquanto Alicia parava para tentar entender onde Mina encontrara a semelhança entre Attus e Atum, porque de fato a garota não via qualquer semelhança, Mina já estava perto dela, resmungando algo como Attus ser simpático, mas só de perto. Alicia riu. Acho que muita gente vai achar ele simpático, porém, bem de longe. Atenta às expressões meio de medo, meio de curiosidade pelo bicho, por parte da amiga, foi respondendo às duvidas da mesma Eu estava querendo vir para cá, acho que no fundo não era você que estava me guiando para cá, mas o oposto e.e' Dito isto, começou a fechar sua casaca, um friozinho entrava por ela. Enquanto você tagarelava sobre seu arco, bem legal por sinal u.u , acrescentou Alicia, admitindo o que a amiga tanto queria ouvir -q ...eu escutei um barulho para lá. apontou com sua mão, meio descontraida, tratando de ajeitar a casaca, olhando de novo para Mina. Aí fui ver o que era e encontrei Attus. E aconteceu todo o negócio do simbolo que já comentei. Torceu mais uma vez sua boca ao falar sobre isso. Mina coçava a testa confusa, com toda a história. Logo a moça sentou de frente para Alicia, meio que de minuto a minuto atentando em Attus, para ter certeza que o mesmo não a atacava. Alicia sorriu de canto, no fundo era engraçado essa nova ligação entre Mina e Attus. Voltando a colocar a mão sobre Attus, acariciando o último, olhou a amiga enquanto ela comentava sobre uma festa e aniversário. Hoje não vai ter a caça à bandeira? Hum.. Não tenho medo, mas me agonia esse povo .-. Lerdos. Levantou seu cenho, quando a palavra escapou de sua boca. Olhou Mina e riu, desvalorizando a situação. Se você for, vou sim. Porque não? Levantou do chão, estendendo a mão para Mina, ajudando-a a levantar. A que horas e onde? o.õ

Mina prestou atenção durante toda explicação da amiga. Ela não estava disposta a perder nenhum parte da história. Toda aquela coisa de deuses era surreal, mas para elas, isso estava se transformando em algo normal. Mina suspirou e ajudou a amiga se levantar. Por um momento pensou se algum dia veria Apollo. Mesmo a ideia sendo louca, ela tinha esperança. Parecia que ela era uma das únicas do acampamento que tinha bastante que aprender sobre a história dos deuses. Um livro contendo todas as histórias importantes seria legal, pensou ela.  Mina percebeu que estava em silêncio e sacudiu voltando a atenção a Alicia.  - Horas o que? Ah.. Tá, a festa. Hum... No chalé de Dionísio. Nem conheço os meninos, mas saíram convidando todo mundo no acampamento. Olhou de relance para o lobo quase fazendo uma careta.

As meninas começaram a caminhar rumo a saída da floresta.  - Na verdade, nem sei... se é hoje mesmo. Seria estranho, não acha? Encarou Alicia. - Hoje tem caça a bandeira, não há condições... Talvez seja na próxima sexta. G.G Precisamos ver isso. Pulou em cima de uma pedra e depois para o chão voltando a andar ao lado de Alicia, ignorando o lobo.