[RP] Daredevil and Toph?
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[RP] Daredevil and Toph?
Daredevil and Toph?
RP FECHADA
A rp se passa na Arena, entre Genevieve L. Scarlett e Tristan Sadler, esta RP é um flashback de quando ambos se conheceram, no dia 13 de julho de 2015.
P. Flintstones.
Genevieve L. Scarlett- Filhos de Tmolo
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Meio dia e vinte e cinco • Arena • Tristan • number one
Prólogo
O céu era azul, a grama verde, o sol amarelo. Ela sabia as cores de tudo, outrora as tinha visto, num tempo onde monstros nunca passavam por sua mente. As cores perderam seu tom e beleza, tudo se tornou um borrão disforme antes de mergulhar na imensidão negra que agora via. Seus olhos eram inúteis, apenas seus outros sentidos funcionavam corretamente. Por sorte do destino, a garota era filha de Tmolo, o qual passava a seus descendentes uma habilidade única; ela via, mas não da mesma forma que os demais.
Seu contato com o solo passou a ser seu cão-guia, sapatos não lhe eram mais opções; o céu e o mar agora eram grandes estorvos. Talvez ela enxergasse melhor que qualquer ser daquele acampamento, afinal podia sentir/ver o que os demais não podiam, tal como uma fileira de formigas passando entre a raiz de uma árvore, ou mesmo alguém que tão silencioso quanto um ninja, quem sabe. A cegueira firmou-se um pouco depois da guerra de 2012 iniciar-se, o que para uns seria o fim, para ela foi o começo.
Chapter One
Era tudo provisório, diziam vários dos campistas os quais pela voz ela conseguia reconhecer; algumas vozes lhe eram estranhas, ela atribuiu-as aos novatos, os romanos. Antes acharia a idéia de gregos e romanos juntos algo impensado, para não dizer insensato. Eram opostos, com uma cultura similar, mas opostos. No entanto, inimigos com um rival em comum acabam juntando-se, e foi o que ocorreu.
As provisões do lugar não eram muito boas, não possuía seu chalé, tampouco aquela sensação de lar e proteção. Estavam na Grécia agora e a única coisa que ela pensava era que possivelmente uma bomba seria jogada em sua cabeça e a garota viraria um monte de carne espalhada pelo acampamento improvisado, esperava pelo menos que alguém gritasse “bomba” antes de ser explodida. Naquelas circunstancias de perigo a única coisa que pensou em fazer fora ir para a arena treinar. Não que ela fosse como aqueles filhos de Ares obcecados, no entanto sabia o quão importante era não ficar com um físico de minhoca quando se pode ser atacado do nada.
Esticou as duas mãos e seu par de martelos voaram até elas, gostava daquilo, sentia-se como um Thor chamando a Mjölnir e sua gêmea. A ruiva virou-se e então pôs-se a caminhar em direção à arena, não estava com o ‘uniforme’ do acampamento, mesmo porque quem lhe vestia eram suas irmãs, e elas gostavam de “pregar peças” em Genevieve nesse sentido, por este motivo ela estava com um short jeans e uma blusa preta e branca da pequena sereia. Como de costume ela estava descalça, mas já havia se habituado tanto à isso que poderia até mesmo caminhar sobre asfalto quente que não se incomodaria.
Assim que chegou à arena alguém a chamou atenção. As vibrações da terra a faziam ‘enxergar’, por este motivo parou para “assistir” a pessoa que ali estava. A pessoa não parecia lá muito boa no que fazia. Errava os ataques, e ficava muito irritado a cada erro. Um novato, talvez. Ela sorriu com isso. Aproximou-se uns dois passos, e no seguinte erro cometido pela pessoa, a ruiva lançou o martelo de suas mãos em direção ao autômato que circundava o novato com ataques de sua espada de madeira. A arma da garota acertou em cheio a cabeça do “robô”, arrancando-a e fazendo com que ele caísse espatifado no chão. Ela sorriu enquanto o martelo retornava à sua mão direita como um boomerangue.
— E é assim que se acerta um alvo. — Disse ela enquanto soprava o martelo como bandidos faziam no velho oeste depois de dar um tiro com sua arma.
Agora, ou a pessoa ficaria surpresa, ou chocada, ou com raiva por ter perdido por uma garota cega. Fosse o que fosse, a ruiva ainda manteria o seu sorriso triunfante na face.
Genevieve enxerga por um “senso sísmico”, ou seja: exemplo e exmplo
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— walk,
A million miles away Your signal in the distance To whom it may concern I think I lost my way Getting good at starting over Every time that I return I'm learning to walk again I believe I've waited long enough Where do I begin? I'm learning to talk again Can't you see I've waited long enough Where do I begin? Do you remember the days We built these paper mountains And sat and watched them burn I think I found my place Can't you feel it growing stronger Little conquerors...
Fazer o que é auto-proposto é totalmente diferente de simplesmente falar que vai fazer. Posso sentir na pele quando, por exemplo, o autômato me acerta no braço, no ombro, na barriga ou nas costas; dói, bastante, mas eu tenho de persistir. Eu aceitei a chance que me foi dada, não foi? Se Iustitia, ou Nêmesis, como é conhecida pelos gregos, ou mãe, como era para ser conhecida por mim, me deu uma chance e eu a aceitei, eu não devo fazer pouco caso. Aliás, não que eu não deva fazer pouco caso, mas mais porque eu mesmo não quero fazer pouco caso disso tudo.
Eu tenho de retornar o favor. E a única forma que consigo enxergar, para fazer isto, é me tornando novamente um guerreiro (e vamos utilizar o "enxergar" de forma conotativa, por favor).
Enquanto desvio de um dos golpes do autômato, estou pensando na situação atual dos poucos refugiados romanos. Eles foram criados à ferro e fogo, e não estou desmerecendo os gregos, mas nós somos acostumados a uma doutrina bem rígida. Não sei como é esse novo lugar onde estamos - Pireus, na Grécia. Nunca vim aqui enquanto era normal, então não tenho a mínima ideia de como o lugar é. Só sei que o céu deve ser azul. Ou será que tiraram isso de nós, também?
A verdade é que eu tomei mais uma porrada no ombro, e estou começando a ficar puto. Gostaria de poder socar esse robô de bronze até que as minhas mãos sangrassem, mas: a) eu é quem sairia perdendo e b) eu estaria voltando ao meu antigo eu, e isso é algo que não posso admitir. Eu tenho de ser o meu eu novo. Então eu me afasto o máximo que posso, respiro profundamente por um tempo, para recuperar a calma, e estou pronto para voltar ao treino quando escuto um assobio. É algo sendo lançado e, provavelmente, algo pesado pelo som que faz quando bate no autômato contra qual eu lutava. E eu escuto o escárnio da pessoa que o acertou.
“E é assim que se acerta um alvo.” diz-me uma voz feminina, que vem de perto de mim. Posso escutar que ela assopra o que quer que tenha jogado no autômato. Um machado, talvez. Mas como ele teria voltado para ela?
Tento conter a resposta que me vem à cabeça, mas ainda não estou tão bem treinado. Falo, respondendo com quantidade de escárnio igual, ou maior.
“Talvez você possa me ajudar no banheiro, também.” digo, virando-me em sua direção, pondo a espada de madeira para baixo. “Sabe, ter alguém pra segurar deve me ajudar a mirar melhor.”
E, bem, aí está ele: o meu "eu" antigo. E eu me arrependo do que acabei de dizer, então acrescento:
“Err... perdão.” digo, desculpando-me embora eu não esteja assim tão arrependido. De qualquer forma, também não posso sair cabisbaixo. “Aliás, o que você está fazendo aqui? É o dia de zoar do cego?”
Não que a Arena seja minha; muito pelo contrário. Mas é só algo que tenho de dizer para não deixar a ofensa passar em branco. Olho, ou ao menos tento olhar para a garota. Não sei, no entanto, se meus olhos estão mirando a parede, no caso dela ser baixa, ou o seu rosto, caso ela seja bastante alta.
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log: #1 nº of words: 549. tags: Toph Genevieve notes: ousado eu, só não corte meu amigo, obg. this template was made by [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] at [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link].
Tristan Sadler- Filhos de Nêmesis
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Meio dia e vinte e cinco • Arena • Tristan • number one
Chapter Two
Genevive nunca entendeu muito bem o senso de humor dos romanos, se é que eles possuíam algum. Ela conhecia todos os gregos do acampamento, até mesmo os novatos, afinal, vagar por aquele local dia a pós dia sem poder sair do acampamento por conta de sua “deficiência”, no fim lhe trouxe coisas boas, como conhecer a todos e cada canto do que um dia fora o Acampamento Meio-Sangue. Ela não conhecia aquele novo local direito e nem todas as pessoas que ali estavam, mas sua memória era boa o suficiente para não esquecer as vozes que já ouvira na vida, a daquele garoto à sua frente não estava naquela lista, logo era romano. O pouco tempo que conviveu com os “parentes raivosos” pareceu-lhe que o humor deles se resumia a ver pessoas errando em treinamentos, entretanto ali estava um romano com um senso de humor – irritadiço, de fato – diferente, ou pelo menos não tão igual.
Havia outras poucas pessoas na arena, mas elas se dispersavam rapidamente indo para outras atividades onde seus dons pareciam ser mais úteis, como nas enfermarias, de modo que a semi-deusa sabia que logo apenas os dois permaneceriam ali. Ou talvez ele fosse embora mais cedo. Quem sabe não era o típico romano orgulhoso?
Deixou que os dois martelos caíssem ao chão, os quais ao fazerem provocaram um barulho ou pouco alto. Ela ouvira tudo que ele havia dito, sem o cortar ou fazer qualquer comentário até então. Antes de ele dizer algo a menina não sabia que era “ele”, mas depois que o garoto abriu a boca ficou bem claro que tratava-se de um rapaz, e não dos mais educados, diga-se de passagem. Mas, afinal, existiam semi-deuses educados? Ela duvidava. Seus olhos cegos fitavam o ponto de onde vinha a voz, e aonde ela o sentia estar. À vista de um terceiro os dois seriam pessoas estranhas conversando, sem dúvida.
A filha de Tmolo levou a mão no queixo e então, finalmente, falou:
— Nessa idade e ainda não aprendeu a ir no banheiro? Tsc. Mamãe não ensinou, foi? — Ela riu em seguida, não uma risada de deboche, apenas uma risada. Como dito, não eram muitos romanos que tinham paciência ou humor para as coisas que ela falava, mas Genevieve era cega, logo eles não chegavam a retrucar de forma brutal. Pelo menos uma coisa boa havia nisso.
Um de seus martelos voou de volta à sua mão enquanto ela apoiava o cotovelo esquerdo no que estava ao chão. O martelo que retornara era jogado para o alto e pego de volta calmamente, como se não pesasse nada, ou como se não passasse de um graveto ou um bastão de cheerleaders.
— Primeiro: a arena é pública. Poderia estar aqui comendo um burrito se eu quisesse e ainda assim não lhe deveria satisfação. — A garota parou de falar ao mesmo tempo que parou de lançar o martelo para o alto. Ela esticou a mão fazendo com que a arma segurada ficasse reta, a poucos centímetros do rapaz. Sua voz não possuía qualquer sinal de humor quando ela voltou a falar. — Segundo: brincadeiras sobre cegos não tem mais graça, então acho melhor você parar, garoto. Ruivas normalmente não possuem muita paciência.
Ela já havia ouvido tanta gracinha e caído em tanta brincadeira de romanos (sem contar a de gregos quando ainda era uma novata) que chegava um momento que todas se tornavam tão entediante que começavam a dar raiva.
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Da forma como eu estava, o máximo que poderia fazer para inspirar algum respeito, por mínimo que fosse, seria mantendo a postura ereta, segurando a espada de madeira contra o chão, e olhando-a nos olhos. Mas não posso realizar a última proeza, então tenho de ficar contente de poder realizar as duas primeiras sem muitos problemas. Como todos sabem, os romanos são bem conhecidos por suas condutas rígidas, e eu, como um bom samaritano, sempre as segui - ao menos na frente de supervisores e afins. No momento, sigo a conduta pois quero manter um certo nível de orgulho perante alguém desconhecido, que já chegara ao local tirando sarro de mim. A culpa não é minha se, naquele infame dia, o fogo grego estava tão voraz por olhos.
Sei que, pelos sons que ouço, há outras pessoas além de nós treinando na Arena. Não sei se elas vão ir embora logo, ou se vão ficar ali, olhando para o jovem alto e cego, discutindo com alguém que, com toda a certeza, poderia acabar com ele em alguns instantes. Mas, bem, seja grega ou seja romana, a pessoa é uma menina. E eu não consigo evitar que o sangue suba ao meu rosto, fazendo-me corar, após a ressalva dela. Bem, isso sim é idiota. Ao menos a risada dela parecera verdadeira - mesmo que fosse às minhas custas.
Pensei em refutar, mas acabei ficando calado. Um, dois, três, quatro... repetir os números de um a dez, como um mantra, tornou-se hábito para mim. Para evitar que eu tomasse mão de medidas idiotas e das quais provavelmente me arrependeria logo depois, como partir em uma briga desprovida de sentido. Ou para evitar que eu me deixasse levar por zoações alheias, como a que me fora dirigida por ela. Talvez eu devesse ter feito a contagem antes de tê-la respondido. Talvez não.
Agora que eu não tinha de ficar preocupado com os golpes do autômato, podia me concentrar para saber o que estava acontecendo. Já foi dito que, quando o corpo perde um dos sentidos, ele amplifica todos os outros para suprir a falta do perdido. No meu caso, pode-se dizer que a audição e o olfato tenham sido amplificados significativamente, embora eu ainda não tenha treinado o suficiente para utilizar a audição como forma de reação. Os sons ainda me confundem bastante, e num local como este, onde há espadas retinindo contra escudos etc e tal, a concentração se torna mais difícil. Ainda mais quando eu comecei esse novo treino, digamos, há algumas horas.
E foi por este motivo - por estar sem a preocupação de ser atingido pelo robô - que eu pude escutar o som de algo irrompendo o vento; algo pesado. Não um machado, mas talvez um martelo. Dos grandes. Isso não só pelo som que produzira ao ser movido, mas também por quando ele caiu no chão. Intencionalmente ou não. E não o martelo, e sim os martelos. Prestando atenção, ficava bem melhor para se perceber as coisas. Eu me peguei respondendo antes mesmo dela terminar a sentença sobre a arena ser livre:
“Mas ainda sim, isso não é motivo para...” comecei a dizer, mas parei ao ouvir seu tom de voz diferente, desprovido da ironia com que viera carregado antes. “Olha, eu sinceramente não estou entendendo (não mesmo), mas eu também não acho isso engraçado. Me zoar é uma coisa, mas eu não pedi para ser acertado naquele dia, e logo nos olhos, e tampouco pedi para me tornar um filho da puta depressivo por alguns anos, e...” e então eu calei a boca.
Porque algo me vem a cabeça. E eu não posso conter a minha surpresa. A minha mais verdadeira surpresa, pois a possibilidade parecia tão ínfima, quase até mesmo vulgar, de ter alguém como eu nesse lugar, que eu não acreditei no primeiro segundo. Quando falo, minha voz não tem nem ironia nem a raiva passageira que senti há segundos atrás, mas sim um tom carregado de sinceridade.
“Eu não posso acreditar.” que você é cega também, é o que fica entalado na garganta. Porque tudo isso é muito abrupto, e eu nem mesmo sabia que ela era ruiva - eu sempre fui louco, ou ao menos beirava ao loucura, perto delas. Mas não hoje. Hoje estou propenso a me surpreender. “Você também...” e eu deixo por isso mesmo, mais por incapacidade de falar do que para deixá-la com mais raiva. Não quero deixá-la com raiva, mas tampouco quero que ela continue achando que sou EU quem estou tirando sarro com ela. Se eu a enxergasse, e quisesse fazer isso com ela, eu diria dia da cega, e não do cego, não?
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Chapter Three
Desejou poder enxergar naquele momento, assim veria a expressão que estampava o rosto do garoto à sua frente. Não que ela não pudesse perceber as emoções alheias através da voz destes, porém sentia falta das expressões na face dos outros, era uma das coisas que a fazia ficar brava por não enxergar. Deixou esse pensamento de lado, do que adiantaria reclamar sobre isso ou mesmo ficar aborrecida com tal fato? Nada. Os deuses não eram bons o suficiente para que um deles lhe devolvesse a visão, nem mesmo seu pai. Tmolo não era um dos mais presentes pais, nem mesmo aos padrões divinos. Ele era tão ausente quanto era ausente no “plano acima”. Não podia esperar qualquer coisa vinda dele.
E ali estava ela novamente, reclamando internamente sobre seu pai medíocre. Apesar dos pesares ela às vezes agradecia por ser filha dele e não de Zeus, por exemplo. Imagine uma cega tendo que voar? A menos que ela tivesse um dom como os dos morcegos Genevieve não achava que isso funcionaria muito bem. Apesar disso lembrava-se de quando era mais nova e admirava os pássaros por serem livres e poderem voar para qual lado desejassem, agora era presa... A si mesma. “Deixe disso, Genevieve.”, repreendeu-se.
Sua mente focava-se ora no bater das asas de um passarinho ali perto e seu cantar, ora nas palavras do rapaz que pareciam não ter fim em meio ao seu tom surpreso, não mais tão hostil quanto anteriormente. A ruiva abaixou a arma que segurava, deixando-a a cair também. Será que ela estava entendendo? Quer dizer, isso era possível? Os deuses não deveriam gostar muito dos dois, ou quem sabe queriam equilibrar o lado grego e romano? Era tudo muito sem sentido e estranho de mais, quase improvável. A ruiva coçou a cabeça em dúvida sobre o que acreditar enquanto virava a cabeça achando que provavelmente estaria em uma piada de mal gosto de alguém; mas, aparentemente nenhuma outra pessoa parecia os dar qualquer atenção.
— Espera... Você é realmente cego, garoto? — A pergunta foi feita carregada de curiosidade e até mesmo descrença em sua voz.
Se ele realmente era igual a ela isso mudaria alguma coisa? Quer dizer, talvez alguém entendesse como ela se sentia no meio de todas aquelas pessoas. Ou talvez fosse totalmente o contrário. Genvieve não sabia da história dele, ele não sabia a dela, poderiam ter idéias totalmente contrárias sobre aquela doença. Pelo visto a cegueira do rapaz era recente, ou vai ver ele nunca realmente havia tentado fazer algo por se achar incapaz, já que seu treino não era dos melhores.
A cegueira de Genevieve havia sido progressiva, foi piorando ao decorrer dos anos, e durante a guerra se intensificou de certa forma que ela achou com toda a certeza que Gaia deveria estar por trás disso. O pior da guerra? Sem dúvida foi ela não poder ajudar em absolutamente nada! Terra era o elemento da filha de Tmolo, terra era o elemento de Gaia. Como combater uma deusa com o dom similar ao seu? Não há como. Foi o pior momento da ruiva. Naquela época ela realmente se sentiu uma inútil. Queria fazer mil perguntas ao garoto, principalmente em relação à guerra do lado romano, já que era como se ele fosse sua versão masculina no acampamento romano, entretanto conteve-se pressionando os lábios enquanto esperava uma resposta ou qualquer reação dele.
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Vou reforçar minha nota mental de nunca subestimar o destino. Primeiro, tirar-me meu maior dom, pelo qual tanto eu quanto meu pai costumávamos nos vangloriar - ele em suas caçadas pelas florestas irlandesas, eu nos treinos e batalhas dos quais participava. Segundo, encontrar uma pessoa de condição parecida com a minha naquele local... o que parecia deveras impensável tinha tornado-se realidade. Uma cruel realidade, mas não menos verdadeira.
“É claro sim. Eu não brincaria com uma coisa dessas.” respondi-a, pensativo, enquanto me afasto um pouquinho. Não quero ficar ali, em pé, conversando daquela forma. Parece que temos um assunto em comum, do qual ambos queremos falar. Ou pode ser que somente eu queira. Sei lá. “Você não quer se sentar um pouquinho? Eu ainda não estou acostumado a receber toda essa atenção.”
E a "toda essa atenção", refiro-me às pessoas que também estão na arena, provavelmente olhando para nós. O burburinho de vozes é incessante, ao menos para os meus ouvidos. As pessoas sabem ser bem más quando querem ser, porém creio que isso é algo a que nós, deficientes de algum nível, temos de nos acostumar. Outra nota mental: aprimorar minha capacidade de focar e desfocar das coisas, ou eu vou acabar ficando louco. Faz uma semana desde que comecei a treinar (ao menos a minha condição física; contra autômatos, eu só apanhava, em por enquanto), então não estou acostumado a todos esses sons. É claro que nas Enfermarias haviam sons, mas havia algo parecido com a Névoa que cobrira nosso acampamento aquele dia, que tornara a minha vida, nos últimos tempos, quase uma subsistência do meu ser; algo como um estado vegetativo pós-choque. Presumo que se ela pôde acertar o autômato, e derrotá-lo com tal rapidez, sendo cega, não seria um problema para ela me seguir. Contanto que ela quisesse me seguir. Quando sento-me na arquibancada provisória, espero que ela esteja me seguindo. Mesmo.
“Sabe, eu não costumava ser tão ruim assim.” começo a dizer, que ela esteja perto de mim, quer ela ainda esteja onde estávamos. “Eu costumava ser um dos melhores da minha Coorte. Estou bastante enferrujado, já que não luto desde... aquilo.”
Então eu paro de falar por um tempo, meio desconfortável, até que mudo o rumo da conversa. Confio que ela estará tão intrigada quanto eu: no meu caso, eu quanto a história dela; no caso dela, ela intrigada quanto à minha.
“Mas, olha, se você é cega... como você acertou aquele autômato com tanta facilidade? Você se guia pelos sons?” perguntei, genuinamente curioso.
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