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Treinos - Nikolai Vrónski

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Mensagem por Nikolai Vrónski Dom Abr 14, 2013 8:14 pm




This pain is just too real
Your face it haunts my once pleasant dreams



There's just too much that time cannot erase…

Pensamentos nostálgicos invadem minha mente. Não tento impedi-los de me fazer sentir. Deixo minha mente vagar pelos diferentes tempos e lugares, permitindo-me lembrar de acontecimentos vivenciados por mim quando minha vida ainda era aparentemente normal. Os poucos amigos que tive, meu meio-irmão Dimitri, minha mãe, meus locais favoritos... As cenas em minha cabeça são como um filme. Se eu não estivesse seguro, dentro no Chalé XIII do Acampamento Meio-Sangue, diria que estou tendo aquela experiência de quase-morte onde as pessoas dizem assistir todos os momentos vivendo como se estivessem em um cinema. Mas sei que não se trata disso. Trata-se apenas do poder que velhas músicas têm de trazer lembranças que, às vezes, tentamos esquecer.

Fecho os olhos, deixando a música se misturar aos pensamentos. My Immortal de Evanescence é simplesmente uma narração de parte da minha história. Não estou dizendo que Amy Lee escreveu a música para mim ou pensando em mim, nada disso. Mas, de alguma forma, sinto a sincronização perfeita entre vida e música, música e alma. Penso no meu primeiro contato com o mundo mitológico, na minha chegada ao acampamento e na minha reclamação. Acontecimentos tão recentes que aparentam ter ficado num passado distante. Fiz muitos planos antes de me juntar aos semideuses gregos, mas ainda não coloquei nenhum em prática. O que me faz lembrar que preciso treinar hoje, buscar força para algo maior num futuro próximo.

Calmamente, abro os olhos e me levanto. Desligo a música antes que chegue à parte que mais gosto e, automaticamente, meus devaneios são interrompidos. Olho para o relógio e chego à conclusão de que dormi mais do que devia. Vou até a parte do chalé em que os meus pertences ficam e retiro de lá minha Espada Demoníaca de Aço Estígio, prendendo-a em um suporte na minha cintura que está na calça jeans que estou vestindo. Olho-me no espelho, checando se minha camiseta preta está devidamente arrumada e passo os dedos no cabelo numa tentativa falhar de deixá-los melhores. Dou de ombros então saio do meu chalé para ir à área de treinamento.

Ando vagarosamente, aproveitando a noite. Fito o céu negro, sem estrelas aparentes e com a lua em sua fase escura. Respiro o ar noturno, sentindo-me excitadamente energético. Não é segredo que prefiro a noite ao dia. É por isso que durmo mais durante o dia e aproveito a noite pra fazer meus afazeres no Acampamento Meio-Sangue. Não que eu seja um ser sombrio ou uma espécie de anjo da noite, nada disso. Só que é durante a noite, durante a hora das sombras, que minhas forças são revigoradas e minha energia restaurada. Posso andar durante o dia como quase todas as criaturas existentes, mas durante a noite o meu poder é maior e isso faz com que eu me sinta mais confiante e seguro.

Depois de uma boa caminhada, chego à Arena. O local reservado para nós, semideus, treinarem suas habilidades tanto com armas quanto as especiais - herdadas do descendente divino. Apesar de vir sempre aqui, nunca deixo de me surpreender com o local. O espaço de treino não é só enorme como também totalmente equipado por instrumentos que auxiliam nos treinos. Não dou muita importância ao cenário. Estando de noite, pra mim está perfeito. Respiro fundo, pensando no que treinarei. Então escolho o óbvio: espada e habilidades herdadas.

Caminho até o centro. Preparo alguns bonecos para treinar esgrima e então empunho minha espada com a mão esquerda. Desfiro alguns golpes no boneco. Acerto-o no lado esquerdo, no direito e finco a espada. Repito a sequência algumas vezes e depois muito o jeito de atacar o boneco. Giro para a direita, acertando-o no lado esquerdo; volto girando para a esquerda, acertando-o no lado direito. Repito a sequência e depois volto para a sequência um. Passo alguns minutos alternando entre a primeira e a segunda sequência. Cansado da monotonia de tal treino, resolvo treinar apenas mais um pouco com os bonecos e partir para algo mais interessante.

Afasto-me do boneco principal e preparo para correr. Estando a uma distância considerável, começo a correr e quando estou próximo do boneco eu salto, desferindo um golpe num ângulo reto de cima para baixo - golpe semelhante ao de um madeireiro quando corta uma tora de uma árvore. O boneco é partido ao meio, confesso que apreciei o som da minha espada cortando o boneco e imaginei o som que seria se no lugar do boneco fosse carne. Sorrio maliciosamente e então ando até outro boneco, para tentar outro golpe.

Esquerda, direita, finca, esquerda, direita... Dessa vez mudo a sequência. Finjo que fincarei a espada e no último instante a levanto, desferindo um golpe de 90° graus de baixo para cima. Um enorme corte fica, onde supostamente, seria do umbigo a um local próximo do peito de um humano. Sorrio satisfeito com o êxito dos golpes. Sentindo-me entediado e nem um pouco cansado, decido tornar o treino da noite mais excitante e perigoso. Respiro fundo e caminho lentamente até uma jaula que fica ao lado contrário do que eu estava.

Ao chegar perto da jaula, espio o que há dentro e sorrio maliciosamente. A criatura presa ali dentro com certeza deixará o meu treino mais interessante. Sem hesitar, levanto a espada e quebro o cadeado, abrindo a parte da jaula para a fera sair. Antes de ser atacado, corro até onde eu estava antes e chamo a atenção do monstro para começar o combate. Entro no modo combate e preparo-me para o treino, ou melhor, para a luta.

Antes que eu tenha mais tempo para pensar como derrotarei o monstro sem fazê-lo explodir, o Cão Infernal salta na minha direção com uma fúria intensa. Velhos seus olhos da cor de rubi brilhar e baba escorrer pelo canto da boca. Se eu pudesse ler a mente do cão, com certeza ele estaria pensando algo como “vou acabar com você pra me vingar dos malditos que me prenderam aqui”. Preparo-me para desferir algum golpe no cão, mas ele é mais rápido e pula em cima de mim jogando-me no chão.

Fico embaixo das patas dianteiras da fera e vejo seus enormes dentes se aproximarem do meu rosto para me morder. Tento empurrá-lo, mas não consigo devido à força dele. Não demonstro medo, mas fico apreensivo em relação às presas do cão. A fera levanta uma das patas e me acerta no peito com suas garras, rasgando a minha camisa e minha pele, deixando um líquido vermelho -meu sangue - escorrer. O ataque do monstro faz com que eu me desperte e então fico enfurecido. Concentro-me no chão em que estou deitado e respiro fundo. Faço algumas pedras subirem e acertarem o rosto do cão. Ele choraminga e recua, permitindo-me sentir suas patas relaxarem um pouco sobre mim. Aproveitando a distração e reúno forças suficientes para empurrar o maldito animal.

Após conseguir sair debaixo do cão, coloco-me de pé rapidamente e pego minha espada com a mão direita para desferir alguns golpes que treinei mais cedo. Com a espada, ferir as patas do monstro, mas ele é muito rápido e se esquiva do meu ataque. Tento fazer o chão tremer, na tentativa de desestabilizar o cão, mas como o ser é quadrúpede minha habilidade não me dá vantagens. Avanço na direção da fera e pulo desferindo o mesmo golpe de ângulo reto que treinei, mas no último instante o cão salta.

Já um pouco cansado de tantos movimentos e agoniado com o arranhão que o cão causou, prendo a espada nas costas e pego meu machado envenenado de bronze. Sinto a grande arma cravar no cão e rasgo-o com ela. Ouço-o choramingar e então ele vira a cabeça, mordendo o meu braço esquerdo. Seguro o grito de dor e me afasto subitamente do monstro. Vejo a raiva cintilar em seus olhos, mas não me deixo intimidar.

Espero o veneno espalhar pelo corpo da criatura e quando o vejo cambaleante pego minha espada com a mão direita e vou ao ataque. Olho para a criatura, mas não sinto pena. Desfiro um golpe ficando sobre a sua pata dianteira e ele levanta a outra para me atacar, salto para o lado e por pouco consigo desviar. O cão finge que vai saltar sobre mim e eu pulo para trás, mas ele faz o mesmo que eu e se afasta. Uma ideia louca passa por minha cabeça e coloco o plano em ação. Finjo que estou cambaleando, que tropecei em algo e então me jogo no chão segurando a espada de forma discreta. O cão aproveita e mais uma vez salta sobre mim.

Quando vejo que não tem mais como cão desfazer sua ação, ergo minha espada colocando-a na minha frente e quando a fera consegue ver minha arma já é tarde demais. Sinto minha espada entrando na parte debaixo do cão e um líquido escorre por minhas mãos. O cão solta um ganido alto e choraminga. Tento retirar a espada, mas não consigo. Nem é preciso. Não demora muito e o cão logo vira pó. Sinto-me revigorado por ter matado o cão, um sentimento de prazer invade o meu corpo. Como filho de Hades, eu deveria me sentir um culpado por matar uma criatura aliada, mas eu sei que em breve ele voltará e poderei praticar novas formas de torturas e morte. O maldito cão ainda conseguiu me deixar com um ferimento no peito e no braço esquerdo.

Coloco-me de pé lentamente, ainda sentindo dor no corpo. Fito o horizonte e vejo que o sol está perto de nascer. Não percebi como o treino demorou toda a minha noite. Na verdade, pensei que fossem apenas algumas horas. Mas, não. Foi uma noite inteira. Isso explica a forte dor de cabeça que estou sentindo e o cansaço muscular. Alongo-me e decido ir ao chalé tomar um banho, tratar dos meus ferimentos e dormir, antes que os “campistas diurnos” cheguem à arena para o treino deles.



POST: 001 MUSIC: evanescence - my immortal
HUMOR: sério NOTE: nada
Nikolai Vrónski
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