Hunter - {Brincando com os cães} - Juliet B. Voughan

por **Juliet B. Voughan** Qua Abr 03, 2013 12:13 pm

Brincando com Cães

Are you okay?

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Rolei na cama já pela terceira vez naquele dia, querendo prolongar aquela "preguiça" matinal que sentia todas as manhãs. Quando dei por mim, já tinha cochilado por mais trinta e sete minutos, o que me fez levantar afobada, olhando mais uma vez no relógio para me certificar que não estava enganada. Como rotina, tomei um banho demorado, com água um pouco mais gelada do que habitual desta vez, para que eu pudesse despertar mais rápido. Coloquei uma regata Adidas branca, com um shorts um tanto curto de coloração preta, bastante confortável. Saí do chalé de Perséfone em direção à arena, de certa forma eu estava empolgada naquela manhã e queria aproveitar aquela empolgação toda treinando um pouco, antes que ela sumisse. Carregava comigo minha espada da primavera e meu escudo rosa negra, eu ainda não havia tido a oportunidade de usa-los em algum combate, por isso aquele seria o momento perfeito. Caminhava olhando para o chão e chutando as pedras que encontrava no caminho até me deparar com uma cena um pouco estranho, alguns sátiros saiam da floresta aparentemente abalados, um atrás do outro, como se estivessem fugindo de alguém ou de algo, corri em direção a dois deles para saber o que estava acontecendo e após ambos recuperarem folego, disseram:

- Três cães infernais fugiram, por imprudência dos instrutores, dois filhotes e um adulto. Precisa encontrá-los, foram em direção á floresta. Ajude-nos, por favor – Olhei para os dois um pouco confusa, eu era novata no acampamento, não iria conseguir derrotar três cães infernais sozinha – Pode deixar, eu vou com ela – Alguém disse atrás de mim, me virei e avistei um garoto, olhos azuis e cabelos negros vindo em minha direção com uma espada em punho. Bom, pelo menos agora eu teria ajuda - Não se preocupem, provavelmente estão separados. Não irão enfrentá-los todos de uma vez... – Terminando de falar saímos dali em direção a entrada da floresta.

Ao adentrarmos na floresta a sugestão do garoto foi a de que deveríamos nos separar, assim pouparíamos tempo, é claro que eu concordei, já que ele era mais experiente, mas depois de saber da burrada que eu fiz já era tarde demais para voltar atrás. Aquilo lá se aprendia em filmes de terror, sempre que um monstro esta a solta NUNCA faça a idiotice de se separar dos seus amigos, provavelmente vão acabar todos mortos e eu estava rezando para que isso não acontecesse comigo. Continuei caminhando pela floresta a procura de alguma pista que me ajudasse a encontrar o animal, eu estava até assobiando e o chamando, o que com certeza não era a coisa mais inteligente da minha parte, afinal de contas eu não estava procurando um bichinho de estimação comum perdido e sim uma criatura perigosa que me devoraria por inteira se tivesse a oportunidade.

Caminhei mais um pouco até começar a ouvir barulhos vindos de um arbusto próximo, mas nem precisei chegar mais perto, assim que dei um passo para frente, pisando em um pedaço de galho e fazendo um barulho similar a um “clack” a criatura saiu dos arbustos, rosnando, com certeza aquilo não era apenas um cachorrinho. Engoli um seco e ergui a minha espada, mas a criatura não parecia se intimidar apenas por aquilo, portanto era melhor eu começar a agir rápido ou virar almoço.

Avancei em direção ao cão infernal, com a espada erguida em sua direção, na tentativa de lhe acertar algum golpe, mas a criatura era mais rápida e ágil que eu, conseguindo desviar do meu ataque e vindo para cima de mim. Coloquei meu escudo na frente do meu corpo, estava em posição de defesa. O cão infernal começou recuar e correr em minha direção, dando fortes batidas no meu escudo, eu não iria aguentar aquilo por muito tempo, uma hora ou outra eu iria cair e criatura avançaria para cima de mim. Esperei até que ele recuasse mais uma vez e tirei o escudo da minha frente, encostei minhas mãos no solo e logo em seguida uma semente um pouco grande saiu de dentro do chão, abrindo-se logo em seguida e revelando ser uma planta carnívora. A planta tentava abocanhar o cão infernal com seus pequenos dentes afiados, eu sei que ela não daria conta, mas iria me servir de grande ajuda. O animal recuou e começou a latir para a carnívora, não sabendo se atacava a mim ou a planta primeiro. Aproveitei a oportunidade para reerguer minha espada novamente e saltar para cima do cão infernal, fazendo com que minha lamina raspasse a parte de sua barriga, fazendo um grande corte lateral. A criatura recuou mais uma vez, desta vez mais lenta e cambaleando para os lados. – Gostei da diversão que você me proporcionou – Disse isso antes de correr até a criatura e cravar minha espada em sua cabeça, reduzindo ele a pó.

Recolhi minhas armas e logo adiante via meu companheiro caminhar em minha direção, ele parecia bem, exceto pelo seu braço sangrando, deveria ter sido mordido. – Encontrei um deles próximo ao riacho, mas já dei conta. Hum, pelo visto você conseguiu derrotar um filhote também – Parei um momento e fixei meus olhos nos dele, como assim aquilo era apenas um filhote? Não podia ser, ele havia me dado trabalho suficiente para que eu pudesse considerar ele um adulto. Mas antes que eu pudesse lhe responder um vulto negro voou em cima do garoto, era o cão infernal adulto, que fez com que o rapaz batesse a cabeça no chão e ficasse ali desacordado

Eu queria correr para ajuda-lo, mas o cão infernal estava parado, vindo em minha direção lentamente, eu não tinha para onde correr e nem fugir, de qualquer jeito ele acabaria me alcançando e eu não poderia deixar o garoto para trás, a minha única saída era ficar e lutar. Saltei para cima da criatura, conseguindo ficar em cima dele, eu iria acertar minha espada em sua cabeça, mas a criatura começou a se movimentar igual louca, fazendo com que eu derrubasse a espada no chão. Eu me segurava com toda a minha força, mas era difícil continuar ali em cima, ele parecia um touro mecânico de festas de rodeio, onde quem conseguisse ficar em cima dele por mais tempo ganhava algum premio idiota. Agarrei em seu pescoço e tentei sufoca-lo, apertando-o com força ao mesmo tempo em que me segurava, mas logo fui lançada para o chão, rolando. Levantei-me com dificuldade enquanto observava o cão infernal vir em minha direção. Criei outra planta carnívora no chão e comecei a subir em uma árvore, que possuía diversos galhos, talvez se a criatura ficasse longe eu poderia ter tempo para pensar. Enquanto subia olhei para trás, o cão abocanhou a planta como se ela fosse um misero inseto e para piorar ele conseguia saltar por entre os galhos mais baixos chegando aos que eu estava rapidamente. Eu queria poder ir mais rápido, mas eu já estava machucada e cansada. Olhei para trás e vi que ele estava a poucos centímetros de mim, se aproximando cada vez mais e quando menos percebi “raawr”. Seus dentes cravaram-se na minha perna esquerda, por sorte fui rápida o suficiente para lhe dar um chute na cara com a perna direita, mas isso fez com que eu me desequilibrasse e caísse da árvore.

Abri os olhos lentamente e vi lá no alto o cão infernal, com seus enormes dentes a mostra, pronto para pular em cima de mim. Seria o meu fim? Eu morreria daquela forma? Não. Me virei e vi que ao meu lado se encontrava minha espada, ergui o braço e fiquei com a mão na espada, sem ergue-la, esperando o momento certo. E assim que o cão infernal saltou para cima de mim peguei a espada e a levantei, em direção a seu peito e logo em seguida pude ver uma nuvem de poeira caindo sobre mim.

Floresta - Missão Hunter; Credits: Wiwi @OPS

por **Aphrodite** Qua Abr 03, 2013 12:31 pm

Avaliado
110 xp
50 dracmas

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